OMISSÃO OU COVARDIA?

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Se nós fazemos uso da escrita,
Para externar o nosso sentimento,
Sejamos probos, sérios, realistas,
E externemos nosso sofrimento.

Não é possível nesta vida – Ingrata?
Fazer de conta que estamos bem,
Ou comportar-se como aristocrata.
Mas, sim, lutar contra esse mal que vem.

O crime impera e o governo ajuda.
Bandidos livres. Nós estamos presos.
Justiça pobre e permanece muda.
Não deveremos reagir coesos?

Se nossa arma é a palavra escrita,
Ser patriota a nossa munição,
Vamos à guerra! Nosso povo grita!
Sejamos bravos, nada de omissão!

Deixo palavras, todas elas cheias,
Não são apenas tinta no papel,
Mas este sangue que me enche as veias,
O mais precioso da balança: o fiel.

Sei que no afável peito do escritor,
Só as verdades fazem moradia,
O espaço é pouco para tanto amor,
Não há lugar à mera covardia.

Convicção me lota o coração
E dá certeza do final da história,
Governo, crime e a tal corrupção,
Sucumbirão à força da memória,
Dos escritores, donos da Vitória.