Um grande revolucionário: Ho Chi Minh, presente!

Em 19 de maio de 1890 nascia Ho Chi Minh, na província de NgheThinh, o nome mais conhecido do grande líder revolucionário do povo vietnamita e dos povos explorados de todo mundo.

 

A história de vida de Ho Chi Minh se confunde com a história de seu povo que, sofrendo desde muito tempo os desmandos de uma situação colonial, criara em seu seio as formas específicas de resistência contra a exploração colonial e divisão do país. Segundo historiadores, as primeiras agressões coloniais datam de 208 a.C. quando os chineses invadiram o país e impuseram sua língua, religião, leis e costumes. De lá pra cá muitas lutas contra os agressores estrangeiros foram travadas, uma após a outra: China, França, Japão (Alemanha), Inglaterra, França e por último Estados Unidos, foram os países que atacaram o povo vietnamita em sua rapina colonial e imperialista.

É neste cenário que se inicia a vida de Ho Chi Minh, nascido em um dos centros da resistência anticolonialista, tendo pai e irmãos [1] envolvidos na luta nacionalista, e sofrendo na pele a agressão francesa que se expressa na extrema violência, difusão da venda do álcool, na apologia ao consumo do ópio, na prostituição de jovens, etc. ou, em suas palavras:

“Vocês todos sabem que o imperialismo francês penetrou na Indochina há cinqüenta anos. Ele conquistou nosso país pela força, motivado por seus interesses egoístas. Desde então, fomos não só vergonhosamente oprimidos e explorados, mas também torturados e impiedosamente envenenados. Para ser mais claro, fomos envenenados pelo ópio, pelo álcool, etc... É impossível revelar em alguns minutos todas as atrocidades que os capitalistas com sua rapacidade infligiram à Indochina. Existem mais cadeias que escolas, e elas estão sempre superlotadas. Todo nativo com idéias socialistas é detido e, às vezes, assassinado sem julgamento. Isto é o que eles chamam de justiça na Indochina. Em seu próprio país, os vietnamitas são segregados, e não gozam da segurança dos europeus ou daqueles que possuem um passaporte de um país da Europa. Não temos liberdade de imprensa nem liberdade de expressão. Não podemos nos reunir livremente nem formar associações. Não temos o direito de viver no estrangeiro, nem mesmo de viajar como turistas. Obrigam-nos a viver na mais total ignorância e obscuridade, usurpando-nos o direito de estudar. Os colonialistas na Indochina nos constrangem por todos os meios possíveis, a fumar ópio e a consumir álcool para envenenar-nos e enfraquecer-nos. Milhares de vietnamitas foram assim conduzidos a uma morte lenta ou massacrados para proteger interesses alheios.” [2]


Mapas das principais cidades e regiões onde se passa a história de Ho Chi Minh

Em 1911, depois de ter ensinado francês e Quoc ngu [3] em uma pequena escola em Hue, Ho chi Minh (que nesta época se chamava Nguyen Tat Thanh) parte para Saigon onde se matricula em uma escola profissional de marinheiros. Em fins deste ano, Ho Chi Minh (que se intitulava Ba) embarca, como auxiliar de cozinheiro, no navio La-Touche-Tréville que fazia a linha Haiphong – Marselha. Passou anos a bordo e assim pode conhecer os principais portos mediterrâneos e africanos. Há relatos que nesta época (1912-1914) veio a conhecer o Brasil [4] e, em 1915, os EUA onde encerrou seu trabalho como marinheiro. Neste período entrou em contato com a realidade de outros povos oprimidos, tanto de países dominados como de países imperialistas [5]. Foi neste período que pôde observar as semelhanças do sofrimento destes povos e dos seus irmãos vietnamitas, sempre tomando o lado dos explorados na luta pela libertação.

Após ter passado pelos EUA e pela Inglaterra, em 1917, dirigiu-se a Paris onde muitos vietnamitas eram recrutados, pois se estava em plena Primeira Guerra Mundial. A realidade francesa era muito diferente daquela que conhecia como país opressor. A França “era uma nação em combate, ameaçada, trabalhada por profundas correntes revolucionárias, um povo altivo e sofrido, que por muitas coisas lembrava o seu” [6].

É na França, de 1917 a 1924, que Ho Chi Minh (agora Nguyen Ai Quoc) aprofunda sua militância e vai dar conseqüência a sua inquietação política. Vive as conseqüências e as repercussões da vitória do socialismo na Rússia e das posições de Lênin à frente do Partido Bolchevique, da construção do primeiro Estado Proletário. Entra em contato com anarquistas, socialistas e comunistas, sempre defendendo a luta anticolonialista e a autodeterminação dos povos. Vive o debate entre a Segunda e Terceira Internacional Comunista e entra em contato com os textos de Lênin. Toma partido pela Terceira Internacional, pelo marxismo-leninismo que segundo ele “(...) não é apenas um saco mágico, não somente uma bússola, mas um verdadeiro sol que ilumina a estrada até a vitória final, até o socialismo e o comunismo.”[7].

