Cachorro velho

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 No começo desse ano perdi meu cachorro, um pastor alemão, tinha lá seus 15, 16 anos -idade já avançada para um cão.Em março ele ficou doente, e por conseqüência da sua avançada idade, não conseguiu se recuperar.O Brutos (era o nome dele) foi um cachorro formidável, era inteligente, mas não adestrado, carinhoso e sabia quando ser bravo, pois nunca mordeu ninguém apesar de não permitir a entrada de estranhos no quintal da nossa casa.

Recentemente adquirimos um novo cão, pastor alemão preto, ainda filhotão, esse foi batizado por Jardel. Um bicho lindo, cachorro também dócil, mas fazer comparações com o antigo Brutos é inevitável.

O Brutos não pegava as roupas do varal; o Brutos não cavava buracos no quintal; o Brutos só fazia suas necessidades na rua, e melhor, ele andava sozinho pelas ruas de Porto Alegre a noite, e nunca tivemos problemas com isso.

Coitado do Jardel, sendo comparado ao grande Brutos, um filhote de quatro meses contra um cachorro velho, não é justo.Talvez com o tempo o novo cão se equipare ao Brutos, à sua maneira, claro.Parando de pegar as roupas do varal já está de bom tamanho.

Situação parecida vive a Seleção Brasileira: querem comparar Vargner Love e Afonso com Ronaldo Názario.Mas diferente de meu amigo Brutos, o Ronaldo pode voltar, é só Dunga deixar de ser teimoso com essa história de "experimentar jogadores".

O Fenômeno faz falta em qualquer time do mundo, desde que esse time não seja uma aberração futibolistica como a Seleção de Parreira na última Copa do Mundo.Ao lado de um jogador de grande mobilidade como o Robinho, o velho Ronaldo com certeza ainda pode dar muito para a nossa Sseleção.

Sei que a comparação é injusta, mas caso nosso veterano bom de bola não volte, a mesma regra que vale para meu cãozinho Jardel, vale para os dois novos centro-avantes da Seleção: peço pro cachorro pelo menos não pegar as roupas do varal, aos dois pedimos que cumpram suas mínimas tarefas, façam os gols!