O ano de 2018 termina mais triste com a notícia do falecimento de nosso querido editor, José Milbs.

José Milbs deixa um grande legado, na forma do combativo Jornal O Rebate, e uma imensa contribuição à memória macaense, resgatada através de suas crônicas e livros publicados ao longo de 16 anos de nosso jornal online.

José Milbs fez-se História. Descanse em paz, querido amigo!

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Abaixo, deixamos o texto de Toni Marins, e sua entrevista feita em 2008:

José Milbs – Militante ‘paz e amor’

O veterano José Milbs de Lacerda Gama, nascido em 13 de agosto de 1939, equilibrou-se como pôde durante a ditadura militar. Foi da militância estudantil e da luta política aos ideais de paz e amor do movimento hippie, sempre na contramão do poder e buscando fazer valer a liberdade nas páginas de O Rebate — o jornal fluminense que hoje, 75 anos depois de sua criação, se mantém vivo na internet, editado em um sítio em Macaé.

Em 1962, Milbs foi eleito pela FEM (Federação dos Estudantes de Macaé) à Presidência da Ufes (União Fluminense dos Estudantes Secundários, que depois virou Confederação). Antes disso, porém, já disputava cargo eletivo no Governo de sua cidade:

— Com 18 anos, fui convidado por um primo, Secretário do PTB de João Goulart, para ser candidato a Vereador. Muito jovem ainda, brincando nas ruas empoeiradas de Macaé, eu nem entendi. Consultei minha avó e ela disse: “Se o convite foi feito pelo Ruy Moutinho de Almeida, nosso primo, você deve aceitar. E como sou eu quem cuida de você, autorizo que se candidate.” Concorri e fui impugnado, pois a lei dizia que o candidato devia ser maior de 21 anos. Porém, havia um atenuante na Constituição: “Quem vota pode ser votado.” Amparado no parágrafo, mais forte que o TRE, obtive parecer vitorioso no Superior Tribunal. Vinte anos depois, minha solicitação virou lei.

Na eleição direta para a Presidência da Ufes, num congresso no município de Santo Antônio de Pádua que teve representantes de 35 cidades do Estado do Rio, mais um ineditismo:

— Fui o primeiro líder do interior a se eleger na entidade, porque constava do estatuto que o Presidente devia morar em Niterói ou São Gonçalo. Isso dificultava a vida das lideranças do interior, pois a maioria era de jovens pobres como eu, sem condições de mudar de cidade. Mais uma vez, lutei e obtive parecer vitorioso.

Liderança

Milbs orgulha-se de ter representado o Rio de Janeiro no Congresso da Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundários) em Goiânia, fundado, com o amigo jornalista Armando Barbosa Barreto, o Colégio Luiz Reid — “ele era particular, mas conseguimos transformá-lo em estadual” — e liderado a greve geral que obrigou o então Governador Celso Peçanha a doar um terreno em Macaé para a criação de um restaurante estudantil:

— Só que o terreno, doado em 2002, foi invadido pelo ex-Prefeito de Macaé Sylvio Lopes, do PSDB, que ergueu no lugar uma praça. Mas nem tudo está perdido. Soube que está em andamento um processo judicial movido pelos estudantes, que pretendem usar o terreno para recriar a FEM (Federação dos Estudantes de Macaé).

A militância — que o levou a ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional, à época do AI-5 — atropelou os estudos e até mesmo o trabalho de José Milbs:

— Só percebi minha situação na Faculdade de Direito de Campos bem mais tarde, quando senti olhares estranhos que partiam dos professores e dirigentes. Claro que havia ligação com a minha atuação como jornalista em O Rebate e A Notícia, de Campos dos Goytacazes. Nesta mesma época em que acabei largando os estudos, um delegado de polícia que diziam ser da CIA me denunciou no Inamps, onde eu trabalhava. Suas denúncias, mais a covardia de alguns chefes, forçaram minha aposentadoria precoce com um estranho diagnóstico: “Neurose não especificada”. Esta “neurose” retirou 30% da minha aposentadoria que, acumulados nestes 30 anos, são uma dívida substancial que o Governo tem comigo… Já naquela época eu lutava contra a corrupção no Inamps, e até atentado sofri, na ocasião.

Atentado fracassado, Milbs foi chamado pela avó e pela mãe para uma conversa séria:

— Eu disse que queria fugir da sociedade consumista e desonesta e elas sugeriram trocar um terreno que tinham no Centro de Macaé por uma casinha branca com quintal e avarandado, as janelas voltadas para o nascer do sol e muitas galinhas. Topei e fiz da Estância Vista Alegre uma trincheira. Dei guarida aos muitos amigos que chegavam de todo lugar para expor seus trabalhos nas ruas da região do petróleo. Ali tínhamos a certeza de não sermos incomodados por ninguém, nem molestados pela repressão policial, que enxergava, em cada hippie, uma afronta aos costumes da sociedade dos anos 70. Considero-me um sobrevivente e ainda acredito, embora sem os longos cabelos e barbas, que ainda temos muito que lutar pela expansão do slogan “paz e amor” no País.

Agradecimento

As duas mulheres responsáveis pela “casinha branca” estão retratadas nos livros “Ecila” e “Saga de Nhazinha”, ainda não publicados:

— Ecila é minha mãe, cujo nome é Alice ao contrário — conta o jornalista. — E minha avó, Alice Lacerda, era conhecida na região do petróleo, nos anos 70, como Dona Nhazinha. Ambas marcaram minha vida. Revendo os dois livros, noto que muitas pessoas podem perceber o amor que essas duas mulheres, corajosas e guerreiras, empregaram na minha formação. A publicação destes livros seria, com certeza, um agradecimento, bastante modesto, para as duas.

Enquanto os livros não são editados, Milbs segue incansável na edição de O Rebate, na Internet, do meio do seu sítio, em Macaé:

— O jornal está comigo desde 1967. Tive que de parar de circulá-lo em papel quando fui trabalhar em São Paulo. Ao voltar para Macaé, vi com tristeza que uns indivíduos tinham copiaram o logotipo e substituído o “R” pelo “D”. Não tive como enfrentar. Recuei, mas não deixei a luta. Para que se tenha uma idéia, pegaram um número do tal “Debate”, retiraram o nome e colocaram O Rebate. Imprimiram uns poucos exemplares e pediram registro no Inpi. O que os piratas não sabiam é que O Rebate já era registrado no Cartório de Jornais e Periódicos, em meu nome. O Inpi, lamentavelmente, chegou depois da lei que determinou a obrigatoriedade do registro de jornais no Cartório de Pessoas Jurídicas, na cidade do Rio. Hoje, O Rebate é como um filho mais velho, e registra em seu expediente colunistas voluntários de múltiplos estados do Brasil e até do exterior. Minha luta pela manutenção da liberdade de imprensa no interior, pela qual perdi um emprego e uma faculdade, é a mais alegre certeza, ao ver triunfar O Rebate em 2008, inspirado nos antigos ideais dos anos 70.