Inscreve-se na 9ª seção do Partido Comunista Francês e em 1921 participa do Congresso do Partido em Marselha. Concentra-se ainda mais na luta anticolonial, incentivando e agindo para a unificação dos povos colonizados em sintonia com a perspectiva do socialismo e do comunismo. Funda o jornal Le Paria que é publicado de 1922 a 1926 e serve como uma espécie de órgão de denúncia dos colonizados residentes em Paris.

Em 1924 viaja a Moscou, chegando à cidade dias após a morte de Lênin. Sua participação no V Congresso da Internacional Comunista se faz muito enfática pois, baseando-se nas posições de Lênin e de Stalin sobre as questões nacional e colonial, proferiu duras críticas aos PCs francês e inglês que não travavam, de fato, a luta anticolonial. Ou em suas palavras:

“Podemos dizer então, sem exagero, que, enquanto o Partido Comunista Francês e o Partido Comunista Inglês não aplicarem uma política verdadeiramente ativa nas questões coloniais e não estabelecerem contatos com as massas das colônias, seus grandes programas serão sempre letra morta. Esses programas não passarão de letra morta porque são contrários ao leninismo. Eu me explico. (...) Segundo Lênin, o êxito da Revolução na Europa Ocidental está estreitamente vinculado ao movimento de libertação nacional e antiimperialista nas colônias e nos países dominados e, como Lênin nos ensinou, a questão nacional é uma parte do problema geral da revolução proletária e da ditadura do proletariado.
A seguir, o camarada Stalin examinou a opinião segundo a qual a vitória do proletariado na Europa seria possível sem uma aliança direta com o movimento de liberação nas colônias. E ele a qualificou de contra-revolucionária.”[8].

Em 1925, encarregado pela Terceira Internacional, Ho Chi Minh se encaminha para o Cantão, no sul da China, onde deveria ajudar Borodin, representante da Internacional no Kuomitang. Neste período o PC Chinês estava em aliança com o Kuomitang que, sob a liderança militar de Chiang Kai-shek, empreenderia em 1926 uma “expedição ao norte” cujo objetivo era a independência e unificação da China. Ho Chi Minh se ocupa da propaganda e formação de quadros. É no Cantão que encontra outros vietnamitas e funda a Thanh Nien (Associação da Juventude Revolucionária do Vietnã) que se constituíria no Partido Comunista Indochinês. A Thanh Nien publica um jornal de mesmo nome, cujo objetivo era chamar a atenção para as questões nacionais e denunciar a exploração do povo.

Em 1927, Chiang Kai-shek rompe a aliança com os comunistas e provoca o “grande banho de sangue”: massacre de comunistas, dissolução dos sindicatos, ruptura com a União Soviética. A escola de formação de quadros onde Ho Chi Minh executava suas tarefas foi varrida mas, como seu grupo previra o ataque, conseguiram fugir para diversas localidades.

Em fins de 1927, Ho Chi Minh sai da China e na primavera do ano seguinte (1928) encontra-se em Moscou, passa por vários países europeus e segue para o Sião (atual Tailândia) onde se concentrava uma colônia vietnamita numerosa. Em apenas um ano Ho Chi Minh, disfarçado de monge, faz extenso trabalho político. Funda células revolucionárias, uma escola onde se aprendia o tailandês e o vietnamês, o jornal Than Ai (Amizade), e inclusive uma cooperativa florestal. Ho Chi Minh sempre utilizou o sentimento patriótico de seus irmãos para aprofundar a consciência de luta pela liberdade, sempre acumulando para a revolução.

Nesta época, com um proletariado em formação no Vietnã, muitas greves foram organizadas, o que acabou empurrando algumas frações da Thanh Nien, em seu congresso em Hong Kong, em 1929, a se assumir enquanto uma organização marxista-leninista, deixando de ter apenas o caráter nacionalista. Em função de divergências internas na Thanh Nien duas organizações que se reivindicavam comunistas se originaram: o Partido Comunista Indochinês (na região de Tonquin ao norte de Annam), o Partido Comunista de Annam (na região da Conchinchina, ao sul de Annam). Além destas, uma terceira, que se originou de uma associação chamada Thanh Viet, que era contrária a Thanh Nien, e passou a se intitular Liga dos Comunistas Indochineses (na região central de Annam). Estas divisões em grande parte ocorreram pela postura esquerdista das frações e pela ausência de Ho Chi Minh e de suas posições políticas e ideológicas no congresso da Thanh Nienem Hong Kong. Contudo, mais tarde pelo pedido de auxílio de seus companheiros no Vietnã, Ho Chi Minh atua para unir os três grupos. E em 18 de fevereiro de 1930, Ho Chi Minh (que ainda era conhecido como Nguyen Ai Quoc), escreve o “Apelo por motivo da fundação do Partido Comunista da Indochina”, parte transcrita abaixo:

“Operários, camponeses, soldados, jovens, estudantes! Camaradas compatriotas oprimidos e explorados! O Partido Comunista da Indochina formou-se. É o partido da classe operária. Sob a sua direção, o proletariado dirigirá a revolução no interesse de todos os oprimidos e explorados. A partir de hoje, devemos aderir ao partido, ajudá-lo, seguí-lo para cumprir as seguintes palavras de ordem:

1. Derrubar o imperialismo francês, o feudalismo, a burguesia reacionária do Vietnã;
2. Conquistar a independência completa da Indochina;
3. Formar o governo de operários, camponeses e soldados;
4. Nacionalizar os bancos e outras empresas imperialistas, e colocá-las sob o controle do governo operário-camponês e dos soldados;
5. Confiscar todas as plantações e outras propriedades dos imperialistas e dos burgueses reacionários vietnamitas para distribuí-las pelos camponeses pobres;
6. Lutar pela jornada de trabalho de 8 horas;
7. Lutar pela democratização do ensino;
8. Realizar a igualdade entre homem e mulher.
” [9]

Mesmo à distância, pois se encontrava na China, este programa inicial foi retificado pelo próprio Ho, concentrando-se na incitação anticolonialista, na luta por liberdades democráticas, etc. buscando trabalhar politicamente de acordo com o nível consciência do povo, que em sua grande maioria era de camponeses.

Em 1931, Ho Chi Minh foi preso pela polícia inglesa e, com a ajuda do Socorro Vermelho Internacional, consegue fugir em meados de 1932 da enfermaria da prisão de Hong Kong, onde se encontrava. Com sua fuga, Ho foi dado como morto, sendo a notícia veiculada inclusive na Europa. No início de 1933, Ho continua sua atividade em Xangai, contudo a perseguição de Chiang Kai-shek o obriga a partir para Moscou. Em 1935 participa, como delegado do PC Indochinês, do VII Congresso da Internacional Comunista defendendo a política das Frentes Populares. Depois cursou por algum tempo o Instituto Lênin (onde era conhecido por Linov). Ele também ensinava história do Vietnã para estudantes da seção asiática, e escrevia aulas em forma de poesias. Mesmo à distância, em Moscou, sempre manteve o contato com o PC Indochinês que se encontrava em uma situação de refluxo, devido à repressão instalada no Vietnã em função das sublevações ocorridas em 1930 no Tonquim e em Nghe Tinh, sendo que esta última, promovida sob a liderança dos comunistas, chegou inclusive à formação de sovietes.

 

Neste período, em plena Segunda Guerra, a França se debilitava e o exército japonês avançava. Foi então decidido que se deveria entrar em solo vietnamita novamente. Inicialmente Ho se fixara na fronteira sino-vietnamita, onde acabou recebendo novos militantes que fugiam da repressão, os quais foram incorporados à luta e mais tarde, em 1941, no lado vietnamita da fronteira, deram origem à Viet Minh (Liga pela Independência do Vietnã), sendo conclamada uma Frente Nacional (posição do VII Congresso da Internacional) constituída de operários, camponeses, pequeno-burgueses e ainda a burguesia nacional e latifundiários anticolonialistas.

Ho Chi Minh ao lado de
Vo Nguyen Giap

Em agosto de 1938, Ho volta à China, onde a política de unidade nacional do PC Chinês contra a ofensiva japonesa força o Kuomitang e Chiang Kai-shek a se aliarem aos comunistas. Em Yenan, na China, Ho passa a fazer propaganda política e a ensinar táticas de guerrilha ao Kuomitang. Em fevereiro de 1940, no meridional chinês, encontra-se com os integrantes do PC Indochinês: Phung Chi Kien, Pham Van Dong, Hoang Van Hoan, Vu Anh e Vo Nguyen Giap. Foi aí que começaram a se desenhar as estratégias para a revolução vietnamita, estabelecendo a linha política justa na luta de libertação nacional.

Segundo Vo Nguyen Giap [10] , neste período Tio Ho, como acabava sendo chamado, e a Viet Minh habitaram grutas, ou nas palavras de Giap:

“(...) Estabeleceu o seu PC (Partido Comunista) na gruta do Pac Bo, no seio de um maciço montanhoso, de dois a três quilômetros de largura por cinco ou seis de comprimento, a um quilômetro apenas da fronteira”.

“O Tio Ho, que dava uma importância extrema à vigilância, aconselhava sempre que cada um de nós guardasse em segredo absoluto tudo o que dizia respeito ao PC. Ao menor indício de perigo, dava imediatamente ordem de mudar de lugar. Uma vez, mandaram-nos dizer que o inimigo enviara espiões para a região. O nosso PC mergulhou, ato contínuo, ainda mais profundamente na floresta. A nova localização oferecia uma grande segurança. Para a atingir era preciso subir um curso de água, atravessar algumas cascatas e escalar diversas escarpas. A sede do PC não passava de uma cabana bem escondida, sob uma profusão de lianas e de grandes raízes. Infelizmente, era tão escura, mesmo em pleno dia, que, para trabalhar, tínhamos de subir ao alto da montanha. Mais tarde, sempre por precaução, o nosso PC mudou-se para outra gruta, extremamente exígua, que mal podia abrigar três ou quatro camas. Nos dias de grande chuva, as serpentes e outros animais faziam-nos companhia”.

