MÁFIAS E QUEJANDOS

A jornalista Ana Helena Tavares em seu blog QUEM TEM MEDO DA DEMOCRACIA revela a frase de Robert Fisk, outro jornalista, em entrevista que concedeu a um programa da REDE GLOBO. Fisk, entrevistado por Munir Safat, a certa altura de sua fala afirma que "já estive em São Paulo e a máfia que encontrei lá e muito mais perigosa que a AL QAEDA".
Até aí tudo bem. O problema é que antes que essa máfia paulista fosse definida por Fisk o programa acabou. PCC? FIESP? PSDB? O novo PSD do prefeito Kassab? A comandada pelo deputado Aldo Rebelo e seu - dos latifundiários - Código Florestal?
Sei lá, qualquer uma delas, ou todas elas. Tanto faz.
Fisk é um hoje o maior expert em assuntos relacionados ao Oriente Médio e entrevistou Osama bin Laden por cinco oportunidades. Está há anos na região e é um dos críticos mais contundentes das políticas de seu "país", os EUA, em relação aos árabes. A despeito dos esforços do entrevistador, Munir Safat para arrancar uma palavra - como afirma Ana Helena - de crítica ao líder da AL QAEDA, Robert Fisk afirmou que todas as vezes foi tratado com a cortesia que se dedica a um hóspede.
O telespectador da GLOBONEWS, canal de notícias da GLOBO no sistema de tevê fechada, é submetido a um bombardeio de notícias ao sabor dos interesses de outra máfia. A da grande mídia, a mídia privada no Brasil.
Só o que convém, só o que é pago.
No caso específico da GLOBO - no todo, a organização - é a maior máfia da área. A história da rede é de fazer inveja a qualquer gangster ou candidato a tal. É um dos aparelhos da ditadura militar - a expressão é essa - que se mantém intacto e vende a ideologia neoliberal. Tenho certeza que a glória para William Bonner ou Wililam Waak seria apresentar seus "jornais" em inglês.
Trabalham no canal fechado - GLOBONEWS - na linha FHC. Aquela que afirma "já perdemos o povão, vamos conquistar a classe média".
Aí tome Ana Maria Beltrão. Ou o programa de cinco ou dez telespectadores o tal MANHATAN CONECTION. Ali, alguém ainda vai virar imortal, isso é "batatolina de Bayer", como dizia Monteiro Lobato.
No artigo que escreveu para seu blog sobre a entrevista de Robert Fisk, Ana Helena conceitua com precisão as máfias da mídia. A paulista e a carioca se atrelam às elites econômicas mais atrasadas e aos EUA por ideologia - ainda que William Waack tenha que enviar relatórios à secretária Hilary Clinton -. A mineira e a do Maranhão, comandadas por dois mafiosos de gerações distintas, Aécio Neves - o do bafômetro - e José Sarney - o do mausoléu - ao contrário, ainda que podres, são censuradas. Os respectivos governos têm o poder de contratar, demitir e pagam muito bem os comandados.
A importância dos blogs, de portais independentes, de jornais e revistas alternativos, mas, principalmente, a revolução comandada pela INTERNET tem dificultado um pouco a costumeira veiculação de mentiras, ou as distorções da GLOBO, por exemplo. A rede adota um comportamento cauteloso e aposta em eventuais entrevistas com figuras como Robert Fisk - no canal fechado - para alimentar a mentira maior, o compromisso com a verdade, com o fato. Vez por outra, lógico e mesmo assim ou editando ou encerrando o programa quando a coisa sai dos limites impostos pelos donos.
Definem o fato ao sabor de interesses dos que pagam.
É assim nas que se acoplam ao poder terrorista do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A ou ao poder de "coronéis" de Aécio e Sarney, mesmo que esteja presente o vínculo afetivo, digamos... Com a mentira.
O ex-presidente Lula vai à Nicarágua nos próximos dias. Os jornais daquele país afirmam que há uma espécie de frenesi em torno da visita. "Lula é venerado na Nicarágua" afirma um jornalista. Vai momentaneamente superar as divergências entre partidos de todos os campos. É ano eleitoral e o presidente Daniel Ortega é candidato à reeleição.
O ex-presidente participa de uma reunião do FÓRUM DE SÃO PAULO. Um debate político que se processa em toda a América Latina com o objetivo de encontrar caminhos de integração, que preservem a independência das nações latino-americanas e rejeitem ditaduras como a de Honduras.
Foi instalado em 1990 e junta partidos e ONGs de esquerda, movimentos populares, para oferecer, através do debate, da participação, uma alternativa ao modelo atual - político e econômico, por conseqüência social.
É um dos acontecimentos mais significativos de qualquer pauta jornalística a partir do momento que se iniciar. Como a presença de Lula, independente da posição de um ou outro veículo de comunicação.
Na certa vai passar em branco na mídia privada brasileira, ou vai ser notícia de cinco segundos, isso na melhor das hipóteses. O mais provável é que os canhões sejam assestados contra o FÓRUM e a recepção a ser prestada a Lula ignorada na sua real relevância.
São máfias. GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, VEJA, ESTADO DE MINAS, RBS, o conjunto afinado da mentira e da desinformação. O exemplo citado pela jornalista Ana Helena Tavares é perfeito para caracterizar o compromisso dessa gente com esse tipo de informação.
Qualquer discussão que se faça sobre mídia passa por temas políticos e nisso o ENCONTRO DE BLOGUEIROS E MÍDIAS SOCIAIS DO ESPÍRITO SANTO (3, 4 e 5 de junho) vai debater, além da própria mídia, expor as vísceras da máfia do setor, temas que dizem respeito ao processo de informação e formação no sentido da conscientização.
É bem diferente do caráter manada - Homer Simpson - que a mídia privada trata ou telespectadores, ou leitores, ou ouvintes.
Dia desses um jornalista de uma rádio chamada ENERGIA (não sei se rede, se uma rádio só, ouvi no táxi), disse o seguinte - bin Laden era torcedor do Vasco, adora o Roberto Dinamite -. É o tamanho do dito. Minúsculo. Ou, quando da morte de Ulisses Guimarães, outro "mágico" dos microfones - "está lá no fundo pros peixes comerem".
E dizem que o setor cuida de informação, formação, cultura, educação.
Que eu saiba máfias não fazem isso. Fazem o que a GLOBONEWS fez com a entrevista de Robert Fisk.
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