 

TRISTEZA NA IMPRENSA DA AMÉRICA LATINA, EM ESPECIAL RIO DE JANEIRO E MACAÉ

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Morre nesta sombria manha de domingo, em Barra de Sao João, o amigo e fotógrafo mundialmente conhecido pelo trabalho correto e livre.

ARMANDO ROZÁRIO foi chamado pela criação e deeo fotogrfar o paraíso. Não esperou a primavera que sempre gostava de filmar e fotografar com sua lente e olhar supramente puro de menino nascido em Macau, na China. Sempre amou esta cidade de Macaé, que ele brincava ser dizendo Macauense.

Fundador do Bloco de Ipanema foi o 1o fotógrafo a fazer a cobertura da chegada do Presidente Mao à China. Escreveu em vários jornais, mas gostava de MACAE JORNAL e do JORNAL O REBATE.

Fui um dos convidados nos seus 80 anos. Armando Barreto e eu fomos à Barra de São João e revemos antigos jornalistas do meu tempo de JORNAL DO BRASIL.

Descanse em paz e condolências ao seu querido filho, Fred Rozário e a sua companheira...

Luiza Caetano foi colaboradora do Jornal o Rebate que se torna solidário com todas as seguidoras das suas múltiplas Artes.

Nosso pesar.

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Luiza fala por si.

“Foi então que muita gente se envolveu, amando-se e amando-nos como num abraço mágico”

Conheci Luiza assim, num grande abraço. Visitou minha página de arte e poesia “Meninas para sempre” (2012) e deixou-me uma mensagem, apresentando-me de forma tão singela, sua arte. E como era grande sua arte. Casava formas e personagens com suas palavras, mesclava estes dois universos de maneira única, inundando o espaço virtual com aquilo que fazia de melhor, a dança das palavras, tendo como pano de fundo suas figuras coloridas e Ingênuas, fazendo da arte Naif algo visto e apreciado em todo o mundo.

Quanta arte!

Dali, passamos a fazer parte da lista de amigos. Como eu gostava de postar sua obra, o que ela sempre agradecia. Não percebia que quem deveria agradecer por tudo aquilo, éramos nós, seus amigos e todos aqueles que por ali passavam.

Luiza era modesta. Sua vaidade, talvez, na perfeição de seu trabalho e no amor por Portugal.

Era forte. Era doce.

Enfrentou a doença com bravura, e foi com um breve anuncio de que se afastaria um pouco, por necessidade, que nos deu uma ideia do que acontecia.

Quando um artista nos deixa, sua arte não permite que a ausência se instale. Sentimos falta dela, da pessoa querida que sempre tinha uma palavra gentil e afetuosa para seus amigos. O que percebo é que hoje isto ainda existe, de forma inversa. Passear pela página de Luiza, é uma prova linda do carinho e da admiração que seus amigos tem por ela. São suas obras, suas pinturas e suas poesias, que ainda colorem nossas páginas.

Luiza fez História.

 

Berenice Rodrigues, Porto Alegre, RS, Brasil, 1954. Desde 1980, conta com um portfólio integrado por esculturas em terracota, pinturas em pastel seco e óleo sobre tela, tendo como tema central a figura humana, em alguns momentos permeada por elementos da natureza. Exposições individuais e coletivas impulsionaram o desenvolvimento de sua técnica e estilo.

Atelier Pedra Redonda – Berenice Rodrigues

berenice.rodrigues.nafoto.net

 

VIVER INTENSAMENTE CADA MOMENTO COMO SE FOSSE O ÚLTIMO. UM DIA SEI QUE VOU ACERTAR -Luiza Caetano

 

CURRÍCULO BÁSICO

Presidente da Associação dos Pintores Primitivos Modernos de Portugal
É também Artista plástica e escrevinhadora de versos nos reversos das tintas.
Publicou em 2009 o seu 1º Livro de Poemas "LISBOA IN VERSOS" - Editora AllPrint - São Paulo e Rio de Janeiro Brasil

15 de Outubro de 2011 - lançamento do seu 2º livro "POESIAS DE AMOR E DE RAIVA" na Livraria Museu da República (Palácio do Catete )- Rua do Catete, 153. Rio de Janeiro - Brasil.

Fevereiro 2014, lançamento 3º livro de Poesias: LOU - POESIA & FANTASIAS - Liuvraria Martins Fontes na Avenida Paulista. Ediçõoes Delicatta

Detesto a mentira e a hipocrisia, Sou por natureza temperamental. Amo o meu amigo/a considerando-os . Adoro a natureza, o mar a montanha,viajar.
Paixão por música, cinema e teatro.

 

TODAS AS ARTES ME COMOVEM.

http://forumdemulheresdofuturo.zip.net/arch2009-06-01_2009-06-30.html
http://lucatelas.blogspot.com/
http://gentefelizcomgirassóis.blogspot.com/
http://lcaetano.blogspot.com/
http://poesiasdeluizacaetano.blogspot.com/

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No dia 27 de abril minha mae ECILA faria 99 anos. Nascida em MACAÉ em 1919 eu em 1939. Sua mae Alice Lacerda em 1889. E por ai vão varios outros 9...
Minha homenagem a este anjo de LUZ que vem sempre em SONHOS MEUS...trazendo ensinamentos e amor aos pobres....

 

Angela Rocha Bitar Rocha

Faleceu Hilma, minha amiga desde tenra idade. Hilma Mendes Vieira, tendo acrescentado o sobrenome Maia ao casar com Mário (mais conhecido pelos contemporâneos como Mário Agulha). Ambos fizeram parte de minhas melhores lembranças. Conheci Mário quando sua família veio para Macaé, nordestinos de sangue bom; Mário foi meu irmão de farda, pois servimos juntos ao Exército.  Quanto a Hilma, a história é bem mais extensa: era umas das integrantes da numerosa família de João Mendes Vieira e Ceci. João, o lendário Manduquinha, companheiro de boemia do não menos lendário Pixinguinha, acabou fixando-se por aqui, atraído pela beleza e simpatia de uma irresistível morena (palavras dele).

Hilma, se não me falha a memória, era a caçula, abaixo de Lucas, um dos grandes pianistas do seu tempo.
A casa do Manduquinha assemelhava-se a uma creche, tal a quantidade de crianças que por lá circulavam, atraídas pelo quintal grande, com muitas árvores e a rinha de galo de briga que lá existia, além das brincadeiras infantis usuais, que as crianças de hoje desconhecem, preferindo a mudez dos celulares, tablets, etc.

