A CULTURA DA MORTE

O ataque à base naval norte-americana mais antiga do país não é um fato isolado nos Estados Unidos, pelo contrário, onde a violência é regra e onde predomina a cultura da morte a partir do próprio governo.

O que é chamado ATO PATRIÓTICO editado por George Bush? Um instrumento que permite prisões indiscriminadas, tortura e assassinatos seletivos em qualquer do mundo, em nome dos interesses norte-americanos?

Fala-se muito no campo de concentração de Guantánamo e pouco nas prisões espalhadas em países da Europa, inclusive a Europa Oriental, como a Rumênia, por exemplo. Ou os navios prisões que navegam águas plácidas e que vão enchendo de sangue e barbárie.

Eric Hobsbawn dizia que os EUA vão ser destruídos “por dentro”. Hoje existem mais de 40 milhões de cidadãos sem emprego, com fome, sem casa, sem assistência médica, sem educação, mas o gerente de plantão Barack Obama quer aplicar um “castigo à  Síria pelo suposto uso de armas químicas, que ele mesmos, norte-americanos, usaram no Vietnã e cederam ao Iraque para que fossem usadas na guerra contra o Irã. Não foram milhares de mortos, foram milhões.

A população carcerária nos EUA é a mais alta em todos os tempos e o número de negros presos supera os temos do racismo explícito.

Bush privatizou boa parte das forças armadas. Os serviços de inteligência, de recrutamento e treinamento estão entregues a empresas e Obama confessou que só conseguiu reverter cerca de 7% do desvario do ex-presidente.

A guerra virou sem disfarces um grande negócio.

Querem o gasoduto da Síria, querem estar próximos do ataque ao Irã, querem transformar o Oriente Médio numa grande colônia, saqueando como piratas riquezas dentre elas a maior de todas o petróleo.

Aaron Alexis, 34 anos, não foge a regra do americano comum. Prestou seu serviço militar, esteve na Tailândia, frequentava um templo budista, era reservado e segundo a imprensa deve ter mais dois cúmplices no ataque à base. Foi sumariamente eliminado pela Polícia.

Condecorado, tido como militar exemplar, era apenas o lixo daqueles que lutam as guerras insanas dos governos insanos dos EUA, deixado à deriva a reserva, como a maioria dos chamados “veteranos”.

São objetos que o “patriotismo” usa para garantir a “democracia” e os “direitos humanos”.

A presunção da superioridade racial não é privilégio de Hitler e outros menos votados. Churchill defendeu o uso de gás contra os “povos” não civilizados, em discursos públicos lembrados por Eduardo Galeano.

O primeiro deles em 1919 quando declarou que “não consigo entender tanto melindres sobre o uso de gás contra tribos incivilizadas. Estou muito a favor do uso de gás contra essas tribos que deixaria um efeito de moral e um terror perdurável”.

O segundo , em 1937, quando disse que “eu não admito que se tenha feito mal aos peles vermelhas norte-americanos e aos negros da Austrália, quando uma raça mais forte, uma raça de qualidade chegou e ocupou o seu lugar”.

É a realidade nos EUA de hoje. Latinos e negros são seduzidos elas empresas recrutadoras de voluntários para as guerras e depois jogados num canto qualquer, à própria sorte, mas chamados de “patriotas” por pulhas padrão Bush, padrão Obama.

Aaron Alexis é um deles. Em seu jeito silencioso de ser, declaram testemunhas do templo que frequentava, trazia consigo o que é vendido nos mercados norte-americanos.

A cultura da morte.

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