Editorial: Hipocrisia anticorrupção e perseguição à Juventude Combatente

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O oportunismo eleitoreiro de PT/pecedobê, à testa do velho Estado semifeudal e semicolonial brasileiro, não perde tempo de, a cada oportunidade, mostrar suas semelhanças com os gerenciamentos de turno anteriores de qualquer sigla do Partido Único.

No quesito corrupção, pululam escândalos envolvendo ilustres figuras ligadas aos diferentes grupos de poder petistas que digladiam para controlar o governo. Chega a ser cômico assistir à oposição emasculada no congresso cacarejar pela moral e os bons costumes, enquanto a bancada governista, placidamente, conduz ao esquecimento, caso após caso, envolvendo a tal base governista.

Já dissemos nestas páginas que o PT não inventou a corrupção, e nem (talvez) seja a sigla mais corrupta. Porém, é inegável que o oportunismo eleitoreiro se atirou com sanha incomparável aos cofres públicos, deixando rastros indeléveis, embora já não seja mais neófito na prática.

“No que se refere” à Petrobras, trata-se da maior empresa brasileira e, obviamente, a galinha dos ovos de ouro para quem pretende fazer caixa de campanha ou mesmo se locupletar na velha tradição patrimonialista que tanto esse mesmo oportunismo gosta de atacar, como se fosse diferente das velhas oligarquias.

A empresa foi saqueada governo após governo, desmembrada pelos militares e vendida em parte por FHC. Teve reservas dilapidadas em leilões por Luiz Inácio/Rousseff, tudo ao ritmo do ‘diktat’ imperialista, que sempre cobra a parte do leão e permite que as ratazanas desfrutem das suas migalhas.

Todos os gerentes de turno e suas corriolas se refestelaram nessas migalhas e beneficiaram as empreiteiras patrocinadoras de campanhas bilhardarias, bem como aplacaram a fome das bases aliadas (quase sempre o PMDB e a rapa).

Aos crédulos de plantão, pode-se dizer que não, a corrupção não acabará na Petrobras, nem em nenhuma outra instituição ou instância pública ou privada, enquanto existir esse sistema de exploração e dominação. Operações espalhafatosas da PF e julgamentos bufos não terão nem mesmo efeito pedagógico, posto que toda exposição visa apenas deslocar grupos que já se apegaram demais aos rendimentos proporcionados aos que administram o capitalismo burocrático no Brasil.

Enquanto isso, a gerência petista, sem legitimidade ante o vultoso boicote eleitoral, tenta acomodar interesses muito distintos em busca de um pacto para superar a crise iminente. Se vê acossada pela reprodução ‘ad nausean’ pelo monopólio dos meios de comunicação da velha cantilena da luta contra a corrupção como a panaceia para todos os males da nação.

A falsidade de tal proposição é facilmente comprovada quando se percebe que, no subterrâneo, os monopólios petrolíferos se movem, prontos a se beneficiar com a desvalorização (maquinando nas Bolsas a desvalorização das ações para abocanhá-las na bacia das almas) e possível quebra da Petrobras, se assenhoreando de pedaços cada vez maiores das riquezas nacionais, já em parte nas mãos de estrangeiros.

Histéricos, os defensores incondicionais do oportunismo insistem na tese antidialética, mais propriamente ridícula do que a percepção de que há mais corrupção se deve ao fato de haver mais combate à corrupção na gestão PT/pecedobê. Irritadinhos com o monopólio da imprensa, de quem fingem ser inimigos e que lhes serviram até quase agora em seu ‘marketing’ fantasioso de “Brasil maravilha e 5ª potência mundial”, esbravejam contra os escândalos protagonizados pelo PSDB, tão mal investigados quanto os outros.

O pugilato moral e jurídico come solto entre as frações políticas das classes dominantes e os monopólios de imprensa repetem à exaustão toda essa encenação de ética na tentativa de entupir os ouvidos e olhos do povo para distraí-lo de sua revolta latente. Em meio a esta mixórdia moral hipócrita, orquestrada pela Rede Globo, toda essa canalha política se une e, através de seus êmulos na burocracia judiciária e policial, lança sua fúria fascista contra jovens ativistas, numa perseguição sem quartel para demonizá-los, prendê-los e condená-los por prática de “atos violentos”. Eles são os ativistas das estremecedoras manifestações que, desde junho de 2013, levantaram-se nas ruas do Brasil exatamente contra todo este estado de coisas.

Abaixo esta velha e apodrecida ordem de exploração e opressão e viva a Juventude Combatente!