Crescemos e aí é que ficou melhor ainda: Manduquinha tinha um conjunto musical que ensaiava na casa dele e era o grande organizador dos blocos de Carnaval (ah, as Pastorinhas!).

As Alas Branca e Azul, blocos do Tênis, foram fundadas pela nossa geração, e a Vala Verde, uma espécie de versão “avacalhada” das duas Alas, foi ideia da Hilma, com o entusiástico apoio do resto da turma.

Uma faceta diferente da Hilma que talvez poucos conheciam era sua atividade social. Ela pegava uma cadeira de dobrar, colocava embaixo do braço, uma pequena bacia, toalha, pente, tesoura, um cartaz e partia para o Mercado de Peixes; lá, armava seu “salão” e ostentava o cartaz com os dizeres: “Corta-se cabelo de graça”.
Hilma era assim.

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É com profundo pesar que publico o falecimento de meu primo querido ANTONIO KLEBER MATHIAS NETTO, macaense, filho de Mario Mathias Netto e sobrinho neto de meu Avô Mathias Coutinho de Lacerda irmã de Tia Pequena sua bisavó.
Antonio Kleber Mathias Netto, Juiz de Direito onde exerceu a Magistratura em várias Comarcas do RS e no RJ.
Poeta, Escritor consagrado, intelectual deixa três filhos Karen, Karynne e Kamila e um netinho Bento. 
O REBATE, de luto, estende à sua esposa Celina a tristeza na perda deste grande homem e excelente companheiro.

Mais sobre ANTONIO KLEBER MATHIAS NETTO:

Contos: http://contosdeantonioklebermathiasnetto.blogspot.com.br/

Poesias: http://poesiaklebermathiasnetto.blogspot.com.br/

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As pessoas deixam sua marca e sua pegada pela trajetória saudavel e humana no trato com seus semelhantes.Pegada e marca ficam marcadas indissuluvel quando estas pessoas partem deste plano que se transformam, em sua passagem nos mais sublime dos sentimentos que conhecemos como Saudade e Falta,
.JOSE MÁRIO DOS SANTOS foi uma pessoa que escolheu uma maneira simples de viver escolhendo conviver com pessoas simples e caridosas. Chegou em Macaé,ainda jovem, vindo de Campos dos Goytacazes onde nasceu em 1941 trazendo a técnica é o manejo no trato da complicado máquina dos Relógios das Antigas.daí dessa linda profissão ter ficado conhecido carinhosamente como ZE RELOJOEIRO. Durante um tempo da sua vida, acreditando que a política pudesse ajudar de fato,os pobres e oprimidos fundou o partido PDT junto com o barbeiro simpático e líder JOÃO MAIA.
Na verdade havia uma missão que futucava diariamente com a cabeça deste jovem e talentoso relojoeiro.quando José Mário se encontrava debruçado mexendo nas minúsculas peças dos relógios no silêncio das madrugadas. José sentia que alguma coisa além da matéria que lhe ordenava abandonar um pouco a vida material para se dedicar na ajuda das pessoas que precisavam de auxílio espiritual.
JOSE MÁRIO fez na sua casa um local onde pudesse misturar a sua simplicidade e com a simplicidade das pessoas e trazer sua beleza espiritual em ajuda e conselhos.sem deixar de lado totalmente a vida material com seus passarinhos, suas plantas , sua presença nos bares e nas casas simples do Bairro. As tardes noites eram de palestras e cânticos pela evocação de Espíritos Iluminados como Bezerra de Menezes, irmã Sheila, Zé Grosso, Peixotinho e as alegres presenças de "Seu Poeira" e outros baluartes da vida Espiritual .
Sua esposa e companheira CARLA e seus filhos JEAN e CARLOS JOSÉ recebiam centenas de pessoas às segundas- feira que procuravam o local para o aconselhamento Espiritual que vinha nas preces e orações que nasciam e brotavam na da voz de José Mário trazendo conforto e paz a quem precisava.
No dia 17 de Abril de 2017, em pleno Outono, quando as flores começavam a fluir na beleza dos jardins da simples casa onde JOSE MÁRIO morava, ele partiu, ou melhor, desencarnou.Hoje deve está recebendo os afagos Espirituais, pelas dezenas de Espíritos de Luz em reconhecimento por sua missão neste Plano Terreno.
O REBATE está triste como está também todas as pessoas que conviveram com JOSÉ MARIO DOS SANTOS o querido Zé RELOJOEIRO.
Muitas pessoas no curso dos últimos anos são agradecidos a este homem que do alto de sua simplicidade sempre procurou levar um conforto amigo e fraterno em sua caminhada este mundo cruel.
A presença de pessoas espiritualizadas e puras com Paulo Silva Rocha que espontaneamente fornecia o seu dote musical fica a saudade como a de Angela Maria da Silva Rocha Bitar e Ismael Rocha deste homem que jamais foi visto preocupado com si mesmo. Pensava nos outros e dos outros deixou a saudade e o afeto.

JOSE MiLBS DE LACERDA GAMA

Expatriada em 1969 em Israel com ditadura militar no Brasil, Guila Flint cobria assuntos do Oriente Médio, principalmente sobre o conflito israelense-palestino, há mais de 20 anos

A jornalista brasileira Guila Flint, expatriada em Israel em 1969, morreu na madrugada deste domingo (26/03), às 2h, em consequência de uma doença. O enterro ocorreu às 10h, segundo informações do Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo, onde foi sepultada. Guila, que aos 14 anos foi viver em Israel por medo da família de que ela sofresse com a ditadura militar, descobriu uma doença no ano passado, e decidiu voltar ao Brasil.

Autora dos livros “Miragem de Paz” e “Israel Terra em Transe – democracia ou teocracia?”, da editora Civilização Brasileira, Guila cobria o Oriente Médio para a imprensa brasileira há 20 anos, tendo colaborado com Opera Mundi em diversas matérias e reportagens desde 2010, além de atuar como correspondente da BBC Brasil, rádio CBN, Jornal da Tarde, O Estado de São Paulo e o Correio Braziliense durante sua carreira.

“Guila, apesar de ser judia e cobrir um tema tão difícil, sempre teve a habilidade e o profissionalismo de se manter absolutamente isenta e correta em relação ao tema que ela estava cobrindo, nunca esquecendo de localizar muito bem em diversos momentos quem era o oprimido e o opressor, com um senso de justiça muito aguçado”, afirmou Marina Terra, ex-editora-chefe de Opera Mundi. “Cada conversa com ela era muito enriquecedora, existia muito carinho e reconhecimento, não só como profissionais, mas como seres humanos. Sentimos muito a sua partida”, acrescentou.

