O significado da data 13 de maio para o MNS

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No Brasil, os movimentos negros adeptos do racialismo, a ideologia da crença não-comprovada cientificamente na existência de ´raças´ humanas, abandonaram 13 de Maio enquanto Dia Nacional de Denúncia do Racismo (e Reivindicações Antirracistas & Anticapitalistas)! Cuja concepção filosófica de denúncia do racismo foi desenvolvida por tais movimentos negros. Afinal, racismo é opressão específica --- ideologia de dominação de uma classe social e ou/povo sobre outro --- baseada na diferenciação antropológica, isto é, da cor da pele. Apesar de tais movimentos negros, conforme foi frisado, não terem propugnado o princípio ou bandeira das reivindicações antirracistas específicas.    
Haja vista, fatos ocorridos na História do Planeta --- a História é a História da luta de classes --- conforme foi ensinado por Marx (1818-1883). Já o marxista Trotsky (1879-1940) no livro Nacionalismo Negro ensinou: “A luta dos negros na África e países da diáspora é específica, estratégica e indissociável da luta de classes”. Da qual, Steve Biko (1936-1977) extraiu: “Racismo e capitalismo são os dois lados de uma única e mesma moeda”. Por isso, dia 13 de maio de 2006 foi realizado em São Paulo (SP) o I Encontro Nacional do Movimento Negro Socialista (MNS), evento de fundação que contou com delegações de diversos estados do país. O MNS nasceu antirracista, anti-racialista, anticapitalista (anti-imperialista).
Tais bandeiras não são erguidas pelos  movimentos negros racialistas mundo afora, os quais no Brasil aceitam passivamente Leis baseadas na espécie de política racialista apelidadas de cotas e ou/do gênero chamado de ação afirmativa como a 12.288/2010 o famigerado estatuto da igualdade ´racial´ (EIR) e a 12.711/2012 a do paternalismo de cotas ´raciais´ imiscuídas a cotas ´sociais´ que concebem especificamente as pessoas com cor da pele preta, negros, afrodescendentes especialmente as jovens universitárias, assim como genericamente pessoas pobres, exploradas e oprimidas enquanto pobres coitadas necessitadas de piedade social que supostamente busque ´humanizar´ o capitalismo.                
Pelo fim das chacinas que vitimam a juventude pobre e oprimida especialmente a juventude negra nas periferia das cidades!

Pela extinção da Polícia Militar!
Pela titulação às famílias remanescentes em comunidades quilombolas em meio as Revoluções Agrária e Urbana!
Pelas revogações das Leis 12.288/2010 e 12.711/2012!
Por escolas inclusas as técnicas profissionalizantes e universidades públicas com excelência na qualidade, gratuitas e universalistas isto é com acesso igual para todos e todas!
Abaixo o PROUNI, o ENEM, o SISU, o FIES ou qualquer filtro/discriminação ao ensino universitário público apelidado de vestibular!
Pela saúde pública, gratuita, com excelência na qualidade e universalista isto é para todos e todas inclusos os casos de epidemia social de anemia falciforme!
Abaixo o impeachment!
Fora Temer, Cunha e Aécio!
Pela Assembleia Popular Nacional Constituinte!
Pelo Governo dos Trabalhadores!
Pelo imediato retorno da tropa brasileira que comanda a ocupação militar internacional da ONU no Haiti, com o consequente fim da MINUSTAH! 


*jornalista – é militante do Movimento Negro Socialista (MNS) e da seção brasileira da Corrente Marxista Internacional (CMI) a Esquerda Marxista (EM) abrigada democraticamente no PSOL.