O São Paulo conseguiu a proeza de perder    por 0x2 de um Bayern que, voltando das férias, estava sem ritmo de jogo e menos eficiente nas conclusões. Mas, a comparação é vergonhosa: os alemães finalizaram 33 vezes, contra três míseros arremates tricolores! 

Um ferrolho digno de timinho e os milagres do Rogério Ceni evitaram que a superioridade dos campeões europeus se traduzisse numa acachapante goleada.

Menos sorte teve o Santos, pois o Barcelona lhe sapecou 8x0, sem dó e sem sequer suar a camisa. Além de colocar duas bolas nas traves e de ter um pênalti não assinalado em seu favor (talvez o árbitro tenha se apiedado do time que, meio século atrás, era o melhor do mundo). 

Os augúrios para 2014 são os piores possíveis.

 

Passei a meninice ouvindo meu pai relatar quão terrível foi a decepção dos brasileiros com o fiasco de 1950. Fico desolado ao perceber que nossa Seleção marcha para um novo  maracanazo. E isto se chegar à finalíssima, o que nem de longe é a hipótese mais provável. 

Por quê? Porque o futebol brasileiro está a anos-luz do europeu. E a conquista de uma Copa das Confederações disputada com descaso pelos visitantes ilustres está atirando poeira colorida nos olhos de nossos torcedores. Só o Galvão Bueno não viu (ou fingiu não ver) que os espanhóis, em véspera de férias, vieram mesmo é para pegar praias e prostitutas.

Numa competição pra valer, que todos vão querer ganhar, não bastará termos um técnico LIMITADO e ULTRAPASSADO no banco para motivar o elenco e outro (a eminência parda mal encoberta por uma folha de  parreira) ensinando-lhe como copiar receitas alheias que deram certo: a do Bayern contra o Barcelona na Liga dos Campeões e a da Itália contra a própria Espanha na semifinal de três dias antes.

Será necessário, isto sim, um treinador COMPETENTE e ATUALIZADO, capaz de responder de bate pronto às surpresas, inovações táticas e variantes que certamente serão apresentadas pelos principais adversários --algo, aliás, que o espanhol Vicente del Bosque esqueceu de trazer para o Brasil, ou porque estivesse  escondendo o ouro, ou por ser mesmo tão pachorrento quanto parece.

Precisaremos de alguém como Tite, que descobriu sozinho a fórmula para dar um nó tático em Rafa Benitez, tornando  menos desigual  a disputa com o Chelsea em dezembro. Tanto que os corinthianos estão até hoje acendendo velas para  São Cássio, o outro grande responsável pela moeda que caiu em pé. 

Felipão e Parreira, somados, hoje não dão meio Muricy (ou um terço do Tite). Se nada de diferente acontecer até o Mundial, a  dupla já-vi-dias-melhores  conduzirá nosso Titanic para o desfecho indesejado, mas pra lá de previsível. Quem viver, verá.

Por último: os  patriotas  da Rede Globo foram unânimes em achincalhar os jogadores santistas por sua  apatia  e  falta de atitude, como se os coitados tivessem qualidade para serem algo mais do que sparrings ou sacos de pancada do Barça.  

Palavras tão exaltadas não terão algo a ver com a dificuldade para tornarem rentável a Copa se o povo descrer das chances brasileiras?  Ou seja, com o medo de que se desmanchem as ilusões ensejadas pela copinha caça níqueis de junho?

Me engana que eu gosto.

Do blogue Náufrago da Utopia

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