Arquivo pessoal
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Jornalista brasileira Guila Flint morreu na madrugada deste domingo (26/03)

Marina ainda lembrou que, como colaboradora do site, Guila teve a oportunidade de explorar temas que não aparecem na grande imprensa, “justamente por essa característica de Opera Mundi de dar voz ao que não é da mídia tradicional”, como o texto em que conta, em primeira pessoa, sua trajetória desde a militância no Colégio de Aplicação, em São Paulo, à expatriação em Israel, após a instauração da ditadura militar no Brasil.

Breno Altman, jornalista fundador do site Opera Mundi, também lamentou a morte de Guila Flint, destacando sua competência e profissionalismo em temas relacionados ao Oriente Médio. “Mulher corajosa e estudiosa, profundamente crítica ao Estado de Israel, onde vivia desde os anos 60, são de sua autoria algumas das reportagens e livros mais esclarecedores sobre a transformação do sionismo em uma doutrina colonialista e antidemocrática”, escreveu.

Caio Quero, editor-chefe da BBC Brasil, veículo de comunicação com que Guila colaborava, afirmou que a jornalista descobriu uma doença no último ano e decidiu voltar ao Brasil. " Viveu intensamente os últimos meses ao lado de novos e antigos amigos. Tratava-se no SUS e nunca deixava de lembrar o orgulho que tinha de termos um sistema de saúde universal que, apesar dos problemas, está aberto a todos os brasileiros. Guila morreu brigando por suas convicções. Mesmo no hospital, lia, escrevia, discutia, ensinava e aprendia. Tudo, sempre, intensamente", escreveu Quero no Facebook, lamentando a morte da jornalista.

Leia algumas reportagens escritas por Guila Flint para Opera Mundi:

Campanha eleitoral em Israel ignora palestinos e exclui paz
Por reconciliação verdadeira, Israel deve pedir perdão aos palestinos, afirma Uri Avnery
Morre Ariel Sharon, símbolo israelense da linha dura e da linguagem da força
Guerra em Gaza amplia clima de ódio e deixa democracia israelense em escombros
Intifada das facas cria clima de histeria coletiva em Israel
Desesperados com vida em meio a escombros, palestinos cortam cerca de Gaza cientes de que serão presos em Israel

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O professor Adriano Benayon faleceu no dia 11 de maio de 2016, depois de um período de internação em Brasília, aos 81 anos. Seu falecimento gerou grande comoção e inúmeros depoimentos emocionados foram publicados, tanto em meios de comunicação tradicionais como na internet.

Benayon sempre trabalhou intensamente. Além de escritor de livros e artigos, era advogado, economista, professor universitário e diplomata. Além do jornalA Nova Democracia, escrevia para inúmeros outros órgãos de imprensa, seja com espaço cativo, como em AND, seja com contribuições esporádicas. Sempre atendia a nossos pedidos com diligência e debatia suas pautas apaixonadamente por telefone, antecipando alguns pontos polêmicos e às vezes ponderando sobre a conveniência de um ou outro aspecto não se encaixar na linha editorial do jornal.

Sobre isso, travamos diversos debates com o professor Benayon, alguns inclusive públicos, nas páginas do próprio AND, o que contribuiu ainda mais para reforçar nossa unidade e o respeito mútuo pelas opiniões divergentes que não eram fundamentalmente contrárias à nossa linha editorial.

Talvez suas maiores divergências com a linha editorial de AND tenham sido a avaliação sobre o papel de Getúlio Vargas, o atual caráter do Estado chinês e do imperialismo russo e sua interpretação das lideranças de Lenin e Stalin.

Sua posição em alguns temas pode ser considerada anticomunista, mas ele nunca se expressou com os termos macartistas comumente usados pela matilha que vive para atacar os movimentos revolucionários e populares. Por que então um jornal empenhado na luta pela verdadeira independência do Brasil e na construção de uma nova política, uma nova cultura e uma nova economia teria relações com alguém com essa tendência?

Nessa questão reside a chave do entendimento sobre a Frente Única Revolucionária, aliança de classes oprimidas para derrotar o imperialismo e seus lacaios nativos. O professor Benayon era um inconteste nacionalista revolucionário, um dos que mais claramente expressava o  pensamento da burguesia nacional como setor de classe oprimido pelo imperialismo. Era honesto e leal no debate político. Se pretendíamos reunir um time que expressasse o melhor do pensamento nacional, com Adriano Benayon avançamos para conquistar esse objetivo.

Aparte os poucos pontos em que discordávamos, era notável uma grande convergência de pensamento sobre a situação do país, o balanço sobre a gerência PT-FMI como lacaia do imperialismo, do latifúndio e dos bancos, que não havia nada a esperar das farsas eleitorais e a necessidade de uma ruptura. Nas suas palavras, “o povo terá que exigir outros caminhos”.

Benayon começou a contribuir com AND na edição nº 2, de setembro de 2002. Era o mais assíduo dos colaboradores e conta-se nos dedos de uma mão a quantidade de edições em que não publicou pelo menos um texto. O título de seu primeiro artigo é ‘Economia e democracia’. Nele, o autor combatia a política de substituição de importações no Brasil sem produção genuinamente nacional, ou seja, que a produção no Brasil por transnacionais, seguindo planos estrangeiros, era forma de dominação.

Um dos trechos desse artigo soa bastante atual e, apesar de tratar especificamente de crise econômica atravessada no final do gerenciamento Cardoso, fala muito sobre este melancólico fim do gerenciamento do PT, revelando que não importa quem ocupe o Planalto, enquanto não se romper com a dominação imperialista, não haverá desenvolvimento nacional independente:

“Sob o modelo caracterizado pela predominância dos ‘investimentos’ diretos estrangeiros, a economia piora sempre. E, de tempos em tempos, dá saltos para o abismo. Por exemplo, quando: a) a dívida se aproxima de uma proporção que faz temer pela capacidade de o País continuar a servi-la; b) o investimento direto estrangeiro se retrai. Ambos eventos fazem elevar ainda mais os juros reais internos e os externos, acelerando o crescimento das dívidas e tornando ainda menos sustentável a carga de juros que pesa sobre o País. Além disso, causam a desvalorização da taxa de câmbio, o que, por sua vez, faz crescer o valor em reais da dívida externa, bem como elevar a dívida interna por efeito da valorização dos títulos indexados ao dólar. Tudo isso faz definhar as despesas não financeiras, que, como dito, absorvem a parte do leão da receita”.

Seu estilo de escrever era sempre direto, frases curtas e parágrafos pequenos. Uma aula também de jornalismo para nós, que começávamos a fazer o jornal em 2002, de forma ainda meio artesanal. A aridez da linguagem tecnocrática do economês, quase um código fechado, era traduzida para algo mais próximo do leitor comum, e mesmo não conseguindo sempre esse resultado, era notável o esforço do professor Benayon nesse sentido. Era também disciplinado, um dos primeiros a entregar os textos, sempre a tempo e no tamanho combinado.

