SEGURANÇA OU VIOLÊNCIA

Um delegado de polícia do estado do Rio de Janeiro, em Juiz de Fora, Minas Gerais, disparou dois tiros para o chão num bairro populoso (maior que muitas cidades de Minas), para intimidar um flanelinha que lhe pediu para cuidar do seu carro.

O flanelinha, segundo comerciantes e moradores da região, trabalha ali há anos, nunca deu problemas para ninguém, há até comerciantes que lhe fornecem lanche. As mesmas testemunhas afirmam que o delegado já desceu do carro ameaçando o flanelinha, sacou do seu revólver e disparou para o chão.

Um facão, como que por milagre, apareceu na mochila do flanelinha. Foram todos levados para o Distrito Policial.

Houve indignação dos moradores e comerciantes com a atitude da Polícia Militar de Minas que, por um dos seus integrantes, disse que o delegado, mesmo sendo do Rio, é um policial e tem o direito de atirar. Já o flanelinha disse que fez o que sempre faz, pediu para to omar conta do carro da “autoridades H2O”.

O jornal FOLHA DE SÃO PAULO, edição de 15 de outubro, no pé da primeira página, lado esquerdo, noticia que boa parte da Polícia Militar do estado oferecia proteção ao tráfico e uma foto divulgada nas redes sociais mostra o governador Geraldo Alckmin abraçado a um dos líderes do PCC.

No Norte, Nordeste e Centro Oeste, além do Rio Grande do Sul, noutro extremo e Triângulo Mineiro, a Polícia Militar é força paralela do latifúndio, O número de trabalhadores rurais mortos por policiais nas chamadas “horas de folga”, ou nos conflitos forjados, é assustador.

As manifestações de professores, bancários e trabalhadores de um modo geral, no Rio, em São Paulo, em Minas e no Ceará, foram tratadas com uma brutalidade animalesca dos policiais militares e as evidências mostram que os conflitos começam a partir da infiltração de agentes da inteligência das PMs.

O jornal O GLOBO, na desfaçatez de sempre, trouxe numa manchete que “manifestantes queimaram 300 carros em Paris” e noutra que “vândalos queimaram um ônibus no Rio de Janeiro.

O corpo do pedreiro Amarildo, assassinado por policiais militares numa Unidade de Polícia PACIFICAORA não foi encontrado até hoje, mas 10 policiais,  inclusive um major, foram indiciados pelo crime. No dia 14 de outubro o filho de Amarildo foi agredido por outro policial,

Polícia é uma instituição civil e como tal deve ser estruturada em qualquer país democrático e ao que parece o Brasil é um deles. Polícia com a estrtura de uma força armada, como o são as PMs são anormalidades democráticas e devem ser objeto de discussão e extinção.

Gozam de privilégios inaceitáveis, para determinadas situações têm uma justiça própria e têm se comportado como instrumentos da repressão contra trabalhadores, fato visível nas manifestações de professores no Rio de Janeiro principalmente.

Ao contrário, a Policia Civil tem sido esvaziada, sucateada.

O nível do pessoal nem sempre é dos melhores, caso do delegado que atirou para o chão em Juiz de Fora.

Repetem, na medida de suas forças, o mesmo comportamento do período da ditadura militar. As fotos divulgadas pelos jornais independentes e redes sociais, hoje grandes instrumentos para furar o bloqueio da mídia de mercado, mostram policiais como se fossem animais investindo contra professores e usando armas químicas desenvolvidas em Israel para combate aos palestinos.

Esse tipo de arma é fabricado no Brasil e exportado para Israel desde que Lula firmou um acordo de livre comércio com aquele país e abriu as portas do Brasil para a invasão sionista no setor da indústria bélica e agora até na EMBRAER, onde já abocanharam uma parte.

Não há, com raras exceções, polícia investigativa, mas polícia do poder contra o trabalhador.

Tem que ser um tema de debate público e tem que ser uma das bandeiras da luta popular. Polícia para segurança e não para violência.

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