Nem Um Nem Outro

Imprimir
Pode ter alguém que ame Macaé tanto quanto eu, mais, impossível! E por isso, escrevo este artigo no intuito de não deixar denegrirem a minha princesa com atitudes radicais de certos cidadãos que, bem intencionados, não sabem os estragos que estão fazendo.

          Certa manhã, sentado com um amigo num quiosque, na Delfim Moreira, Leblon, Rio de Janeiro, conversávamos sobre o potencial turístico de Macaé. Dizia que, a cidade, era rica em belezas naturais, com belas montanhas, serras, rios, lagos e praias. Que, se o rio de Janeiro era a Rainha do Atlântico por suas belezas naturais, Macaé era a princesa e que, antes do petróleo, vivíamos do turismo. E, com a vinda da Petrobrás, perdemos esta fonte de renda, pois, as pessoas imaginam que, com a produção do petróleo, a Petrobrás acabou com tudo. Digo que não. A Petrobrás veio, trouxe o progresso, mas preservou as nossas belezas e que, era um grande incentivador para a volta do turismo.

           Ao terminar a minha explanação, infelizmente, no exato momento, passou um Ecosporte com um adesivo que dizia assim: “Macaé a cidade dos buracos”. Toda a minha argumentação de horas foi pro buraco. O meu amigo de imediato disse: Como você quer fazer turismo numa cidade de buracos? Fiquei enfurecido!

            Com a quantidade de chuvas neste último verão, não só a cidade de Macaé está com esse problema, muitas estão. A diferença é que, as outras, não estão expondo os seus municípios ao ridículo. Devemos reivindicar por melhorias se não estamos satisfeitos, nos reunindo com o executivo municipal e exigir as soluções dos problemas dando sugestões. Como diz o velho ditado “roupa suja se lava em casa”.

             Um adesivo originou outro tão quanto ruim. “Se não gosta de Macaé, Tchau! Me veio à lembrança da época da ditadura quando um General teve a mesma idéia quando lançou o” Brasil! Ame ou deixe-o “ridículo!”.

              O desenvolvimento de Macaé deve-se muito a esses macaenses que para aqui vieram e trouxeram suas experiências e qualificações para que pudéssemos explorar as nossas riquezas. Não quero denegrir a imagem de Macaé nem expulsar essas pessoas que para aqui vieram trabalhar e que fazem um intercâmbio cultural de extrema importância. Fiquem! Macaé precisa muito de vocês!

              Como sempre, a minha mente está para as soluções e não, para as picuinhas. Proponho fazer com os dois lados uma mesa redonda com o nosso Prefeito para solucionar os nossos problemas. Não só os dos buracos, mas outros que também existem e, fazer, depois das soluções, um terceiro adesivo que seria assim: “Eu amo Macaé”.

 

                                                                  Guto Glória Sardinha