Apesar da idade, o professor Benayon esbanjava jovialidade. Era sempre muito atento e atencioso. Cuidava muito bem da saúde. A esse respeito, me recordo de que em duas vezes que nos encontramos, por ocasião de reuniões do Conselho Editorial de AND, Benayon carregava potes com arroz integral e, mesmo que almoçássemos em restaurantes, ele não abria mão de comer aquele item trazido de casa.

Era ainda praticante de artes marciais. Em particular, nos últimos anos desenvolvia o aprendizado do Ving Tsun, um estilo de luta chinês. Era tão entusiasta dessa arte marcial que convenceu o ex-diretor de AND, José Moreira Chumbinho, a iniciar o aprendizado no Rio de Janeiro por volta de 2005.

Não contribuía com o jornal apenas com seus precisos textos, senão que também o apoiava materialmente, fazendo assinaturas para amigos e algumas vezes custeando o valor das passagens até o Rio de Janeiro, onde comumente eram realizadas nossas reuniões do Conselho Editorial.

Benayon foi ainda, ao lado de outros notáveis, parceiro do grande pesquisador Bautista Vidal, falecido em 2013, desenvolvendo estudos e se tornando defensor da utilização da energia da biomassa, com produção descentralizada, combinando alimentos, etanol, óleos vegetais e seus subprodutos, as bases de uma nova química

Em AND 101, de janeiro de 2013, publicamos artigo de Benayon chamado ‘No limiar de 2013’. Seu parágrafo final serve também para encerrar esse texto:

“Fica fácil concluir que a indispensável transformação da estrutura econômica só é possível juntamente com a substituição das instituições políticas (e vice-versa)”.

Morreu um HOMEM!

Dr. Luis Eduardo Caminha

www.caestamosnos.org/autores/autores_l/Luiz_Eduardo_Caminha.htm

www.carlosleiteribeiro.caestamosnos.org/Grandes_Entrevistas/Luiz_Eduardo_Caminha.html

www.caestamosnos.org/III_Encontro/index.html

Morreu em 29 e foi enterrado no dia 30 de Agosto, Luiz Eduardo Caminha, em Blumenau SC. Grande homem, médico, escritor, humanista e grande amigo dos seus amigos. Por altura dos meus anos, no passado mês de Março, contatámos, telefonicamente onde o Caminha me disse que projetava uma viagem a Portugal, para visitar o Santuário de Fátima, encontrar-se com a Iara Melo e comigo. Ontem já noite avançada ao chegar a casa, tive conhecimento de tão triste acontecimento – a morte do Caminha. Acabei de telefonar a sua viúva, a querida amiga Seluta e recordámos durante largos minutos a nossa estadia em sua casa, antes e depois do 3º Encontro do Portal CEN, e alguns episódios engraçados. Ainda em estado de choque, apresento os mais sentidos sentimentos a sua viúva, filhos, noras e netinho. Que Deus lhe conceda a paz sem sofrimento, coisa que nos últimos anos não teve cá na Terra.
Em meu nome pessoal e em nome do Portal CEN,
Carlos Leite Ribeiro
Divulgação directa para o mundo Lusófono e Núcleos espalhados pelo Mundo,Presidentes, Ministros, Senadores, Deputados de vários países; Universidades, Institutos, Liceus; Professores de vários níveis de ensino; entidades oficiais e particulares; etc.

Anos de Chumbo. O REBATE com várias Edições Sob Forte censura, com sua Redação na Rua Marechal Deodoro, 150 - Centro de Macaé, com os Editores José Milbs de Lacerda Gama e Euzébio Luiz da Costa Mello, enquadrados na Lei de Segurança Nacional e no AI-5 com dois IPMs, um no Exército e Outro na Marinha, tendo como Auditores Jacob Golbenberg (Marinha) e Oswaldo Rodrigues (Exército), O REBATE lutava bravamente. Ora contra a Corrupção hora contra a quebra da Lei de Imprensa. Madrugadas de Páginas circulando em tarjas negras e outras em desafio as ameaças que sempre vinham por paramilitares que sempre lambiam as botas dos militares do poder e continuam ainda lambendo outras botas dos detentores do Poder.
Época braba, valentes e verdadeiros jornalistas do quadro de O REBATE davam forças e mais forças com seus textos e suas observações. Padre nabais, jovem Pároco de uma pequena Igreja do Trapinhe, fazia seus textos semanais que se juntavam aos de Armando Barbosa Barreto, Claúdio Upiano Santos Nogueira Itagiba, aos desenhos de Nilton Carlos Curvello Costa, aos corajosos Gráficos de nossa Historia

www.jornalorebate.com.br/site/leia-tambem/especial-de-aniversario/204-os-graficos-de-nossa-historia ...

(José Milbs editor desde 1967)


Faleceu o padre José Nabais Pereira

Samuel Mendonça 

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Faleceu esta madrugada o padre José Nabais Pereira, que era capelão de Santa Luzia de Tavira desde 2001.

O sacerdote, de 83 anos, faleceu no Hospital de Faro, onde foi internado na passada terça-feira, vítima de doença prolongada do foro oncológico.

Em missiva enviada nesse dia ao clero algarvio, convocando os padres e diáconos para a Missa Crismal da próxima Quinta-feira Santa, o bispo do Algarve informava que o sacerdote acabava de “ser internado no Hospital de Faro, nos cuidados paliativos”, explicando que o mesmo se encontrava “numa situação muito frágil”. “Recomendo-o à vossa oração”, pedia D. Manuel Quintas.

O padre Nabais Pereira foi também o primeiro pároco da paróquia do Montenegro, paroquialidade que assumiu em 28 de setembro de 1997, dia em que o então vicariato, entregue até aí aos cuidados do padre António Manuel Martins, foi elevado a paróquia.

O sacerdote agora falecido, natural de Vale de Espinho, concelho de Sabugal (distrito da Guarda), foi ordenado a 11 de julho de 1954 na Diocese da Guarda, tendo sido, naquela diocese, coadjutor da paróquia de Nossa Senhora da Conceição e pároco da paróquia de Vila do Carvalho entre 1957 e 1967.

Foi depois enviado como missionário para o Brasil -, no contexto do pedido do Papa Pio XII na encíclica “Fidei Donum” de 1957 que solicitava às dioceses que disponibilizassem sacerdotes para missões católicas pelo mundo -, onde permaneceu durante largos anos até vir para o Algarve, tendo sido nomeado capelão do Carmelo algarvio, no Patacão (concelho de Faro), e vigário paroquial do Montenegro no dia 8 de setembro de 1997. No dia 27 desse mês foi nomeado pároco do Montenegro, continuando como capelão do Carmelo, funções que desempenhou até ao dia 28 de outubro de 2001, data em que foi nomeado capelão de Santa Luzia de Tavira.

