Morar em quitinete

Por Paulo Zildene


Como o nome mesmo já diz, quitinete é um quarto com banheiro e cozinha. O local é preferência dos estudantes que migram de várias partes, entre eles, solteiros e divorciados. O preço é a opção, pois a economia é quase garantida.

Normalmente quem mora nesse local procura fazer dele um lar, ou quase. O silêncio só é quebrado quando pessoas desinformadas começam a fazer do local uma verdadeira balbúrdia.

O som alto. A dita cultura massificada da boquinha da garrafa faz parte do repertório. A dita dupla em evidência Bruno e Marrone não pára de tocar a noite toda.

A farra só acaba quando, não agüentando mais a zona, alguém liga para o dono do imóvel para acabar com a farra, pois nem a polícia montada consegue pôr fim à festa.

É bom viver em quitinete? É ótimo. Os quartos são divididos por uma parede fina, e que por sinal, escuta-se de tudo. Nas noites frias, lá pelas tantas da madrugada, ouvem-se os sussurros, e acredite, pode-se até fazer um pequeno esforço, mas escuta-se algo mais além da imaginação. Acredite, é verdade!

No dia seguinte, o tanque, local onde é para lavar roupas, vira o centro de maior informação. Não adianta a internet competir que não vai ganhar, pois a rapidez com que as coisas são contadas faz inveja a qualquer veículo de comunicação de massa de que se tem notícia.

O local é ocupado por quem quer colocar em dia a limpeza da casa, e resolve não acumular roupa suja ou mesmo fazer uma faxina geral.

Morar só tem lá suas vantagens. Existem condôminos que limpam a casa apenas uma vez no mês, aí, a casa da mamãe começa a fazer falta.

Lá pelas tantas horas, de barriga encostada no tanque, alguém mais curioso solta o verbo - quem mudou para o quarto tal? Ah, é fulano!

E esse é o assunto do dia, a zorra tá formada. O local onde era para lavar roupas vira centro de fofoca: “Deve ser um daqueles que vêm de uma dessas cidades que está transbordando soja pelos cotovelos, e que o fulano é solteiro, que possui um carrão”. Se for mulher, a macharada torce para ser solteira, linda e, de preferência, filha desses plantadores de soja que não têm onde colocar o dito produto, pois a safra recorde não cabe mais em seus silos. Se o condômino é divorciado e acabou de mudar, provavelmente a pensão o forçou a morar em quitinete, pois a mulher tomou tudo e o deixou na rua da amargura, aí, também é pauta para fofoca.

Bom, até aí, tudo bem: se não bastasse a dita fofoca, a quitinete vira ponto de encontro para os solteiros, aqueles que recebem seu namorado (a) e fazem de tudo para ninguém escutar o que rola dentro do quarto. A curiosidade já paira no ar, se a pessoa começa a receber gente diferente todos os dias, logo no dia seguinte comenta-se o que aconteceu. “Xi!, Fulana tá fazendo programa! Vai ver o pai cortou a mesada”, comenta alguém.

Mas, não é só de fofoca que se vive o dia-a-dia em quitinete, o ramo da construção civil vem impulsionando o mercado de trabalho. Hoje construir quitinete é um bom negócio. É dinheiro garantido.

O preço, além de compatível para quem precisa de um local para morar, já virou sinônimo de dinheiro certo. Cresce a procura e o local influencia o preço. Onde tem faculdade próxima, a opção fica mais cara, pois é o local mais visado para quem vem de outros estados ou do interior.

O valor varia de R$ 160,00 a R$ 500,00. Acredite! É um bom negócio construir quitinete, o preço no mercado está equivalendo a aluguel de apartamento de três quartos.

Paulo Zildene
É editor do Blog Jornalismo Político
www.jornalismopolitico.blogspot.com

 

A verdade está estampada no rosto da maioria dos capanemenses, mas eles parecem que morreram pra vida e se esqueceram de enterrar.

Se alguém me disser que o capanemense é um povo recíproco. Eu vou dizer que não. Ele esta mais pra comodista que pra benevolente.

Eleger um sujeito para o cargo mais importante do município que não tem escrúpulo e nem respeito pelo seu povo só porque é um bom advogado e ainda assumir uma divida de 20 milhões de INSS do Dr. Jorge Costa, ex-prefeito de Capanema, no nordeste do Pará, isso é coisa de povinho.

O povo de Capanema é feliz com ele. É pura mentira. O povo esta mais pra bobalhão que pra artista de circo.

O capanemense tem um sério problema. Assiste quieto sem tomar providências. Só sabem reclamar pelos cantos, feito inocentes.

O povo esta satisfeito com o legislativo. Outra mentira descabida se disser que sim.

O povo esta indignado com a benevolência do prefeito em beneficiar Waldemir Martins no aluguel dos ônibus escolares, de beneficiar às máquinas do vereador Walry Moraes e ver milhares de reais vazando pelo ralo da pia. Não esta, mas também, não tem coragem de tomar atitude.

Essa turma que dizem vereadores são os mais preguiçosos que se tem notícia. Só trabalham uma vez por semana e ainda recebem algo em torno de R$ 6 mil por mês, e ficam o resto da semana atirando pedra em mangueira.

Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo Buchacra, míseros benefícios repassados pelo governo federal, como o Bolsa Família, não pode ter coragem para fazer panelaço na frente da Cibrasa para pedir mais emprego, ou fazer com que a prefeitura pressione à fábrica para abrir mais vagas, ou mesmo trazer outra indústria para a cidade.

Você acredita que os vereadores estão interessados em mudar esse quadro. Isso é utopia generalizada. Se algo acontece no município é por que o prefeito cedeu ou o governo do estado patrocinou. E ainda tiram proveito da situação.

O capanemense fica indignado com os mensalinos, funcionários fantasmas, beneficiamento da base aliada, compras de remédios irregulares, aquisição de merenda escolar favorecendo amigos próximos, licitação duvidosa. Mas eles não fazem nada. Ficam quietos. São pacíficos. Bonzinhos de mais.

Em minha opinião um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política de Capaneme é do próprio povo que elegeu o executivo e seus vereadores, e que ainda podem votar novamente pela permanência, porque o povinho tem memória curta.

Capanema é a cidade do futuro. Tão cedo será. Meus pais e minha família diziam isso nos anos 80. Muitas vezes cheguei até sonhar com uma Capanema promissora. Com empregos.

Mas meus pais se estivessem vivos passariam vergonha; mas se livraram dessa.

Capanema, a terra do futuro!

Impossível quando se vê uma única indústria que não emprega mais, só demite. Não há oportunidade de emprego na cidade. Quem quiser tem que migrar para a capital, Belém.

Deus pode até ser brasileiro, mas duvido que ele venha com freqüência a Capanema para ver a vergonha em que se encontra a cidade.

As minhas conclusões:

O capanemense merece!

Como diz o adágio “O capanemense é igual mulher de malandro, gosta de apanhar”.

Se você que tem o poder do voto e não tomar atitude nas próximas eleições, meus sentimentos amigos; continuem fazendo parte desse contexto caótico em que se encontra a cidade, pois um dia surgirá no fim do túnel uma luz divina, que iluminará a cabeça de outro governante, mas que não seja esse que tá aí.

Aí sim, teremos todas as chances de sermos uma cidade desenvolvida e civilizada no norte do Pará.

Agora só falta sua boa vontade para mudar esse quadro em 2008. Será que é tão difícil assim de mudar?

Paulo Zildene
Editor do Blog Jornalismo Político 

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