O DISCURSO DE DILMA NA ONU

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É inegável que o discurso da presidente Dilma Roussef foi correto e de certa forma contundente ao denunciar a espionagem sobre o Brasil e a presidente da República. Deu o tom certo de violação do direito internacional, propôs um marco regulatório para a internet com o objetivo de impedir esse tipo de ação, mas uma coisa fica claro e é indesmentível em tudo isso.

Em primeiro lugar o inimigo real do Brasil e o complexo EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

Em segundo lugar é necessário que o discurso seja seguido de políticas internas capazes de nos livrar da dependência norte-americana, caso do acordo militar, da participação na EMBRAER e anular o acordo de livre comércio com Israel, um cavalo de troia que foi assinado por Lula.

Livrar da dependência norte-americana significa criar tecnologias próprias nos setores essenciais, não permitir o uso da base de Alcântara, ainda mais quando se sabe que o satélite brasileiro que iria ao espaço foi sabotado por norte-americanos.

Investir pesado em educação, saúde, passar a limpo a dívida pública, enfrentar os latifundiários que são associados a empresas como a MONSANTO, acelerar a reforma agrária, a demarcação de terras indígenas e ocupar efetivamente a Amazônia.

Políticas afirmativas no plano interno, capazes de transformarem o Brasil numa potência efetiva e não circunstancial ou dentro de um processo global liderado pelos EUA/ISRAEL serão bem recebidas pela população, ao lado das políticas sociais do governo, mesmo dentro do modelo capitalista. Haverá um avanço com certeza.

É preciso que outra consequência seja a percepção que alianças espúrias jogam o governo num precipício que hoje coloca o PT como um partido neoliberal disfarçado.

Suspender os leilões de campos petrolíferos, maior integração com os países da América do Sul e o entendimento que sem confronto com forças de direita não haverá avanço algum e nem consequência prática no seu discurso.

Será reduzido a uma peça de oratória meramente protocolar e eleitoreira.

Tudo isso levando em conta que um discurso na Assembleia Geral da ONU pode se transformar num leque abrangente de políticas indispensáveis para o Brasil, mas levando em conta que a ONU e nada hoje é a mesma coisa. Só pompa. Só circunstância.

Fechar os setores estratégicos da economia a grupos estrangeiros. Cuidar do avanço sobre o nióbio brasileiro, temos as maiores reservas do mundo e a maior parte é contrabandeada para o exterior por ingleses e norte-americanos.

Assumir posição clara em relação a política terrorista executada no Oriente Médio pela organização EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, na certeza que situações semelhantes iremos viver no futuro se não formos capazes de nos prepararmos para isso.

De sermos senhores de nossa soberania, várias vezes citada pela presidente em seu discurso. Da integridade de nosso território se não o ocuparmos sem preocupações com os latifundiários.

Iniciar o processo que as ruas já começam a reclamar de uma nova constituinte, dessa vez com plena e total participação popular e que implique mudanças politicas e uma nova estrutura no Judiciário para que o governo não fique refém de corruptos como Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Melo, pois há um ditado antigo que sempre se afirma real – a mentira tem pernas curtas. Os brasileiros já começamos a perceber, muitos percebemos, que há um processo político de disputa de poder para nos transformar numa grande colônia dentro do plano GRANDE COLÔMBIA.

A presidente, mesmo que não tenha dito isso, identificou o inimigo do País. É preciso agora enfrenta-lo e para isso vai sentir que as ruas virão a seu favor.

É só uma questão de sair da retórica e passar à prática.