“Esta vida de clandestinos acossados era extremamente dura. Para conservar uma boa saúde, condição primordial de um bom trabalho, o Tio Ho observava regras muito estritas. Levantava-se muito cedo. Todos os dias era ele, invariavelmente, quem nos acordava. Fazíamos, em conjunto, alguns movimentos de cultura física; depois começava o dia de trabalho. A noite, carecidos de petróleo para os candeeiros, nos reuníamos em volta de fogueira. As horas das refeições eram também escrupulosamente respeitadas, mas a alimentação era bem escassa”.

Neste período o Partido Comunista se desenvolveu alcançando uma grande integração com as massas, e também através de seus cursos de formação, de sua atividade de propaganda, de seu jornal. Sempre com a simplicidade de um militante realmente impregnado do espírito do povo, de suas dificuldades e carências, Ho Chi Minh ia dirigindo este processo em conjunto com seus camaradas, orientando-os a serem humildes, simples e diretos no trato com a população. Assim que se instalaram no lado vietnamita começaram a publicar o Viet Lap (Vietnã Independente).

“Este jornal saía clandestinamente uma vez por semana, em duas páginas de formato pequeno. Os artigos, curtos e simples, eram impressos em grandes caracteres, em litografia. Como os julgássemos demasiado curtos e demasiado simplistas, propusemos enriquecer-lhes o conteúdo e utilizar caracteres menores para melhorar a apresentação e aumentar o número dos artigos. Mas o Tio Ho tomou a defesa da preferência por artigos curtos, em caracteres grandes. Com a experiência, não tardamos a constatar a eficácia do Viet Lap no nosso trabalho de propaganda e organização. A influência do jornal não provinha só da justeza da linha política, mas também da simplicidade da forma: a primeira condição para despertar a consciência das massas e fazê-las progredir era abordar os problemas que as tocassem profundamente, em termos que elas pudessem compreender”.

Ele era bastante claro:

“É preciso primeiro conquistar o povo, dizia o Tio Ho, antes de abordar o problema da insurreição”.

“O Tio Ho dava uma grande importância à formação ideológica dos quadros. Traduzira para vietnamês a História do Partido Comunista (bolchevique) da U.R.S.S. Ele próprio datilografara esta tradução em alguns exemplares, que nos serviam como documentos para os nossos estudos”.

"Ele continuava, todavia, em estreito contato com a população local; ia freqüentemente visitar os velhos e ensinar a ler os mais jovens. Gostava muito de crianças. Com a sua veste anilada, à moda das minorias "Tho", poderia ser tomado por um camponês da região. O povo chamava-lhe respeitosamente "ong ke", qualificação reservada aos anciãos da aldeia.”

Em julho de 1942, Ho Chi Minh (ainda Nguyen Ai Quoc, mas na viagem assume o nome definitivo de Ho Chi Minh) decide voltar à China para reatar os contatos com os PCs Chinês e Soviético, principalmente para informá-los da tática de Frente Nacional adotada pelo PC indochinês e também para entrar em contato com o Kuomitang, em nome da Liga Viet Minh, para obter apoio na luta em comum contra o fascismo japonês. Ao entrar na China é preso pelo Kuomitang, que resistia a travar a luta conseqüente contra o imperialismo japonês e tinha planos de subjugar os comunistas vietnamitas ao “Kuomitang do Vietnã”. Durante aproximadamente 15 meses Tio Ho ficou preso, sendo levado de uma localidade para outra, acorrentado, com fome, ao lado de todo tipo de prisioneiros. Sua morte foi anunciada e uma cerimônia fúnebre chegou a ser realizada por seus companheiros. Foi nesta prisão que Ho Chi Minh se dedicou a escrever poemas, que reunidos mais tarde, vieram a originar a publicação “Poemas do Cárcere”. Em suas poesias pode-se notar a integridade, força e esperança na revolução deste grande líder.

“Versos jamais me apaixonaram tanto.
Mas, sem nada a fazer, prisioneiro,
distraio os dias, que são longos, rimo
enquanto espero ver a liberdade.”

“Aqui teu corpo está preso na cela.
Teu espírito, não. Ele está livre.
Se queres continuar a tua missão,
deves manter elevado o teu moral.” [11]

 

Sabendo da notícia de que Tio Ho ainda estava vivo, seus companheiros organizaram uma campanha de libertação do militante antifascista. Em 1943 ele é libertado da prisão.

Em retorno ao Vietnã, a conjuntura interna e externa tinha aprofundado suas contradições. O exército alemão estava em profundo desgaste, o francês em ocupação no Vietnã, sofria os ataques do exército japonês, e este, por sua vez, acumulava derrotas em outras frentes de combate no exterior. Além disso, com a maior ligação da Frente Viet Minh aos anseios do povo, principalmente no norte do Vietnã, muitas sublevações vinham ocorrendo. Ho Chi Minh, analisando profundamente a situação, e fugindo dos apelos aventureiros da luta armada imediata, propôs a organização das “Brigadas de Propaganda Armada de Libertação do Vietnã”, cuja missão era mais política que militar, era acumular forças enquanto o inimigo se enfraquecia.

