Há alguns anos atrás não conseguia entender porque meu marido ficava tão vidrado assistindo a um jogo de futebol. Entendia menos ainda quando era jogo de algum time desconhecido e estava lá o David observando cuidadosamente cada movimento, cada chute e cada gol.
Hoje em dia acho que entendo. O futebol, por algum motivo incrível e indescritível, consegue hipnotizar o espectador. É como se fosse o conto de fadas do esporte. A imprevisibilidade do futebol é mágica! Tudo pode acontecer!
Além disso, é uma grande diversão observar os jogadores de futebol enlouquecidos dentro da quadra. Eles parecem estar acometidos de alguma doença, de uma febre muito alta, à beira de uma convulsão. Correm como loucos e com forças que desconhecemos de onde vêem.
Alguns parecem estar lutando por uma causa muito grave e a necessidade de vitória é muito urgente.
Os jogadores devem suar gotas de problemas, dores, mágoas e angústias. Fazer um gol deve significar fechar um grande negócio, conquistar aquela mulher, comprar o primeiro carro, fazer a viagem dos sonhos, viver intensamente o primeiro amor, ouvir o primeiro choro do filho ou fazer loucuras impublicáveis.
E evitar o gol do adversário? Talvez seja como impedir que um maluco roube sua casa, proteger seus filhos de um acidente de carro, evitar que alguém fale mal de quem você ama, não permitir que alguém magoe seu grande amor, vacinar urgentemente sua família contra uma doença fatal.
Quase podemos ver as figuras que acompanham cada jogador, como se fossem espectros que os perseguissem e os empurrassem dentro da quadra. Seus sonhos tomam forma.
Os jogadores assumem personagens. Alguns são meninos, alguns são gigantes, alguns são idosos e todos são ilustres.
Temos os meninos, agitados, joviais e de energia infinita.
Temos os guerreiros que parecem estar com suas armaduras e prestes a eliminar seus oponentes.
Temos os assassinos, aqueles cujas pernas e braços são capazes de derrubar e quebrar um time inteiro.
Temos os velhos marujos velejando suavemente próximo ao gol. Quem sabe uma brisa amiga leva a bola para dentro?
Temos também o agente secreto. Mal se sabe para qual time ele está jogando. Seus movimentos são discretos e sorrateiros e quase nunca se aproxima do gol.
São tantos personagens! Todos divertidos, sem exceção!
Observando atentamente uma pelada dá para entender o valor emocional do jogo. Dá para entender porque o meu marido é tão louco por futebol!
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