A baderna que é o mercado de combustíveis no Brasil

O déficit da conta petróleo saltou para 20,277 bilhões de dólares em 2013, ante déficit de 5,379 bilhões de dólares em 2012, mostraram dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Fazenda.
Nos últimos anos, o Brasil passou de exportador a importador de gasolina para dar conta do aumento da frota de veículos, que cresceu expressivamente. O país também é deficitário em óleo diesel, derivado que responde por boa parte das compras externas da Petrobras.
A atividade da Petrobras teve um impacto desastroso na balança comercial do país, visto que ela foi responsável por expressiva parcela dos gastos com importações do país.
Num país que já tem cidades e metrópoles congestionadas pelo excesso de veículos e falta de espaço, é uma iniciativa idiota (para dizer o mínimo) incentivar, via redução de impostos, a compra e venda de automóveis e veículos de carga.
Para agravar a problema, a Petrobras teve que aumentar a importação de gasolina e óleo diesel para atender, além da demanda normal, o acréscimo da mesma, fruto da nociva intervenção governamental no mercado.
A inutilidade desses acréscimos pode ser vista nas cidades congestionadas por automóveis transportando, em geral, apenas o motorista.
Some-se a isto o transporte de mercadorias, especialmente nas épocas de safras, por longas distâncias utilizando o modal menos eficiente que se conhece, o rodoviário. Em todos os países sérios e de grandes dimensões do mundo o transporte de mercadorias não é feito por via rodoviária.
Em meio a este festival de desperdício e inutilidade está Petrobras. Não se pode considerar uma empresa eficiente se seus produtos vão ser empregados numa baderna como o mercado interno de combustíveis no Brasil.