Stephen Bantu Biko (1946-1977) o sindicalista e líder socialista sul-africano conhecido como Steve Biko completaria dia 18/12 vindouro 69 anos. “Racismo e capitalismo são os dois lados de uma única e mesma moeda” é sua célebre frase enquanto o maior herói mundial de cor da pele preta ou negro, o mártir internacional da Consciência Antirracista. Devido não existir registro literário nesse sentido, os legados de Marx (1818-1883) e Trotsky (1979-1940) são dissociados do de Biko. Ocorre no livro “Nacionalismo Negro” Trotsky ensinou: “A luta dos negros na África e diáspora contra o colonialismo (imperialismo) e o racismo é específica, estratégica e indissociável da luta de classes”.  
Por trás disso, internacionalmente, estão o imperialismo e o colonialismo imiscuídos ao stalinismo. Este, devido sua característica contrarrevolucionária foi o 1º a proclamar: “A luta antirracista é uma questão secundária”. O que inconscientemente acaba ocorrendo em quase todas organizações marxistas e trotskistas mesmo por parte dos negros que nelas militam. As causas disso são diversas. A atual é o racialismo, isto é a ideologia e ou/crença não-comprovada cientificamente existência de “raças” humanas. Que é corretamente combatido por organizações trotskistas & marxistas, embora sirva enquanto uma das causas para a secundarização da luta antirracista ensinada por Trotsky e Biko.
Os quais não precisaram quando surgiu na História, ou seja, na luta de classes a opressiva ideologia de dominação baseada na antropológica diferenciação da cor da pele, isto é, o racismo. Já o racialismo teria surgido em 2001 através do patrocínio a peso de ouro da instituição multilateral dominada pelo imperialismo, a ONU, erigindo-o durante a 3ª Conferência Mundial supostamente de Combate ao Racismo, Discriminação Étnica “Racial”, Xenofobia e Intolerância Correlata, na cidade sul-africana Durban. Daí se chamar Plano Durban que se desdobrou na Conferência de Revisão de 2010 realizada em Genebra, Suíça. Na prática, o racialismo tem o seguinte significado histórico.                
Trata-se de um grande acordo entre as direções dos movimentos sociais especificados como movimentos negros supostamente antirracistas e de movimentos de defesa da causa indígena cujas numerosas delegações foram nababescamente patrocinadas pela ONU e por governos submissos ao imperialismo. Uma das delegações mais numerosas na citada Conferência de 2001 foi a do Brasil bancada pelo então governo FHC. Erigido na esteira do fim da guerra fria, do falso socialismo, da derrocada dos estados operários burocratizados eclodida a partir de 1989. O racialismo é uma tentativa do imperialismo, da ONU e das direções dos mencionados movimentos sociais de decretação do fim da luta de classes.         
O combate à opressão racista conforme Trotsky e Biko ensinaram, não é levado em conta na luta anti-imperialista. Vide os genocídios em diversos países e regiões africanas cujas causas visíveis, mas, não a única, são guerras étnicas e ou/tribais entre povos, não raras ditaduras oligárquico-burguesas. O mesmo ocorre em relação à barbárie dos refugiados clamando por asilo em países da União Europeia. Somente em 2015 se afogaram no Mar Mediterrâneo cerca de 2,5 mil imigrantes africanos da Somália, da Eritreia e da Nigéria. Ou seja, embora os refugiados do Oriente Médio sejam resultantes das guerras “religiosas” e os da África da miséria, urge conceber e praticar os legados de Trotsky e de Biko.                        
Já no Brasil o 2º maior país – 1º é a Nigéria – com população de cor da pele preta/negra/afrodescendente estimada em aproximadamente 70%, a barbárie são os assassinatos de jovens cuja quase totalidade é de negros. Segundo o Mapa da Violência em maio de 2015, todos os anos morrem 285% mais pessoas entre 15 e 29 anos do que em outras faixas etárias. De acordo com a Anistia Internacional, em 2012 56 mil pessoas foram assassinadas. Destas, 30 mil jovens nessa faixa etária e o percentual de racismo que vitimou os negros atingiu a espécie de genocídio de 77%. A isso é dado pouca ênfase mesmo por parte de quase todas organizações marxistas, trotskistas e dos negros que nelas militam.
Isso ocorre porque no Brasil a natural e saudável miscigenação entre os povos indígena, branco/europeu, asiático erroneamente chamado amarelo e de cor da pele preta/negro/afrodescendente propiciou ao polímata da capitalista, branca e racista burguesia, Gilberto Freyre (1900-1987) desenvolver a ideologia do embranquecimento a partir do livro Casa Grande e Senzala. Esse é o fundo da questão dos militantes marxistas e trotskistas negros não assumirem a luta antirracista conforme ensinaram Trotsky e Biko. A esperança está no Movimento Negro Socialista (MNS) já fundado corretamente em 13/05/2006 como anticapitalista & anti-imperialista, antirracista e anti-racialista.  
Fim da barbárie imperialista e racista na África e países da diáspora!
Liberdade para o jornalista e militante negro estadunidense Mumia Abul Jamal!
Fim da ocupação militar do Haiti por tropas da ONU comandadas pela brasileira!
Revogação das Leis Brasileiras de paternalismo racialistas em relação aos negros como a 12.288/2010 o famigerado estatuto da igualdade “racial” e a 12.711/2012 a apelidada de cotas!
Pelo aperfeiçoamento das Leis antirracistas como a chamada Lei Caó 7.716/1989 e a 9.459/1997 de agravamento de penas para injúrias correlatas à cor da pele, características étnicas-raciais, religião ou origem!
Saúde pública de excelência na qualidade, gratuita e universalista para todos e todas   inclusa a epidemia social de anemia falciforme!
Educação idem inclusa Escola Técnica Profissionalizante, Artes, Cultura, Ecologia, Esportes, Ciência, Tecnologia, Transporte e Turismo!
Reformas Urbana e Agrária de fato com titulação para as famílias remanescentes em quilombos!
Pelo fim das chacinas da juventude pobre, especialmente a negra das periferias praticadas pelas Polícias com a consequente extinção da PM!

*jornalista – é militante do Movimento Negro Socialista (MNS) e da seção brasileira da Corrente Marxista Internacional (CMI) a Esquerda Marxista        

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