Aproveitando a conjuntura internacional de capitulação da Alemanha, vitória da União Soviética e enfraquecimento do Japão e através das Brigadas muito se avançou até o ponto do chamamento final, a palavra de ordem foi lançada: “Insurreição popular, marcha para o sul!”. E em 2 de setembro de 1945, foi proclamada a independência do Vietnã (clique aqui para ler a íntegra da declaração).

Como se pode observar pela Declaração da Independência, o processo, desde a formação das Brigadas até a libertação do país, foi repleto de idas e vindas, em um momento tendo como aliada a burguesia interna do "kuomitang do Vietnã", noutro tendo-a como inimiga; por vezes tendo os exércitos francês e americano como aliados na luta contra o imperialismo japonês, ora tendo que enfrentá-los no outro lado da trincheira. Neste aspecto os ensinamentos de Ho Chi Minh, temperado por anos de luta revolucionária e sua compreensão da teoria marxista-leninista, foram fundamentais para desenvolver a linha justa da revolução.

Mas com o fim da Segunda Guerra e o restabelecimento do bloco imperialista, constituído pela França, Inglaterra e EUA, as pressões sobre as conquistas do povo vietnamita não tardaram a ocorrer. E em apenas três semanas da proclamação da independência, no dia 23 de setembro de 1945, o Corpo Expedicionário francês, auxiliado e financiado pela Inglaterra, abre fogo contra Saigon. Além disso, a agressão não se limitou ao sul do país, no norte o Kuomitang Chinês, aproveitando os termos de um acordo firmado entre os Aliados para realizar o desarmamento japonês, invadiu o território vietnamita, e junto com a burguesia conservadora e grandes proprietários de terra, pilharam a população, submeteram o país ao sangue, incitaram a desordem. Mas após anos de resistência, a conquista da independência não seria entregue aos agressores estrangeiros facilmente. O povo vietnamita estava disposto a lutar e garantir a sua liberdade. Mas, analisando corretamente a correlação de forças e sabendo das implicações de uma guerra aberta, o governo da República Democrática do Vietnã tentou negociar. Contudo, mesmo após vários acordos, a pilhagem, a provocação, tortura e morte, exploração por parte do agressor estrangeiro continuavam, pois seu objetivo era restaurar o estado colonial.

Face às agressões do imperialismo francês, Ho Chi Mihn, expressando a disposição de luta do povo vietnamita, conclama:

 “O povo do Vietnã e seu governo estão decididos a lutar pela independência e a reunificação do país, mas também estão prontos para colaborar amigavelmente com o povo da França. Por isso assinamos a Convenção preliminar de 6 de março e o modus vivendi de 14 de setembro de 1946.

Mas a reação colonialista francesa, renegando sua palavra, considerou esses acordos como pedaços de papel.(...)

Mas não pararam por aí. Puseram em movimento suas forças armadas de terra, mar e ar, e nos enviaram um ultimato após o outro. Eles massacraram anciãos, mulheres e crianças até no coração de Hanói. (...)

Neste momento, a nação vietnamita se encontra diante destas alternativas: cruzar os braços e baixar a cabeça, para cair novamente na escravidão ou lutar até o fim para reconquistar sua liberdade e sua independência.

Não! A nação vietnamita não aceitará uma nova dominação!

Não! A nação vietnamita não aceitará jamais cair de novo na escravidão!

Antes morrer que perder a independência e a liberdade. (...)” [13]

 

Desta forma dá-se início à guerra de libertação nacional, guerra de guerrilha, guerra prolongada, guerra de todo povo, cujas características Vo Nguen Giap descreve:

“A guerra de libertação do povo vietnamita era uma guerra justa, visando reconquistar a independência e a unificação da Pátria, proporcionar e assegurar aos camponeses o direito à terra e defender as conquistas da Revolução de Agosto. Antes de tudo ela foi também uma guerra do povo. Educar, mobilizar e armar todo o povo, a fim de que ele participasse da resistência, foi uma questão decisiva.” [14]

Durante sua ofensiva os franceses contaram com grande ajuda dos EUA. Em 1950 a ajuda americana totalizava 15% das despesas da guerra, já em 1954 este montante chegava a 80% [15] .

Um fato decisivo na vitória do povo vietnamita na Guerra de Libertação Nacional foi a vitória da Revolução Chinesa em 1949. O povo chinês liderado por Mao Tse-Tung conquistou o poder de Estado e começava a construção do socialismo. A República Popular da China reconheceu a República Democrática do Vietnã e apoiou seu processo de libertação. Após o reconhecimento do Vietnã pela China, a União Soviética também manifesta o seu apoio, e assim as ações de libertação ganharam mais força.

Em 1954 o povo vietnamita e seu exército popular dão um exemplo de sua força e determinação ao impor uma derrota definitiva ao exército francês na histórica batalha de Dien Bien Phu, reduto onde se concentrava o Corpo Expedicionário francês, de onde os imperialistas esperavam construir a contra- ofensiva pela colonização.

