TUDO VAI ACABAR EM TÚLIO MARAVILHA

A melhor tirinha que já vi sobre multidão perseguindo um assaltante, ou uma das melhores, é quando o bandido pára num determinado ponto e à chegada da multidão diz o seguinte - "ele foi por ali". Pronto, vai tranqüilo para sua casa com o "ganho" obtido.

O apartamento do vice-governador do Rio de Janeiro Luís Fernando Pezão foi arrombado na madrugada de segunda-feira. É no Leblon, bairro nobre da capital do estado e o fato foi descoberto pela funcionária que ali trabalha ao chegar pela manhã.

A Perícia encontrou caixas vazias em cima de uma cama e existem informações que teriam sido furtados jóias e eletrodomésticos. Típico falso arrombamento, ou "ele foi por ali", ou ainda, aquela velha história de incêndio em um depósito de documentos e sumiço de provas.

O governador do Rio, Sérgio Cabral, não tem cabeça para organizar todo esse esquema criminoso em que está envolvido no caso Cachoeira. Cabral é um fátuo, um dândi. Pezão tem. A mulher de Cabral e o sogro do governador também.

Um esquema envolvendo a DELTA e o governo de São Paulo, outro envolvendo transferência de recursos públicos no governo Serra para faculdades/universidades particulares do esquema e arrebentando as que não aceitavam começa a aparecer nessa espécie de novelo que vai sendo desfeito. Caixa dois para campanhas do PSDB, para garantir a aposentadoria de gente tipo FHC, enfim, basta dizer que o governador do estado é Geraldo Alckmin um dos próceres da OPUS DEI no Brasil.

A organização neste momento, já que controla o Vaticano, está aceitando dinheiro mafioso para sepultar mafiosos em basílicas.

Sérgio Cabral, Marconi Perillo, Aécio Neves, José Serra, Agnelo não sei das quantas, Pezão, Demóstenes Torres (lambari nessa história toda, contínuo - expressão que Nélson Rodrigues usava com freqüência - mais ou menos qualificado), Gilmar Mendes, VEJA, GLOBO, etc, vai tudo acabar em Túlio Maravilha, que segundo a mídia de mercado também está envolvido nos negócios de Cachoeira.

Um espetáculo que a Comissão Parlamentar de Inquérito vai organizar com eficiência (eficiência nesse caso é, por exemplo, buscar assentar de um jeito e num lugar tal que as câmeras sempre mostrem a imagem do "digno" "pralamentar") e corremos o risco de no meio disso tudo ouvir o senador Collor de Mello, no Conselho de Ética do Senado, com aquele seu jeito de prendo e arrebento, dando lições de bom trato do dinheiro público.

Corroborado, lógico, pelo conterrâneo Renan Calheiros.

A mídia de mercado já deu seu recado. Se o diretor de VEJA for convocado a depor vai abrir baterias contra o governo. São intocáveis. E tocam o barco do jeito que entendem, pois assim conseguem que aquela moça que repôs a bola em jogo rapidamente e permitiu o primeiro gol do Botafogo, seja indiciada por favorecimento ao Cachoeira, já que Túlio receberia 30 mil por mês do banqueiro por conta do "acendrado amor de Cachoeira pelo Botafogo".
O que os deputados e senadores do governo podem fazer? Enfrentar de peito aberto esse esquema podre e trazê-lo a público. Não há JORNAL NACIONAL ou VEJA que mintam o suficiente, distorçam o máximo que puderem, para aplacar a revolta do cidadão cá embaixo quando entender toda essa história e os tentáculos ocultos que envolvem bancos, empreiteiras, grandes corporações e latifúndio, a elite econômica que controla o País. Vai sentir e manifestar. Vai às ruas contra esse tipo de gente.

Mas será que isso interessa?

Todo esse processo começou quando Cabral, o Pedro Álvares, atracou no Brasil. Só foi, no entanto, organizado dessa forma empresarial a partir do governo FHC e das privatizações, o que Collor de Mello, antes, havia chamado de "abertura dos portos".

E não envolveu só o Brasil não. A reeleição de FHC e a de Menem na Argentina foram golpes de estado tanto quanto o de 1964. A diferença está só no jeito. Em 1964 o general Vernon Walthers, depois de tudo organizado em Washington, veio aqui juntou a parte podre das forças armadas e botou essa tropa na rua.

A reeleição de FHC passou pelas mãos de Sérgio Motta que abriu os cofres públicos e comprou boa parte do Congresso, assegurando a Fernando Henrique, o tempo necessário para vender o que mais pudesse.

De lá para cá o consórcio de bancos, grandes empresas e latifúndio assumiu o controle do Estado de forma organizada, eficiente e blindou-se de tal jeito - mídia de mercado e outros esquemas - que viramos potência mundial enquanto nos transformamos gradativamente em exportadores de matérias primas e paraíso do agronegócio.

Cachoeira é produto disso. Como Antônio Anastásia, o governador (?) de Minas.

As grandes empreiteiras que tomaram conta das obras do PAC e operam em todo o País. Ou os latifundiários doidos para derrubar a floresta amazônica e plantar soja, milho, transgênicos, de quebra vendendo a madeira, exterminando índios, camponeses sem terra, o que for obstáculo ao "progresso".

O desafio da CPI é esse. Não é o melhor lugar no plenário levando em consideração a posição das câmeras de tevê.

Correr o risco de virar o País de cabeça para baixo? Ora já estamos assim faz tempo. A questão é desvirá-lo e exibir aos brasileiros todo o processo perverso e cruel do mundo globalizado, do capitalismo, da nova ordem econômica, seus efeitos sobre cada um de nós chamados de humanos.

Isso tudo vai terminar em Túlio Maravilha e o jogador vai ter que adiar o sonho de chegar a mil gols e igualar o feito de Pelé. A menos que resolvam considerar como válidos gols em times de alguma penitenciária. Exagero? O atleta/vereador que abra os olhos.

O tal amor acendrado de Cachoeira pelo Botafogo - que não tem nada com isso, pelo menos até agora - pode ser uniforme de presidiário, preto e branco.

Já o "arrombamento" não é bem no apartamento de Pezão. Com toda a certeza os documentos, computadores, etc, estão seguros agora.
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