REFAZER A HISTORIA

Em 1963, poucas semanas antes de ser assassinado, em conversa com o embaixador Lincoln Gordon, o presidente dos EUA, John Kennedy, perguntou se seria necessário cogitar de intervenção militar no Brasil caso o presidente do Brasil João Goulart “desse uma guinada à esquerda”.

A revelação é do jornalista Élio Gaspari, autor de uma trilogia sobre a ditadura militar e deverá constar da nova edição revista e atualizada do seu trabalho. Está publicada no jornal FOLHA DE SÃO PAULO, edição de sete de janeiro.

“Os Estados Unidos não podem aceitar esse aí”. É uma frase de Lyndon Johnson, sucessor de Kennedy, que seguiu o roteiro traçado pelo presidente assassinado.

Anos atrás, justificando que filho de peixe peixinho é, o jornalista Marcos Corrêa, filho do notável colunista político Villasboas Corrêa, revelou os bastidores da presença norte-americana no golpe de 1964, a Operação Brother Sam. Um porta aviões que virou sucata e alguns navios de guerra com toneladas de bombas para o caso de reação de Goulart e na necessidade de apoiar os golpistas.

As forças armadas brasileiras, em sua imensa maioria, pensa exatamente igual pensava em 1964  é só dar uma olhada na reação dos militares à Comissão da Verdade, que apura crimes cometidos pelo regime golpista. Tortura, assassinatos, estupros, toda a sorte de barbárie de militares vendidos a interesses estrangeiros.

A resposta a Kennedy à sua pergunta sobre intervenção o militar dada por seu interlocutor e comandante civil do golpe, o embaixador Lincoln Gordon foi simples: não achava que essa intervenção seria necessária, pois tudo estava caminhando a contento.

O adido militar na embaixada dos EUA no Brasil era o general Vernon Walthers, mais tarde diretor da CIA (Agência Central de Inteligência) e que na Segunda Grande Guerra fora o oficial de ligação entre as tropas da FEB (Força Expedicionária Brasileira), e as norte-americanas. Walthers falava português fluente e foi o comandante militar do golpe de 1964, como decisivo na indicação de Castelo Branco, de quem era amigo pessoal, para a presidência da República.

Os militares brasileiros continuam a dever ao Pais uma explicação sobre o golpe, a despeito do Congresso ter devolvido simbolicamente o mandato de João Goulart. O período da ditadura, a exceção do governo do general Ernesto Geisel, foi de absoluta submissão aos EUA.

Geisel rompeu o acordo militar com os norte-americanos, forçou o desenvolvimento da indústria de armas do Brasil (ENGESA e IMBEL), hoje sucateada. Chegamos a atingir altos níveis de tecnologia no setor e concorrermos de igual para igual com armas convencionais com os principais países produtores. A tal ponto que um navio brasileiro que levava armas para o Oriente Médio (Líbia e Iraque), foi sequestrado por naves de guerra dos EUA.

A EMBRAER, outro setor estratégico, foi privatizada pelo governo do funcionário da Fundação Ford, Fernando Henrique Cardoso, o grande vilão da história do Brasil no período que insistem em chamar de democrático.

Os brasileiros, como via de regra acontece com maridos enganados, como diz o velho ditado, somos os últimos a saber, quando sabemos, pois a verdade ou é destruída (documentos, arquivos, etc), ou simplesmente guardada em armário fechados a sete chaves.

Nossas forças armadas continuam a frequentar a Escola Militar de Honduras, em Tegucigalpa, onde aprendem técnicas golpistas e a prestar continência à bandeira dos EUA. E a dirigir o trânsito no Haiti, na presunção que o comando formal de uma intervenção criminosa, ajudam na reconstrução daquele país.

Somos coadjuvantes no processo e com a globalização, vamos aos poucos sendo ocupados por norte-americanos e israelenses (acordo de livre comércio firmado por Lula), os senhores do terror que domina o mundo.

Não está longe de se concretizar a afirmação de Al Gore, vice-presidente de Clinton e candidato derrotado fraudulentamente por George Bush, segundo a qual “os brasileiros precisam se conscientizar que a Amazônia é um patrimônio mundial e não podem querê-la só para si, têm que repartir com o mundo”.

Por mundo leia-se EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.

É preciso refazer essa história farsa que está nos livros e construir a história real, do contrário não haverá, nunca, um reencontro brasileiros e democracia. Isso significa participação popular e essa é nula, ou se resume aos fios de cabelos implantados pelo senador Renan Calheiros, presidente do Senado

Ou refazemos essa história, ou retornamos ao estágio de colônia. Vale dizer, só nas ruas, exigindo a verdade.

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