O FUNERAL

Imprimir

     Assistimos, hoje, 12 de setembro de 2007, à demolição das torres gêmeas do Planalto e o funeral da vilipendiada democracia brasileira. E onde estava o nosso Presidente? Outra vez fugindo da responsabilidade, não é?
     O senado, de portas fechadas, abrigava em seu interior 81 "seres humanos" que deveriam, imaginávamos imbuídos de responsabilidades, desempenhar suas obrigações morais e cívicas. Mas, o que vimos? Aliás, nem vimos. Fomos nós, cidadãos, os últimos a tomar conhecimento dessa vergonha secreta. Manobra sórdida e nojenta, realizada por elementos de alta periculosidade para o Brasil e que nós julgávamos, lá estarem para defender aos interesses maiores de nossa moral e de respeito ao País.
     Em minha contagem, quarenta canalhas juntaram-se aos quarenta ladrões do “mensalão”; seis sequer tiveram a hombridade de se expressarem e, trinta e cinco, demonstraram respeito a nós eleitores e as suas convicções como homens de fato.
     Assim que tomarmos conhecimento nominal desses répteis acéfalos, imorais, inescrupulosos e avessos ao Brasil e a Deus, nós, poetas e escritores, deveremos soltar nosso verbo e soterrá-los em suas próprias vergonhas e imoralidades.
     A esses coveiros que deitaram à sepultura, a democracia do nosso País, enterro-os, vivos, no meu esquecimento, com o mesmo sentimento que enterro a merda dos meus cachorros.
     Para finalizar, quero pedir minhas desculpas aos meus cachorros pelo exemplo citado porque as suas merdas adubam a terra, enquanto os restos desses coveiros da democracia de nada servirão.
                   Sou apenas um homem, cidadão e brasileiro.