O nome e o sobrenome a gente carrega para o resto da vida, é a nossa identidade. Por isso quando os pais vão registrar os filhos devem ter o máximo de cuidado para não trazer problemas no futuro. Infelizmente ou felizmente, a população brasileira é uma mistura de raças do mundo inteiro. No inicio eram portugueses, africanos e índios, depois foi chegando imigrantes de todos os lados e fizeram uma verdadeira salada de raças. Por isto que existem uma infinidade de nomes e sobrenomes estapafúrdios que provoca grande incidência de cacofonia, sons desagradáveis aos nossos ouvidos, e o pior, dando sentido pejorativo às frases. Vamos falar apenas dos sobrenomes que são heranças de família, por exemplo: Jacinto é um nome comum, mas se colocar o sobrenome Aquino Rego não soa bem em nossos ouvidos e pode trazer graves conseqüências ao seu portador. O sobrenome Pinto é muito freqüente, mas precisa ser colocado no lugar certo. O nome Jacinto é meio complicado. Conheci um cidadão de nome Jacinto Pinto Brochado. Esses dois sobrenomes são muito usados no Brasil. Os pais quando vão registrar os filhos precisam observar bem a ordem dos nomes. O nome Jacinto Aquino Rego, se a gente trocar a ordem, pode melhorar: Jacinto Rego Aquino. Na minha terra chegou um japonês, para cultivar a agricultura da região, com o nome muito engraçado. Takano Brochado, eu não sei onde ele arranjou o sobrenome Brochado, deve ter sido originário dessa mistura de raça que, acontece aqui. A esposa dele tinha o nome Ana Maria Pinto que com o casamento, passou a assinar Ana Maria Pinto Brochado. Os meninos do lugar faziam chacota com seu nome. Ela ficou grávida de trigêmeos e o japonês não sabia, naquele tempo não tinha ainda recursos para fazer exames de pré-natal. Quando a parteira começou a tirar meninos o japonês quase ficou maluco. Perguntou à parteira qual havia nascido por último e botou o nome nele de Ultimo Pinto Brochado, pensando ser aquele o último. A Ana Maria ficou passando mal e o japonês teve que levá-la ao médico. Ao examiná-la verificou que precisava fazer uma cirurgia de períneo. O japonês pediu então que o médico receitasse um remédio para evitar mais filhos. O médico receitou um anticoncepcional e recomendou que tomasse um por dia, durante 28 dias por mês. Acontece que o japonês entendeu que era ele quem devia tomar o remédio. Passados doze meses, Ana Maria apareceu barriguda e o japonês virou uma fera, foi ao médico reclamar que havia tomado o remédio de acordo com a receita e a Ana estava novamente grávida. Foi então que o médico explicou que quem tinha de tomar era a mulher. Dessa vez nasceu um só, mas pesava cinco quilos, era exagerado. O japonês estava tão feliz com a cirurgia e o menino veio estragar tudo outra vez. Então foi ao cartório registrá-lo e queria colocar um nome muito feio no menino, pois estava com raiva dele. Queria que colocasse Renegado Pinto Brochado, o oficial do cartório não concordou e se recusou registrá-lo. Ana e o japonês começaram discutir por causa do nome, ela não concordou com o Renegado. Então o oficial do cartório quis ajudar e resolveu dar uma sugestão e disse: eu sugiro... antes mesmo de terminar a frase o japonês bateu a mão sobre a mesa e falou: -- esse nome está bom, embora a Ana Maria não concordasse, ele registrou com o nome Sugiro Pinto Brochado.
Membro da Academia Valadarense de Letras
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