OPINIÃO - A PEDAGOGIA DO OPRIMIDO E A PEDAGOGIA DOS JUROS

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Num jogo de futebol alguém ia ter que avisar a Marina a direção do gol em seu time. Do contrário a candidata “socialista” ia imaginar que bola na rede é em qualquer daquelas traves com uma rede ao fundo. A candidata não tem a menor noção de nada e até Jânio de Freitas foi didático, lúcido como sempre, ao explicar à senhora em questão o que é autonomia do Banco Central.
Marina da Silva é uma dessas figuras patéticas que aparece meia e volta, volta e meia, em períodos eleitorais. Nelson Thibau, por exemplo, era um político mineiro, chegou a ser deputado, que candidato a prefeito de Belo Horizonte, colocou um navio de madeira no centro da capital, a pretexto de achar mar em perfurações e coisas do gênero.
Marina da Silva é a ungida dos bancos, sobretudo o ITAÚ, é a ungida das grandes empresas internacionais e nacionais, a abençoada pelo latifúndio e pelo “pastor” Silas Malafaia, que por uma dessas características do País da impunidade, ainda prega violência e ódio na televisão.
Marina, segundo Neca Itaú Setúbal, sua orientadora e contra regra (emprestou-lhe os óculos vermelhos para melhor ler numa entrevista) afirmou que enquanto Lula preferiu ser sindicalista, Marina seguiu o caminho da educação. Neca é pedagoga.
E herdeira do Banco Itaú.
Corremos o risco de onze passos atrás, ao sairmos da pedagogia do oprimido do notável Paulo Freire e entrarmos na pedagogia dos juros, capital, taxas e montantes.. Com direito a forca no fim do “curso”.
E um grande letreiro no Palácio da Planalto durante o seu improvável mandato – o Brasil há de ter juízo – com os dizeres “VENHA PARA O ITAÚ”, “UM MUNDO DE VANTAGENS”.
Tudo a reboque a preferência manifesta do governo norte-americano, de olho na afirmação da candidata que “vamos sair da Idade do Petróleo e entrarmos na Idade da Energia Alternativa”. Jânio de Freitas deu aula para ela sobre o assunto, a importância e o significado do petróleo e suas guerras nos dias atuais.
Sua proposta é simples. Entregar o pré-sal e investir em energia do sopro. O vento soprar as velas e enfuná-las na inconsequência pública e manifesta da candidata “socialista”.
O óculos de Neca Itaú Setubal, “educadora” e “formuladora” dessa pedagogia de juros, taxas, capital e montante, era vermelho e a senhora em epígrafe ficou toda feliz declarando a jornalistas que havia emprestado os óculos, pois “ela tem o mesmo grau que eu”.
Que grau?
Cacareco teve milhões de votos em São Paulo e foi eleito vereador. Era um rinoceronte do zoológico.
Marina da Silva quer ser presidente do Brasil. Fundamentalista, criacionista, evangélica, quer implantar um estado teocrático, onde grupos diferenciados sejam perseguidos na tal pedagogia (menos Neca) e sejam “recuperados” para o encontro com Jesus.
O voto acaba sendo uma questão pedagógica. Ou achamos a lata do lixo, ou vamos para o brejo. É simples assim.