O sacerdote, lembrado também pelos antigos paroquianos pela jovialidade e pelo gosto pelo desporto, em particular pelo futebol, na década de sessenta do século passado foi ainda professor de música da disciplina de Canto Coral na então Escola Industrial Campos Melo, na Covilhã.

Na Diocese do Algarve, o padre Nabais Pereira foi também membro do Conselho Presbiteral.

O corpo do sacerdote estará hoje, a partir das 18h, em câmara ardente na igreja de Santa Luzia de Tavira. Amanhã, pelas 10h, será realizado o funeral, com a missa exequial presidida pelo bispo do Algarve, D. Manuel Quintas. Dali, o féretro seguirá para o cemitério de Tavira, onde o corpo do sacerdote será sepultado.

"O REBATE" e um pouco da História de Andréia: Jovem Advogada, filha de nossos amigos e leitores Carlos Meirellis (Carlinhos) e Ana Riva Solon teve sua carreira interrompida, anda jovem, como retratou o DIÁRIO DA COSTA DO SOL Neta de Armandinho Solon, desportista e fotógrafo, autor de memoráveis fotos de Macaé e ex Jogador do Flamengo nos anos 34, 35 e 36. Corria em suas veias a tenacidade dos Meirellis da Estrada de Ferro e dos Solons. Sempre mantendo a simplicidade e a alegria junto a todos que a procuravam na profissão e na Assistência Social.. Uma grande perda que O REBATE perpetua em suas páginas. ( José Milbs de Lacerda Gama editor...


Doutora Andrea Meirelles faleceu neste domingo (17) devido a uma parada cardíaca

Foto: Tadeu Mouzer (photo: )
Foto: Tadeu Mouzer

Tunan Teixeira

Faleceu no último domingo, 17 de maio, a secretária de desenvolvimento social de Macaé, Andrea Meirelles, ex-presidente da subseção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro. Doutora Andrea, que tinha 43 anos e lutava há dois contra leucemia, foi vítima de uma parada cardíaca na manhã de domingo, em Niterói.
Cidadã de participação efetiva na política social macaense, Dra. Andrea também foi vice-presidente do Conselho Municipal de Fiscalização das Aplicações dos Royalties do Petróleo (Comfarp), onde defendeu a participação da população no debate sobre os recursos dos royalties, assim como a transparência nas informações sobre o destino desses recursos.
Como presidente da OAB local, lutou pela instalação da 3ª Vara do Trabalho de Macaé, ajudando a sanar uma deficiência do município, e se esforçou por dar mais agilidade nos processos jurídicos.
Em nota no site da Ordem, o presidente da OAB do Rio de Janeiro, Felipe Santa Cruz, decretou luto de três dias e lamentou o ocorrido. “Recebo com dor a notícia do falecimento de nossa amiga e me solidarizo com a família e os amigos neste momento, em nome de toda advocacia”, declarou.
Andrea Meirelles deixou a presidência da subseção da OAB em fevereiro de 2014, quando assumiu o cargo de secretária de desenvolvimento social municipal, sendo substituída na Ordem por François Pimentel.
Como secretária, fez da luta pelos direitos humanos seu maior desafio, como informaram, em nota à imprensa, os funcionários de sua pasta no município. “Seu legado nos deixa exemplo de que as virtudes podem superar as vicissitudes e a vulnerabilidade, pois foi sempre presente nos momentos de enfrentamento e de conquista. É com profundo pesar que funcionários e assessores da secretaria de Desenvolvimento Social se solidarizam com os familiares nesse momento de grande dor. Jamais esqueceremos a advogada brilhante, mulher guerreira e defensora dos direitos humanos”, diz o comunicado, assinado por “amigos e funcionários” da secretaria.
O corpo de Andrea foi velado por familiares e amigos na manhã de ontem na Capela A do Cemitério Memorial da Igualdade, cercado de honrarias, e contou com a presença de diversos secretários do município, entre eles o secretário de educação, Guto Garcia; de ambiente, Gerson Lucas Martins; e o de limpeza de pública, Célio Chapeta; além do prefeito de Macaé, Dr. Aluízio; e de representantes do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) e do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS).
Depois, o corpo da advogada seguiu em longo cortejo sob supervisão de carros da Secretaria de Mobilidade Urbana e da Guarda Municipal, que liberaram as ruas da cidade até o Cemitério de Santana, onde o corpo de Andrea foi enterrado sob aplausos comovidos de amigos e familiares. Antes de deixar o cemitério, o Prefeito Aluízio falou sobre a perda de Andrea, enfatizando sua falta será mais sentida como pessoa. “A perda maior é a da pessoa, da família. Nada ocupa esse espaço, esse vazio que fica. A rotina que vem depois machuca, é o que dói mais”, disse, afirmando ainda que, para o municio, a perda é igualmente grande. “Acho difícil que a gente consiga encontrar alguém como ela. Era uma pessoa e profissional fantástica, inteligentíssima, de discernimento e ética inigualáveis. Tinha vocação para o que fazia”, falou o prefeito, antes de deixar o cemitério, visivelmente comovido.

Presidente da OAB de Macaé durante dois mandatos, e primeira mulher a ocupar o cargo da subseção, Andrea Meirelles começou sua carreira como estagiária e assessora jurídica no Sindipetro-NF, quando este ainda era uma representação regional do Sindipetro-RJ, e desde o início de 2014 exercia o cargo de secretária do desenvolvimento social da prefeitura de Macaé.

É com profundo pesar que comunicamos aos nossos leitores e apoiadores o falecimento do senhor Gaspar, o “Velho Gaspar”, antigo posseiro da região de São João da Ponte, Norte de Minas Gerais, descendente de escravos, uma autoridade do povo, que lutou durante décadas pelo direito dos camponeses à posse das terras em que vivem e trabalham, conhecido e respeitado por todos os camponeses e moradores da região.

“Seu” Gaspar foi um dos idealizadores e um dos maiores entusiastas da construção da Ponte da Aliança Operário-Camponesa, sólida construção erguida pelos camponeses organizados e apoiados pela Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas - LCP e operários organizados pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Belo Horizonte e Região – MARRETA.

A ponte sobre o Rio Arapuim, em São João da Ponte, foi construída com luta e a obra foi documentada por AND. Nossa reportagem também esteve presente na festa de inauguração da ponte, no ano de 2007, quando tivemos a oportunidade de conhecer o senhor Gaspar que, já septuagenário, transbordava otimismo e força para lutar.

