EDITORIAL - O BARCO DE MARINA DA SILVA

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A despeito de todo o esforço da mídia a nau capitaneada por Neca Setúbal, herdeira do Banco Itaú, está indo para o fundo do mar. A candidata não corresponde às expectativas e é uma dessas assombrações que aparecem na política brasileira volta e meia, assustando crianças e colocando o País na berlinda do processo de avanço e recolonização para a América Latina, onde o Brasil é chave, à frente os Estados Unidos.
Nem mesmo emprestar seus óculos vermelhos para Marina, numa prova de carinho e fidelidade, conferiram à pastora e psicanalista evangélica, discípula de Silas Malafaia, o mínimo de competência para falar e expor idéias com clareza. Tem um ponto de vista para cada problema a cada hora e a cada entrevista que dá.
Lembra a história daquele avião que, no seu primeiro vôo, com convidados ilustres. O piloto comandante anunciou que o aparelho dispunha de quadra de tênis, campo de futebol, piscina, cassino e outras “benfeitorias”, para logo em seguida proclamar – “agora se essa m... levanta vôo não sei”.
Marina levantou vôo e logo em seguida voltou à pista, estolou e cai dia a dia mesmo nas pesquisas fraudadas que tentam impulsionar sua candidatura, lançadas pelo IBOPE e pelo DATA FOLHA.
Nem Renata Campos cita seu nome na campanha que faz em Pernambuco para eleger o governador e o senador indicados por seu marido.
Em carta dirigida ao presidente do PSB – Partido Socialista Brasileiro –, Roberto Amaral, o cientista e escritor Moniz Bandeira, de raro saber e atilada experiência em golpes, sugere a hipótese de atentado para explicar a morte de Campos, pois como disse, já viu muitas coisas.
Relembra a história da legenda, a qual pertenceu, a figura de Otávio Mangabeira e sua extraordinária força moral, para pedir ao atual presidente do PSB e destinatário de sua carta, que renuncie ao cargo, para evitar que o partido seja imolado na irresponsabilidade de quem não conseguiu tecer uma rede, mas aceitou uma trama solerte e perigosa, que coloca o Brasil e sua soberania, até sua integridade territorial em risco.
Marina e sua contradições ao leme dessa nau seria motivo de risos e chacotas, não fosse o perigo que representa para o Brasil e os brasileiros.
Os avanços obtidos nos últimos anos, reconhecidos mundialmente, estão sob ameaça e a entrega do pré sal a riqueza que proporcionará ao Brasil caminhos sólidos de independência definitiva, pronta para ser entregue pela candidata aos grandes grupos internacionais, pois a candidata entende que “temos que sair da idade do petróleo e entrar na idade da energia alternativa”. Jânio de Freitas, com competência e paciência explicou a candidata que não é bem assim, ou melhor, é o contrário.
Coloca em risco os pactos assinados e que criaram os BRICS, critica o MERCOSUL e diz, descaradamente, que é preciso um acordo bi-lateral de livre comércio com os Estados Unidos.
Na hipótese, cada vez mais remota, de vir a ser eleita, o avião não levanta vôo, a nau afunda e os brasileiros pagam o preço de um Estado evangélico, com Malafaia no papel de líder supremo, com direito a veto e o Itaú, todo o sistema financeiro, apontam armas de juros escorchantes para os brasileiros.
Vai rever a legislação trabalhista, seremos todos remadores para impulsionar a nau do atraso e debaixo das chibatas dos verdadeiros donos da ex-ambientalista, atual lunática em seus delírios capitalistas.
Por sorte, como disse, a nau está afundando. A pedagogia de Neca Setúbal não está dando certo.