Suspeitas de um "dieselgate" se abatem sobre a Citroën

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La Citroën C4 Cactus, visée par une étude du Joint Research Center.

Estudo europeu põe em dúvida a eficácia do sistema antipoluição do Citroën C4 Cactus Diesel, afirma o diário O parisiense hoje na França, nessa terça-feira, 17 de janeiro. Esse estudo, que o diário afirma ter consultado, foi realizado por um laboratório científico ligado à Comissão Europeia, o Centro de Pesquisas Conjunto (JRC, em francês).

O Instituto de Pesquisas Conjunto testou diversos veículos no último verão a fim de encontrar um dispositivo capaz de detectar a presença eventual de algum programa escondido para falsear as emissões de poluentes pelos motores diesel, como foi revelado, em setembro de 2015, no caso do "dieselgate" que envolveu a fabricante alemã Volkswagen.
Segundo O Parisiense, esses testes revelaram anomalias no motor do Cactus Diesel Blue HDI 100 produzido pela fabricante francesa PSA.

Duas informações judiciárias abertas na França
O deputado europeu ecologista Yannick Jadot, candidato à presidência da França pela coligação Europa Ecologia - Os Verdes recebeu o relatório. Ele explicou ao Parisiense que esse teste, aplicado também ao Audi A3, "mostra que, em situações reais, em dias muito frios ou muito quentes, esses motores poluem cinco a dez vezes mais que o previsto. Os sistemas antipoluição simplesmente falham".
Interrogado, o Grupo PSA garante que "não há em (seus) veículos programas que permitam modificar os resultados de um teste".
O "dieselgate" explodiu em setembro de 2015, tão logo a Volkswagen reconheceu ter equipado onze milhões de seus veículos diesel mundo afora com um programa destinado a confundir os controles antipoluição. A Justiça Francesa abriu duas informações judiciárias, uma em fevereiro de 2016 relativa à Volkswagen e outra no último dia 12 de janeiro, tendo como alvo a francesa Renault.
Segundo a Ministra da Ecologia, Ségolene Royal, pesquisas sobre emissões poluentes muito elevadas poderão ser abertas pela justiça contra outras fabricantes além da Renault.

Tradução: A. Pertence


Les soupçons d’un « dieselgate » s’abattent sur Citroën

La Citroën C4 Cactus, visée par une étude du Joint Research Center.

Une étude européenne met en cause l’efficacité du système de dépollution de la Citroën C4 Cactus diesel, affirme Le Parisien-Aujourd’hui en France, mardi 17 janvier. Cette étude, que le quotidien affirme avoir consultée, a été réalisée par un laboratoire scientifique rattaché à la Commission européenne, le Joint Research Center (JRC).

Le JRC a testé plusieurs voitures l’été dernier afin de mettre au point un dispositif capable de détecter la présence éventuelle d’un logiciel caché faussant les émissions polluantes des moteurs diesel, comme cela a été révélé en septembre 2015 dans le cadre du « dieselgate » impliquant le constructeur allemand Volkswagen.
Selon Le Parisien, ces tests ont révélé des anomalies sur le moteur de la Cactus diesel Blue HDI 100 produite par le constructeur français PSA.
Lire aussi :   Pollution : après le diesel, les moteurs à essence au cœur d’une nouvelle bataille européenne

Deux informations judiciaires ouvertes en France

Le député européen écologiste Yannick Jadot, candidat à la présidentielle française sous la bannière Europe Ecologie-Les Verts, a été destinataire du rapport. Il explique au Parisien que ce test, qui porte également sur l’Audi A3, « montre qu’en situation réelle, quand il fait froid ou très chaud, ces moteurs polluent cinq à dix fois plus que prévu. Les systèmes de dépollution s’arrêtent. »
Interrogé, le groupe PSA assure qu’« il n’y a pas dans [ses] véhicules de logiciels permettant de modifier les résultats d’un test ».
Le « dieselgate » a éclaté en septembre 2015, lorsque Volkswagen a reconnu avoir équipé onze millions de ses véhicules diesel à travers le monde d’un logiciel destiné à tromper les contrôles antipollution. La justice française a ouvert deux informations judiciaires, l’une en février 2016 concernant Volkswagen et une autre le 12 janvier dernier visant le français Renault.
Selon la ministre de l’écologie Ségolène Royal, des enquêtes sur des émissions polluantes trop élevées pourraient être ouvertes par la justice à l’encontre d’autres constructeurs automobiles que Renault.
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