Essas foram suas palavras durante a cerimônia de inauguração da ponte: “Sou de falar pouco, mas estamos de parabéns! Todos que trabalharam, todos que apoiaram, todos que vieram ver. Muito obrigado e podem contar com a gente sempre”.

Transmitimos aos seus familiares e aos camponeses que com ele viveram e lutaram nossos mais sinceros sentimentos.

Clicando nos links abaixo pode-se conhecer um pouco da história da Ponte da Aliança Operário Camponesa e do senhor Gaspar.

O povo pode, faz e governa

Inaugurada a ponte do povo!

Perde a cidade e a região de Petroleo um grande memorialista e amante da vida.... Tive a honra de merecer sua amizade e afeto e a felicidade de poder conversar com ele nos seus 95 anos de pura sabedoria e sanidade... Alegre como sempre, com seu sorriso aflorado e sua gentileza. Falamos mais de uma hora sobre tudo que se passou na cidade desde sua vinda de São Pedro d" Aldeia para Macaé, donde recebeu o afetivo apelido de 'Zé da Ilha" ate sua atuação como fiel Funcionário Público esemplar do RJ. Amigo dos amigos sempre atendendo com extremo carinho todos que o procuravam... Alguns momentos de emoção ao falar de sua companheira Maria Alzira Soares e do Orgulho de seus filhos que o rodeava sempre... Macaé perde um de seus mais ilustres filho... Particularmente perco uma referência no trato com a Historicidade da Região.. Os sentimentos a todos...

Foto de Jose Milbs Lacerda Gama.

Fica a saudade do velho amigo e meu admirador ...

Foto de Jose Milbs Lacerda Gama.

O REBATE está mais triste. Solidário a Familia do Mestre Zezinho, em especial ao seu filho Jose Eduardo que foi amigo de meus filhas nas Infância lindas da Rua Visc. de Quissamã ... Sempre levando a boa músca nas tardes noites da TABERNA do meu amigo Dodô... Sempre paciente com os "cantores" que se sentiam alegres. Grande presença junto do Eraldo (Lanterneiro) e sua linda vóz, acomanhando do velho Meirelles e tantos outros... Das Antigas do Velho e destruido Ipiranga, era parceiro de Armando Marcone e teve o privilégio de acompanhar meu amigo Nelson Gonçalves na Fazenda de Carlos de Freitas Quintela (Meu Descanso), nos anos 60...FOI UM MESTRE...

Jose!!! editor de O Rebate


Macaé amanheceu mais triste com a partida de seu 'Violão Mágico'
Um violão. Um simples violão. Todos tocando aquele instrumento, mas quando Zezinho o pegava para tocar... Sai da reta! O violão se transformava em orquestra, Banda, regional! Zezinho era "O Violonista". Acompanhava tudo e solava com a maior maestria. Quantos bailes pela vida. Americano, Ypiranga, Fluminense, Iate... Quantos encontros memoráveis, no 'Sadizinho', no Evair, Bico da Coruja, pelos botequins, palcos e quintais da vida. Zezinho foi o maior manejador das vozes do violão que já vi tocar. Um ás para acompanhar, de fox trot a Choro, passando por Rumbas, Boleros e Baiões. No Samba de breque então, não tinha pra ninguém...
Pois é, Zezinho faleceu nesta madrugada de 2 para 3 de maio. Uma tristeza saber que não teremos mais a presença física deste gênio com sua simplicidade amiga e seu violão para harmonizar, como só ele sabia, a vida macaense.
Chora violão!
Chora a partida do 'Seresteiro'.
Chora meu irmão
A saudade já toma conta do meu peito!
Aquelas cordas afinadas altas, a dedeira sempre esperta, o ouvido antenado, mãos de personagens de Portinari. O violão sempre levantado e jogado sobre seu corpo, uma postura de gente astuta, um verdadeiro Batuta.
José dos Santos Moraes nosso eternamente adorado Zezinho do Violão. O maior violonista de todos os tempos de nossa cidade e região. Um exemplo. Deixou sua marca na história. Fez escola!
Pai, avô, marido e irmão. Sempre disposto a ajudar. Sempre a disposição. Muita saudade vai deixar.
Muito mais triste sem seu violão, fica Macaé e região.
E não temos um disco do Zezinho!!!
(...)
Eu tenho, pois o gravei lá no Sadi. E fico a me esbaldar aqui, ouvindo 'O Seresteiro' com seu violão revelador de toda vida, toda alegria e toda tristeza.
Zezinho traduziu em sua lira todos os acontecimentos de nossa princesinha, dos 7 de setembro aos pagodes na Rinha. Um verdadeiro ás!
Seremos sempre gratos por ter conhecido e ouvido você.
Obrigado Zezinho!

Rúben Pereira

Rúben Pereira 04 - 05 - 2015



We will love you forever...

MORREU, COM QUASE 90 ANINHOS, O MEU VELHO AMIGO ITALIANO FRANCO CIPRIANI, IRMÃO DE SÉRGIO QUE SE FOI NOS ANOS 50... Macaé era ainda uma Cidadezinha de Sol, Mar, Praia, Rua Principal com Cavaletes onde as "minas" iam de lá pra cá e piravam com a presença de um lindo italiano que a todos encantavam com seu sotaque e olhar esguio...Conquistou o coração da mais lindas de todas as filhas do Velho Abraão Agostinho, irmão mais velho do Lacerda....Fomos amigos. Eu ele, Fúbio e Sérgio...Deve ser recepcionado no Céu de Netuno, sua linda terra do onde sempre falava com orgulho. Terra do Vinho e que aprendi a amar com o cantar deles 3, nas noites lindas de nossa boemia: (História do Vinho, diziam, aprenda ai Pinguino(eu)... 
PAMPANHO, PAMPA NO PAMPANHO, oh que bello vinho.... 
Grande Franco que deixou seu filho Romano com sua beleza e simpatia a florir o Canteiro de amigos de minha cidadezinha que ficou mais triste... Beijos ai em Sérgio e Fúvio...

José!!!! editor de O REBATE




José. .. Não tenho palavras... vou ler assim que chegar em casa. Muito obrigado.
Querido Milbs, não temos palavras para agradecer a homenagem em que presta. Suas citações nos conduzem no tempo e evocam nostálgicas lembranças. Inevitável comparar sua narrativa às cenas de um filme italiano. É regozijante para nossos corações saber desse enorme afeto em que nossos pais compartilharam com você. "Abbraccio caro amigo, grazie."
Romano Cipriani (filho de Franco)....



