O SEQUESTRO

Precisava lhes contar minha experiência no mínimo interessante de uma tentativa de golpe do seqüestro por telefone, que tentaram contra mim. Um fato que me fez repensar diversos valores, principalmente fez-me reconsiderar o que pensava a respeito do assunto.
Ouvi muitos relatos de casos semelhantes, de amigos próximos ou de parentes, assisti diversas vezes à mídia esclarecer e alertar a população sobre como agir em casos assim, ouvi horrorizada a notícia de que pessoas morriam do coração ao receber tais ligações, enfim, em meu cérebro estavam armazenadas e assimiladas todas estas informações, de modo ordenado e coerente, haja visto que por diversas vezes cheguei a troçar dos que caiam no golpe. Pois bem, para pagar pela minha ironia, tive que experimentar do fel para dizer que é realmente amargo. Não que as informações que meu cérebro colecionou não tenham me valido, valeram claro, porque não cai no golpe, mas acreditem isso demorou uma fração de 30 a 40 segundos até minha mente perceber o que estava acontecendo, é sobre isto que vou deixar minhas impressões.
Os bandidos são bons no que fazem, tem uma estratégia bem montada, usam o único trunfo que derruba a mais inteligente mente feminina, usam nossos filhos, não os filhos propriamente ditos é claro, mas usam o nosso sentido mais aguçado, a favor deles, fazem com que acreditemos que os seqüestraram, sim porque acredito que se dissessem que seqüestraram nossos maridos, não teriam lá grande sucesso.
 E o que nos acontece naqueles momentos de terror até compreendermos que aquilo é um golpe, é uma grande loucura, simplesmente cristalizamos, nosso coração dispara, as pernas perdem a serventia e um golpe dolorido atinge o nosso estômago, é simplesmente o pânico que se instala e você acredita realmente que a voz daquele bandido te chamando de mãe aos prantos é mesmo a voz de um filho, mesmo sabendo que você esta viajando, que não esta em sua casa e que ninguém tem aquele numero de telefone da residência que você se encontra. Isto tudo acontece em segundos, e mesmo sabendo do que se trata, você vai enrolar o cidadão até pegar o celular e falar com aquele filho para ter certeza de que ele esta bem, só então desliga o telefone, e deixa que o bandido volte a ligar e deixar mensagens de tortura e coisas assim.
Bem, aconteceu comigo, nesta segunda feira, e foi uma experiência bastante desagradável, mais tarde depois de me acalmar do ódio que senti naquele momento por estes marginais, até dei risadas, porque então voltei a ouvir a mensagem que deixaram gravada no telefone, na intenção de passar dados mais precisos para a polícia, sim, porque liguei para a polícia para fazer parte da estatística.
Lembrei-me de uma ocasião que minha mãe falou-me sobre sentimentos violentos, uma doutora, inteligente e esclarecida, defendeu tese acerca deste assunto, “MATAR OU MORRER” e tinha a convicção de que o as pessoas não eram violentas, mas agiam assim por uma defesa ou por pura sobrevivência, defendia que tínhamos que analisar o que os levava a cometer atos violentos, que o problema era social, e não podíamos ter a mesma atitude deles, pois estaríamos aderindo ao desequilíbrio dos menos favorecidas, que acabavam se marginalizando para sobreviver, mas acreditem, ela já mudou seu discurso depois de ter tido algumas experiências com estas “pessoas” infelizes e carentes socialmente que eu tão carinhosamente chamo de BANDIDOS, pois é, vou ser sincera, se eu tivesse algum poder, naquele dia, teria jogado uma bomba em cima dos presídios do Rio de Janeiro, que foi de onde me ligaram, para acabar com essa raça de gente ruim que vive para espalhar o pânico e o terror nos lares deste povo Brasileiro, que sofre pelo descaso das autoridades acerca da violência urbana. Acorda Brasil, porque todo o poder de mudar este quadro, esta em nossas mãos.
Cristiane Campos  07/08/2007 

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