A Guerra de Libertação durou nove anos nos quais a força do povo vietnamita, sua heróica resistência, derrotou o imperialismo franco-americano. Em julho de 1954 a conclusão dos Acordos de Genebra restabeleceu a paz na Indochina. As decisões principais foram: dividir o Vietnã em dois Estados independentes, Vietnã do Norte (com Ho Chi Minh como presidente) e Vietnã do Sul (com o imperador Bao Dai no poder); eleições livres para reunificação do país em dois anos; retirada das tropas do Viet Minh do Laos e Camboja onde haviam penetrado em sua ofensiva; supervisão internacional do cessar-fogo.

Em função das inúmeras vitórias obtidas pelos vietnamitas e da nova correlação de forças interna (a Viet Minh comandava 2/3 do território vietnamita), os acordos de Genebra poderiam ser tidos como desvantajosos nesta conjuntura, principalmente pela divisão do país, mas a interpretação era outra:

“(...) Delimitar as zonas de reagrupamento não significa dividir o país; é uma medida provisória na luta pela reunificação da pátria. Quando se proceder à delimitação e a troca das zonas de reagrupamento, os nossos compatriotas que habitam em regiões livres e que passam a ser ocupadas provisoriamente pelo inimigo terão manifestações de descontentamento e de desilusão, e poderão deixar-se explorar pelos nossos adversários. Devemos fazê-los compreender que, no interesse de todo país, na perspectiva da sua transformação, é fundamental saber consolidar as conquistas do momento presente.(...) Conquistar a paz não é uma tarefa fácil. É uma luta dura, longa e complexa, que tem as suas dificuldades e as suas facetas favoráveis.(...)” [16]

Tio Ho estava certo, a conquista da paz não seria fácil, principalmente pelas ações do imperialismo estadunidense, que substitui Bao Dai pelo seu assecla Ngo Din Diem, que proclama a República do Vietnã do Sul, e nega-se a participar das negociações em torno das eleições para unificação de 1956.

Desta forma, enquanto no sul se dá a ofensiva imperialista norte-americana que insistia em manter um governo fantoche para garantir o seu comando, ao norte, o povo vietnamita dedica-se à construção do socialismo, ao apoio e luta pela libertação da metade sul e reunificação do país.

No Vietnã do Norte, de 1954 a 1964, os avanços na reconstrução do país e no processo de construção do socialismo foram inúmeros: restauração de quase todas as bases agrícolas e industriais (em 3 anos a produção agrícola era maior que antes da guerra, a produção industrial superava as do tempo colonial), fez-se a reforma agrária e em 3 anos 11 milhões de camponeses foram integrados ao sistema de coletivização. Em 1964 a produção alimentícia era o dobro da produção de 1939, 95% da população estava alfabetizada (durante a dominação francesa havia 95% de analfabetos), eliminou-se as epidemias e iniciou-se a construção das bases para a indústria pesada (mecânica, elétrica, metalurgia e química) [17].

Enquanto isso, no Vietnã do Sul, os agressores imperialistas travestidos na pele de Ngo Din Diem, aumentavam a repressão ao povo, mais e mais soldados americanos desembarcavam todo dia em solo vietnamita. Sabotagem, provocações, incitação da divisão e luta entre vietnamitas. Mas a história de luta e os ventos que vinham do norte repercutiam. Em setembro de 1960, funda-se a Frente Nacional de Libertação (FNL) que conta com a participação de nacionalistas do sul e comunistas organizados à distância por Ho Chi Minh. Enquanto as prisões vão sendo lotadas pelas ações de Diem, a FNL vai ganhando terreno na luta pela libertação.

Ao avaliar que Diem, com suas ações, não estava conseguindo impedir o avanço da FNL, o imperialismo norte-americano dá fim ao seu representante: Diem é morto em 1963.

Com os avanços e vitórias da FNL a resposta do imperialismo foi o envio de mais soldados em uma ofensiva ainda mais violenta. São inúmeros os dados, relatos e fontes da brutalidade, dos crimes de guerra cometidos pelo exército norte-americano em solo vietnamita. Para responder à criatividade do povo vietnamita em batalha por sua liberdade (veja quadro), o imperialismo desenvolveu e utilizou armas e métodos de guerra de uma selvageria inédita: agentes desfolhantes (como o agente laranja) foram pulverizados a esmo por aviões e helicópteros com o falso objetivo de abrir a mata e “encontrar o inimigo” – o agente laranja é uma substância extremamente tóxica que acabou envenenando milhares de pessoas no Vietnã [18] ; Napalm (nome dado à substância palmitato de sódio, uma espécie de gasolina gelatinosa) foi utilizado tanto em lança-chamas como em bombas – o Napalm ao entrar em contato com o corpo gruda, não pára de queimar, sendo as queimaduras extremamente graves, geralmente, se o atingido não se desfizer das roupas, chegando aos ossos e causando a morte.