Venho de um Cuiabá de garimpos e de ruelas entortadas.
Meu pai teve uma venda no Beco da Marinha, onde nasci.
Me criei no Pantanal de Corumbá entre bichos do chão,
aves, pessoas humildes, árvores e rios.
Aprecio viver em lugares decadentes por gosto de estar
entre pedras e lagartos.
Já publiquei 10 livros de poesia: ao publicá-los me sinto
meio desonrado e fujo para o Pantanal onde sou
abençoado a garças.
Me procurei a vida inteira e não me achei — pelo que
fui salvo.
Não estou na sarjeta porque herdei uma fazenda de gado.
Os bois me recriam.
Agora eu sou tão ocaso!
Estou na categoria de sofrer da moral porque só faço
coisas inúteis.
No meu morrer tem uma dor de árvore.

- Manoel de Barros,
do "Livro das Ignorãças"
19/12/1916 - 13/11/2014

Foto de Amália Catarina.

Morreu nesta quarta-feira (12/11), o filósofo marxista Leandro Konder, um companheiro de lutas e ideais da construção de uma sociedade comunista.

Leandro marcou sua trajetória de vida por suas convicções políticas, sua coerência, uma militância ativa e intransigente em defesa dos interesses da classe trabalhadora.

Como intelectual, jamais abriu mão de dar sua contribuição para transformar a realidade. Com a clareza de que nas teorias de Marx não há um receituário a ser aplicado, dedicou sua vida para colocar em prática as ideias do filósofo alemão.

Como militante político, jamais se vergou frente às adversidades e derrotas sofridas pelos que lutam pela emancipação humana. Preso e torturado pela ditadura militar, soube resistir e derrotá-la, mantendo-se coerente com seus ideais políticos. 

Venceu os longos seis anos de exíli,o tornando-se um incansável estudioso do marxismo. E, frente a crise que atingiu o ideal socialista, a partir da queda do Muro de Berlim, não hesitou em afirmar que naquela derrota histórica “a perspectiva socialista descobriu potencialidades de enriquecimento que ela não sabia que tinha”..

O companheiro que perdemos hoje, um verdadeiro mestre, sabia como poucos transitar da filosofia à política para, com textos claros e de refinado toque literário, transmitir para as gerações de hoje o legado das ideias socialistas e das lutas da classe trabalhadora.

Despojado da empáfia dos se escondem no sectarismo e em verdades dogmatizadas, Leandro enfrentava os debates e estabelecia relações pessoais com a simplicidade e a generosidade dos que querem sempre crescer como seres humanos e sociais.

À Cristina, sua companheira de 38 anos, aos filhos Carlos Nelson e Marcela, aos netos e parentes, amigos e amigas, em nome de todos e todas que fazem parte do MST, queremos transmitir nosso pesar, nosso apoio e solidariedade nesse momento doloroso pela perda de uma pessoa tão querida e admirada.

Para o MST, se perdemos um companheiro de lutas, herdamos um legado de conhecimentos e de exemplo de militante político.

Viva Leandro Konder, um filósfo marxista, nosso companheiro.

Direção Nacional do MST

São Paulo, 12 de novembro de 2014.


VEJAM  DOSSIE PREPARADO  PELA PAGINA  MARXISMO 21

L K 2

marxismo21 lamenta o desaparecimento de LEANDRO KONDER (1936-2014), ocorrido na dia 12 de novembro de 2014, na cidade do Rio de Janeiro. Pesquisador e militante comunista desde sua juventude, Leandro Konder foi um intelectual que se engajou plenamente nos combates de seu tempo: nos anos 1960, na defesa das reformas de base; no pós-1964, no combate à ditadura militar que o obrigou a se exilar durante cinco anos na Alemanha e, atualmente, na crítica aos inarredáveis limites da democracia política no âmbito da sociedade e Estado capitalista. É autor de dezenas de livros e centenas de artigos que tematizam – a partir dos pressupostos materialistas – amplos e diferentes assuntos e autores do pensamento filosófico, político e estético.
Nesta breve homenagem, marxismo21 divulga alguns dos trabalhos de sua fecunda trajetória política e intelectual.

Entrevistas sobre a trajetória intelectual e política

Revista de estudos marxistas Margem Esquerda (2005)
Blog Algo a Dizer (2007)
Revista da Fapesp (2002)
Revista Teoria & Debate (1999)
Entrevista de Georg Lukács concedida a Leandro Konder

Artigos

Marx e a História
Sobre o Manifesto Comunista
Ideologia e Política
Filosofia e Educação: as mediações da política cultural
Marcuse, revolucionário
Benjamin e o marxismo
Sobre Brecht

Livros online

https://pt.scribd.com/search-documents?query=Leandro+Konder
Hegel a razão quase enlouquecida
Em torno de Marx
Marx, vida e obra
A revanche da dialética
O que é dialética
Resenha-artigo sobre A questão da ideologia, por Virgínia Fontes

Dissertação acadêmica

A recepção das ideias estéticas-literárias de Lukács nas obras de Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho

Vídeo

O filósofo que sonha
Memórias de um marxista

http://www.jornalorebate.com.br/441/nathan.gif

Morreu em Uberlândia o poeta patrocinense Nathan de Castro, aos 60 anos de idade.

Nathan residia e trabalha em Uberlândia há vários anos e a maioria dos irmãos e irmãs residem em Patrocínio, sua terra natal, que sempre mencionava em suas falas e escritos.

Poeta de renome, autor de livros e muito querido.

Abaixo o último poema publicado por Nathan de Castro, no dia 1º, que fazia referência ao mês de setembro que é finalizado com a frase "silêncio, outro soneto e outro sorriso no rosto".

Soneto de setembro
© Nathan de Castro

Com voz de trovoada e olhos de coriscos,
o céu de cara feia afugenta o soneto.
Arrisco-me no verso livre, em branco e preto:
cantigas de setembros, chuvas e rabiscos

Sinais de tempestades, flores, borboletas?
Versos de folhas verdes nas mãos do Poeta?
Quiçá, quem sabe a terra ensinando-me as letras
das cepas dos coqueiros de praias desertas?!

Canções de erva-cidreira, picão e canela,
remédios para curar as paixões de agosto...
Sementes nos canteiros de eterno desgosto?

Verso livre com cheiro de amor - primavera -
abóbora madura (onde estão minhas feras?).
Silêncio, outro soneto, e um sorriso no rosto.

Senhora Solidão
© Nathan de Castro

Senhora Solidão, aceite o abraço
deste poeta amigo e de um só tema.
Venha dançar comigo no compasso
descompassado e aflito do poema. 

Valsando a madrugada, a vida passa
no ritmo envolvente das serestas.
Senhora Solidão, permita a graça
deste velho bolero sem orquestras.

Dona de mim, eu quero esse perfume
e o ombro nu com cheiro de pecado.
Dois pra lá, dois pra cá, corpos em lume

incendiando a noite da cidade.
Senhora Solidão, não me acostume
na dança atrapalhada da saudade.

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