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Quem afirmou isto foi o jornalista (falecido) Cleveland de Souza Lima, em artigo na Gazeta de Macaé (1970), contestando biografia do grande vulto republicano publicada na "Editora Abril Cultural - Grandes Personagens da Nossa História - 14 de janeiro de 1970".

Além do local de nascimento, na então Vila de Macaé, com base em  incontestável certidão de assentamento de batismo, afirma que Benjamin  Constant veio à luz em 13 de março de 1837 e não em 18 de outubro de 1836, na Freguesia de São Lourenço, em Niterói. E, para  comprovar tal erro, foi mais longe em seu trabalho investigativo, publicando, em 13 de março de 1927, no jornal macaense O Autonomista, do qual foi gerente e seu diretor-proprietário o então deputado Américo Valentim Peixoto, a certidão  de assentamento de batismo de Benjamin Constant, datada de 13 de novembro de 1925, passada pelo seu contemporâneo. padre Francisco Frederico Masson, com o seguinte  teor, ipsis verbis: -" O Padre Francisco Frederico Masson, Vigário da Parochia de São João Batista de Macahé, Estado do Rio de Janeiro, Bispado de Campos, etc. - Certifica que revendo os livros de assentamento desta Parochia, em um d`delles, livro nº 2,  folhas 80, encontrou o assento com o theor seguinte: Março de 26 - Anno de 1937 - Benjamin - Nesse dia, mez e anno, no Oratório  que serve de Matriz desta Villa, Batizei e pus os S.S. Óleos  ao parvolo Benjamin, filho legítimo de Leopoldo  Henrique Botelho de Magalhaens e materno de Dona  Bernardina Joaquina da Silva  Magalhaens. Neto paterno de Leopoldo  Henrique Botelho de Magalhaens e materno de Dona  Maria Alexandrina, forão padrinhos J.F.F. Mendonça e Dona Raquel  de Maria, e para constar mandei fazer este termo que assigno era et supra.  O Vigário J.P. Tremedal. À margem estava 15 dias".

E segue Cleveland: "Ora, como é do conhecimento geral, naquele tempo, portanto há 133 anos decorridos (1837-1970), não existia ainda a estrada de ferro que liga Niterói a Campos. Os transportes eram feitos em montaria animal, por caminhos de matas virgens, numa distância que, hoje, com transportes modernos, cobrem 198 quilômetros. Ainda naqueles idos, a navegação marítima que existiaa ligando a Côrte à Vila de Macaé, era feita em barcos à velas, ao sabor dos ventos e lá um que outro pequeno navio à vapor. Ainda uma circunstância mais importante: a de que uma parturiente do primeiro filho, sem os recursos de que a ciência hoje oferece, não poderia suportar longa viagem, sem o mínimo de conforto, por terra ou por mar... para ir registrar o pimpolho em outra cidade, tendo apenas 15 dias de nascimento".

Então, "Se Benjamin Constant nasceu em Niterói e foi batizado em Macaé no dia 26 de Março de 1837, e, se está à margem do assentamento de batismo a anotação  - 15 dias - ele nasceu, portanto, no dia 11 de Março e estava com apenas 15 dias de existência".

O então professor e tenente-coronel Benjamin Constant Botelho de Magalhaens foi um dos principais articuladores do golpe da República contra a monarquia de D. Pedro II, ao lado de Quintino Bocaiúva, Joaquim Cardoso, Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Há até um fato interessante que o escritor e historiador Laurentino Gomes  nos relata em seu livro 1889: -"A certa altura, Benjamin mostrou-se preocupado com o destino do imperador Pedro II: O que devemos fazer do nosso imperador? - perguntou. Fez-se um minuto de silêncio, quebrado pelo alferes Joaquim Inácio Cardoso: Exila-se - propôs. Mas se resistir - insistiu Benjamin: - Fuzila-se - sentenciou Joaquim Inácio. Benjamin assustou-se com tamanho sangue-frio: Oh, o senhor é sanguinário. Ao contrário, devemos rodeá-lo de todas as garantias e considerações, porque é um patriota muito digno".

É importante ressaltar essa conexão histórica, porque Joaquim  Inácio Cardoso, o sanguinário criticado pelo macaense Benjamin, vem a ser avô do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e este bisneto do então capitão  Felicíssimo  do Espírito Santo Cardoso, autor de uma frase que nos faz refletir seriamente nos conturbados dias de hoje, depois do impeachment de Dilma Rousseff, 132 anos passados, em telegrama enviado a Goiás, terra de Caiado, ao filho Joaquim Cardoso: - "Vocês fizeram uma República que não serviu para nada. Aqui agora, como antes, continuam mandando os CAIADO". Este, todos politizados sabemos quem é, senador, latifundiário raivoso e líder da famigerada UDR, a quem  Fernando Henrique se socorreu, quando presidente, para enfrentar e combater os miseráveis Sem-Terra. Por isso, o professorado precisa ler 1889, de Laurentino Gomes, e passar a contar a verdadeira história deste sofrido país aos seus alunos.

Na foto o historiador ARMANDO BARRETO. Em companhia dos jornalistas José MILBS.Alberto Murteira e ANDREA Franco

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