Após o apagar da tocha, Rio permanece em chamas

Ao apagar da pira olímpica, somos levados a encarar a realidade. Depois do prazer de uma agenda positiva, com histórias de superação e conquistas que só o esporte é capaz de apresentar, nos deparamos com a violência da Cidade, com destaque para o extermínio de policiais. Mesmo com a presença da Força Nacionalaté as eleições, dia após dia, novos atentados acontecem, a sensação de insegurança cresce e a dúvida quanto ao futuro permanece.

Não podemos esquecer que, mesmo durante a olimpíada, um PM que integrava a Força Nacional, ao errar o caminho, foi alvejado por bandidos da Maré, morrendo dias depois no hospital.Somente neste ano já foram mais de 260 policiais militares feridos, com mais de 70 mortes. Vítimas de assaltos ou por simplesmente serem identificados como policiais. Um cenário nebuloso e que vem se agravando a passos largos.

Na semana passada, o Coronel Linhares foi vítima de latrocínio, perdendo a vida precocemente. Mas, obviamente toda essa violência não se limita aos policiais.Também na semana passada, um estudante foi morto na porta da universidade, no Rio Comprido. Em Santa cruz, tiroteio interrompeu o funcionamento do BRT e resultou na morte de quatro pessoas. Na Barra de Guaratiba, foram dois os feridos por tiros. Em toda a cidade o clima é de insegurança, o que se repete no Estado, essencialmente na Baixada Fluminense e região metropolitana, como São Gonçalo.

E num momento em que precisamos nos reinventar no que diz respeito a encontrar caminhos para uma nova política de segurança para o Rio, enfestado de bandidos e facções criminosas, estamos prestes a sofrer uma troca de comando. O atual secretário, após 10 anos, anunciou que deve deixar o cargo no final do mês. O lado negativo disso é pelo fato de que qualquer mudança ser delicada e o novo gestor precisará de certo tempo para adaptação e implantação de ações próprias ou alinhadas às suas convicções. E, paralelamente, o Rio precisa urgentemente de medidas sólidas para frear a crescente violência.

Longe do espírito olímpico, a Cidade que ainda recebe a paralimpíada, pouco a pouco se distancia do pódio da tranquilidade e da ordem urbana, voltando a enfrentar dias difíceis e que carecem de total atenção das autoridades.Se fomos todos olímpicos, isso já passou. Devemos lembrar que somos todos cidadãos.

*Advogado criminalista

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