BP está na Bacia de Campos – todo cuidado é pouco

Em uma nota em sua página na Internet, datada de 11 de março deste ano, a BP (British Petroleum) informa que “através de um amplo acordo, a BP pagará à Devon Energy, em dinheiro, 7 bilhões de dólares americanos por seus ativos no Brasil, Azerbaijão e em águas profundas do Golfo do México nos Estados Unidos. Esses ativos incluem: participações em dez blocos exploratórios no Brasil, incluindo sete blocos na prolífica Bacia de Campos; além de um importante conjunto de áreas exploratórias e prospectos no Golfo do México nos Estados Unidos; e de uma participação adicional no desenvolvimento do complexo Azeri-Chirag-Gunashli (ACG) operado pela BP no mar Cáspio, no Azerbaijão”.

Não resta a menor dúvida que esta informação deve nos deixar preocupados. Em primeiro lugar, pela histórica incapacidade de nossas autoridades exerceram suas funções regulatórias. Neste caso a referência é à ANP – Agência Nacional de Petróleo - agência federal cuja função é regulamentar e fiscalizar as atividades de exploração, produção, refino e distribuição de petróleo e seus derivados e gás natural em nosso país.

E qual a causa de preocupação em relação à ANP? Muito simples: toda a cúpula da ANP tem seus cargos preenchidos por critérios políticos, por gente que não tem a menor noção do que seja a atividade que lhes compete fiscalizar. Um pequeno exemplo do caráter político do preenchimento de cargos na direção da ANP é que seu atual diretor-geral, apesar de nominalmente filiado a um partido “comunista” e até há pouco tempo ferrenho adversário da privatização de nosso petróleo é hoje encarregado de realizar os famosos leilões de áreas ou blocos para exploração para quem der mais.

Há, por outro lado, a presença da BP em nossas águas. No episódio da Deepwater Horizon, no Golfo do México, que continua a provocar danos ao meio ambiente no sul dos EUA, além de já ter causado a morte de 11 pessoas, esta empresa vai requerer gente qualificada para analisar tecnicamente seus projetos de exploração para o litoral brasileiro. Dados até aqui disponíveis apontam como causa do desastre nos Golfo do México o descaso da BP em atender as mais simples recomendações de seus técnicos e de técnicos de empresas por ela subcontratadas. Houve gritantes falhas na operação de perfuração do poço motivadas pela prioridade conferida pela BP à questão financeira para preservar seus lucros.

Ainda no caso do Brasil, a ANP permitiu a participação de empresas sem a menor experiência no negócio, como a OGX, do mega-especulador Eike Batista, e da Vale, especialista em mineração, porém completamente cega em matéria de petróleo, especialmente no mar.

Como se pode perceber, estão postas as condições de alto risco para as atividades exploratórias e de perfuração na Bacia de Campos.
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