OS NOSSOS ÁRBITROS – O NOSSO FUTEBOL

Se alguém perguntar a um torcedor que cite três nomes de juízes de futebol nos dias atuais, só vai encontrar se for um fanático por juízes de futebol. E além deles só cronistas esportivos e por dever de ofício.

Temos o mais baixo nível de arbitragem em todos os tempos em nosso futebol.  Conseqüência do mais baixo nível dos que dirigem o futebol brasileiro. Imaginar que a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) seja presidida por José Maria Marin é o pior dos pesadelos, pior que Ricardo Teixeira.

Essa constatação não significa que os juízes sejam desonestos. Não é bem assim. Recebem o treinamento adequado, as instruções da FIFA (a que determina a expulsão de jogador que dê carrinho por trás, ou que bandeirinha em dúvida sobre se na mesma linha ou impedido por milímetro não seja considerado impedimento e outras), mas tudo fica num escaninho de segurar resultados para não complicar esquemas de poder.

Quem pode mais garante melhores resultados.

No campeonato brasileiro deste ano, que em si já é uma aberração (um campeonato jogado aos sábados, domingos, quartas e quintas e ao lado de outros torneios, como se os jogadores fossem super homens), se tem acusado juízes de sistematicamente beneficiarem determinado clube, no caso o líder, o Fluminense.

É, opinião unânime dos comentaristas, o melhor plantel dentre as equipes que disputam o chamado “brasileirão”.

Para segurar um jogo de futebol, tentar evitar resultados que desagradem ao poder, não há necessidade do juiz inventar pênaltis, ignorar impedimentos, nada disso. Basta marcar melhor que qualquer defesa os ataques dos clubes em campo. Faltas tolas, simples e pronto. Seguram um contra ataque, Ignorar faltas duvidosas nas proximidades do gol adversário, isso no geral.

Num determinado momento, quando a classificação fica mais ou menos definida, é só uma questão de controlar para evitar qualquer surpresa e aí entram os dirigentes. Começam a berrar contra juízes.

Qualquer jogador de qualquer clube sabe que uma entrada dura num primeiro momento do jogo não leva a cartão. Mas a conversa de juiz. É preciso ser muito dura para que o árbitro da contenda puxe o tal cartão, amarelo ou vermelho.

E há os que, atrapalhados com as “recomendações” dos donos do futebol, se deixam levar por jogadores inteligentes, capazes de apitar em conjunto e até de inverter marcações. César Sampaio era perfeito nessa “arte”.

O futebol brasileiro necessita, como o País, de uma profunda mudança estrutural antes que se transforme em mais um futebol no mundo do futebol e não naquele lugar onde se pratica o melhor futebol do mundo.

Terra de Leônidas, Pelé, Garrincha, Didi, Gérson, Dino Sani, Zito, Newton Santos, uma infinidade de extraordinários jogadores ao longo de nossa história.

Os dirigentes do futebol brasileiro são o reflexo de um País manco em suas instituições e que pouco a pouco vai sendo dissolvido como leite em pó de segunda categoria.

As rivalidades regionais/estaduais costumam influir em nossos juízes por conta dos nossos dirigentes, até do próprio juiz. O juiz caseiro apita sempre contra o time de fora. Foi o caso do jogo Atlético e Fluminense no domingo próximo passado. Vitória justa do clube mineiro, mas nem uma falta das muitas sofridas pelo atacante Fred foi marcada nas proximidades da área por um motivo simples. Bolas paradas são um dos fortes do Fluminense e o juiz, óbvio, recebeu instruções de não correr riscos, ou resolveu isso por conta própria, até porque um juiz pequeno demais para um jogo de tal envergadura.

No jogo anterior o técnico Vanderlei Luxemburgo, da beira do gramado, pediu ao juiz uma única falta no seu principal atacante e o juiz marcou. Resultou no segundo gol da equipe gaúcha contra o mesmo Fluminense. E marcou incontinenti, sem pestanejar. E tem fama de ser um dos melhores. Não existem melhores no atual quadro de árbitros da CBF.

Nem menos piores. Existem juízes que trabalham segundo a vontade dos dirigentes da CBF, dos interesses políticos desses dirigentes e o máximo que conseguem é impor um estilo pessoal, muitas vezes espetaculoso, algo assim como parte do circo.

O final do campeonato brasileiro vai ser de arrepiar como costumam dizer.

Há anos atrás, quando jogos de suma importância, decisivos iam acontecer, era costume importar juízes. Foi o caso do francês Maurice Guigue. Apitou a final da copa de 1958 e veio aqui apitar uma decisão.

Hoje isso não resolve. Nossos dirigentes iriam à loucura com juízes de fora que cismassem de apitar conforme as regras e dentro das instruções da FIFA.

E olha que vamos sediar uma copa do mundo dentro de dois anos. E uma copa das Confederações no próximo ano.

E há gastos fabulosos nessas competições. Juízes passam por aí, são instrumentos desses donos do “negócio”. Dentre eles a GLOBO que marca e desmarca horários dos jogos.

O Brasil do futebol corre o risco de cair para a segunda divisão, ainda mais com Mano Menezes.

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