Criatividade do povo vietnamita em batalha por sua libertação

“Chamamos-lhe ‘Mãe Carabina’ – disse o chefe dos guerrilheiros com um sorriso de orelha a orelha, mostrando-me uma carabina americana toda cheia de marcas. – Foi a nossa primeira arma, mas, em quatro anos, sua descendência não parou de crescer... Um certo número dos nossos, reuniram-se e confeccionamos uma série de cópias de madeira da ‘Mãe’. Uma noite, aproveitando o fato de não haver lua, fomos até o posto. Aí disparamos uns tiros e, por meio de megafones, avisamos a guarnição de que se continuasse espalhando terror, teriam que ajustar contas com o ‘exército do povo’...
...No dia seguinte, de manhã, o chefe do posto acompanhando de alguns homens, dirigiu-se ao mercado e começou a fazer perguntas. Daí resultava qualquer coisa deste gênero: ‘Quem eram aqueles homens armados que apareceram esta noite?’ – ‘Não sei – respondia uma velha. – Mais era uma fileira!’ ... Foi preciso quase uma hora para que atravessassem a aldeia! ... ‘Tinham muitas armas, sobretudo espingardas, mas também uns canos que levavam aos dois... e outros também com tripeças...’ – respondia outra. Ouvindo isso o chefe tremia como vara verde. Imaginando bazucas e metralhadoras pesadas. Dois dias depois passamos ao ataque... Tínhamos comprado carbureto para faróis de bicicleta que introduzimos com água em bambus grossos – havia-os às dezenas. Por volta da meia noite, cercamos o posto e fizemos explodir nossos petardos de carbureto. O ruído era tremendo e entre as detonações, a ‘Mãe’ disparava secamente. Dirigimos um ultimato a guarnição ameaçando ‘exterminar até o último homem’ se ela não se rendesse. Aterrorizados pelas detonações, os defensores saíram docilmente e depuseram as armas. Ameaçávamos com as espingardas de madeira e um de nós com a carabina autêntica revistava o soldado. Quando os últimos passaram a porta estávamos realmente armados – graças ao material
deles.” (Depoimento inicial de um combatente da guerra popular, extraído do livro "Vietnã - A guerrilha vista por dentro" do jornalista Wilfred G. Burchett - Record Editora)

Mas, segundo as palavras de Ho Chi Minh:

“Quanto mais agressivos se mostrarem, mais agravarão o seu crime. A guerra poderá prolongar-se ainda por cinco, dez, vinte anos ou mais; Hanói e Haiphong e outras cidades e empresas podem ser destruídas, mas o povo vietnamita não se deixará intimidar. Nada há de mais importante que a independência e a liberdade. Após a vitória, o nosso povo retomará nas suas mãos a reconstrução do país e torna-lo-á maior e mais belo.” [19].

Mesmo com grandes perdas e reveses (pois para cada americano morto, 10 vietnamitas caíam em batalha), em 1968 a resistência vietnamita no sul decide partir para uma grande ofensiva e, pegando o exército imperialista de surpresa, toma Saigon durante as comemorações do Tet (ano novo lunar – comemoração importante no Vietnã). A resistência entra inclusive na embaixada norte-americana.

O exército norte-americano e os soldados do governo do sul fantoche dos EUA se reorganizam e contra-atacam com extrema violência, recuperando a cidade. Mas o objetivo da resistência foi alcançado: provocar uma derrota psicológica ao inimigo, envolvê-lo de medo e comprovar a força, abnegação e heroísmo do povo vietnamita que, em sete anos, conseguiria a vitória final, expulsando o agressor e conquistando sua liberdade e a reunificação do país.


Ação do Chefe da Polícia Nacional
(Nguyen Ngoc Lac) em Saigon durante o Tet

Em 1969, aos 79 anos, Ho Chi Minh com a saúde muito debilitada, mas ainda lúcido prepara sua morte e em seu testamento escreve:

“A luta do nosso povo contra a agressão norte-americana, pela salvação nacional, ainda que tenha de atravessar mais períodos críticos e difíceis, culminará seguramente com a vitória total. Isto é um dado. (...)

A resistência à agressão norte-americana pode prolongar-se ainda durante mais tempo. Os nossos compatriotas quiçá têm de fazer mais sacrifícios em homens e bens. Temos, de qualquer modo, que prosseguir firmemente a luta contra os agressores ianques, até alcançarmos a vitória final.

Desde que existam rios e montanhas, desde que restem homens
Vencido o ianque agressor, construiremos um país dez vezes mais belo.(...) [20] ”

Tio Ho estava certo, a guerra de agressão ainda ia durar alguns anos. O exército imperialista continuou promovendo a selvageria até 1975 quando, em 30 de abril, Saigon é recuperada pelo povo vietnamita. No dia 1º de maio, Dia Internacional do Trabalhador, a população de todo país sai às ruas para comemorar a vitória, a reunificação do país!

Em aproximadamente cem anos de ocupação, inicialmente pelos franceses, depois japoneses, novamente os franceses e por último os norte-americanos, o povo vietnamita deu grande exemplo de luta contra o colonialismo, a agressão imperialista, contra a exploração e selvageria, deu exemplo de espírito patriótico, de luta pela libertação de seu país. Nesses anos, uma população famélica, doente e extremamente violentada pelas ocupações, derrotou os maiores exércitos do mundo.

Nesta luta a presença e liderança de Ho Chi Minh foram fundamentais. O papel de Ho Chi Minh na fundação do Partido Comunista, na direção deste partido combatendo os aventureiros de esquerda e os chouvinistas; na difusão da teoria marxista e no seu desenvolvimento para a situação concreta da luta no Vietnã; seu trabalho simples, persistente, heróico, sensível ao nível de consciência e aos problemas do povo foram as marcas deste grande revolucionário do povo vietnamita e dos povos do mundo.

Celebrar e resgatar estes exemplos é muito importante nesta conjuntura de ofensiva do imperialismo - que tenta apagar, denegrir, modificar esta história - e de defensiva do movimento revolucionário atacado por dentro pelo revisionismo e reformismo. Relembrando, trazendo à tona toda a trajetória de luta dos povos e dos seus líderes, como o vietnamita e Ho Chi Minh, constata-se que a resistência é possível, motivando os povos a continuar na luta e os revolucionários a retomar o marxismo-leninismo, reconstruir e fortalecer os partidos revolucionários, comunistas, e assim criar as condições para vitória contra o imperialismo, contra exploração e a opressão, pelo socialismo rumo a sociedade sem classes, o comunismo.

Viva o heróico povo do Vietnã!!

Viva seu grande líder revolucionário!!

Viva Ho Chi Minh!!

Notas

[1] “Sua irmã mais velha, Thanh, passou vários anos na prisão por que, ‘trabalhando na cozinha de um regimento, escondia armas para entregá-las aos guerrilheiros’, merecendo a indignada observação do mandarim provincial de que, ‘enquanto as outras mulheres parem crianças, você pari fuzis’”. - Alvarez, M. E. Ho Chi Minh: política. Série Grandes Cientistas Sociais, 1984.

[2] Ho Chi Minh. Discurso no Congresso de Tours (1920). Alvarez, M. E. Ho Chi Minh: política. Série Grandes Cientistas Sociais, 1984.

[3] Transcrição latinizada do vietnamês.

[4] Fato que comentou em 1924, em Moscou, aos dirigentes comunistas Astrogildo Pereira e Rodolfo Coutinho que lá se encontravam para buscar o reconhecimento do PCB junto à Terceira Internacional Comunista. Nesta época, o convívio com Rodolfo Coutinho, com o qual partilhava o quarto, fez-lhe aprender o português. Ho Chi Minh – Poemas do Cárcere; Introdução de Moniz Bandeira. Gráfica e Editora Laemmert S.A. Rio de Janeiro, 1968.

[5] Ho Chi Minh escreveu em 1924 alguns textos sobre a Ku Klux Kan nos EUA.

[6] Lacouture, J. Ho Chi Minh: Sua Vida, Sua Revolução. Coleção Vidas Extraordinárias. Editora Nova Fronteira, 1979.

[7] Ho Chi Minh. Como Escolhi o Leninismo - 1960. Alvarez, M. E. Ho Chi Minh: política. Série Grandes Cientistas Sociais, 1984.

[8] Ho Chi Minh. Intervenção sobre a questão nacional e colonial no V Congresso mundial da Internacional Comunista - 1924. Alvarez, M. E. Ho Chi Minh: política. Série Grandes Cientistas Sociais, 1984.

[9] Ho Chi Minh. Apelo por motivo da fundação do Partido comunista da Indochina. Ho Chi Minh: Escritos Políticos. Iniciativas Editoriais – Lisboa, 1975.

[10] Vo Nguyen Giap, Nascimento de um Exército.

[11] Ho Chi Minh – Poemas do Cárcere. Gráfica e Editora Laemmert S.A. Rio de Janeiro, 1968.

[12] Ho Chi Minh – Declaração de Independência do Vietnã.

[13] Ho Chi Minh. Ao povo vietnamita, ao povo francês, aos povos dos países aliados - 1946. Alvarez, M. E. Ho Chi Minh: política. Série Grandes Cientistas Sociais, 1984.

[14] Vo Nguyen Giap. O Vietnam segundo Giap. Editora Saga, Rio de Janeiro, 1968.

[15] Idem

[16] Ho Chi Minh – Informe à VI Conferência do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores do Vietnã (15 de julho de 1954). Ho Chi Minh: Escritos Políticos. Iniciativas Editoriais – Lisboa, 1975.

[17] Dados extraídos do “Informe à Conferência Política Especial” (27 de março de 1964) – Ho Chi Minh: Escritos Políticos. Iniciativas Editoriais – Lisboa, 1975.

[18] 32 mil soldados americanos acionaram na justiça o Estado americano, pois ao serem enviados à procura de vietnamitas acabaram também se envenenando com o agente laranja. Fonte: Documentário Imagens Secretas da Guerra do Vietnã.

[19] Ho Chi Minh – Apelo à Nação (1 de julho de 1966). Ho Chi Minh: Escritos Políticos. Iniciativas Editoriais – Lisboa, 1975.

[20] Ho Chi Minh – Testamento (10 de maio de 1969). Ho Chi Minh: Escritos Políticos. Iniciativas Editoriais – Lisboa, 1975.

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