A História é a história da luta de classes, sendo dela indissociáveis lutas específicas que são estratégias de oposição à variadas formas de opressão como as lutas antiimperialista, anti-racista e anti-racialista. Com exceção da última, que é do início deste século, os demais são ensinamentos dos filósofos alemães Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895) e dos revolucionários russos Vladimir Ulianov o ‘Lênin' (1870-1924) e Leon Trotsky (1879-1940). Já a luta anti-racista é ensinamento do maior herói negro mundial o mártir da consciência negra o autor da célebre frase "Racismo e capitalismo são os dois lados de uma mesma moeda" o sindicalista e líder socialista sul-africano Stephen-Steve Bantu Biko (1946-1977).
Por sua vez, o conceito de luta anti-racialista, ou seja, da luta contra a ideologia e ou crença fundamentalista da existência de ‘raças' entre os seres da espécie humana foi desenvolvido para combater tal ideologia e ou crença, o racialismo, erigido do denominado Plano Durban isto é, do evento realizado em 2001 na cidade de Durban na África do Sul, bancado a peso de ouro pela Organização das Nações Unidas (ONU) a III Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação ‘Racial', Xenofobia e Intolerâncias Correlatas. Realizado durante cinco dias, em tal suntuoso evento participaram numerosas delegações predominantemente dos movimentos negros de inúmeros países como o Brasil.
Assim, de tal evento erigiu a política multilateral estrategicamente patrocinada pela ONU intitulada Plano Durban, que consiste em executar políticas entre diversas nações, instituições ou mesmo pessoas (daí chamar-se multilateral) que funcionem como freio ou dispersão da luta de classes. Haja vista, o significado lapidar da frase do maior herói negro mundial o mártir internacional da consciência negra Stephen-Steve Bantu Biko "Racismo e capitalismo são os dois lados de uma mesma moeda". Para tanto, o Plano Durban tem como gênero de política multilateral a doutrina do jurisfilósofo estadunidense John Ralws intitulada ações afirmativas e como espécie leis ‘raciais'como a de cotas para negros e indígenas.
Daí não ser surpresa a ONU ter sido convertida como uma das instituições multilaterais co-patrocinadoras do Fórum Social Mundial (FSM). Afinal, este evento foi criado como a nova governança mundial, isto é, a junção de exploradores e explorados, opressores e oprimidos na busca de suposta (impossível) humanização do capitalismo. Ou seja, um contraponto (caô) ao assumido evento oficial dos banqueiros, capitalistas e imperialistas (consequentemente racistas) o Fórum Econômico Mundial que se realiza anualmente em Davos na Suíça. Tanto é assim, que a ONU não se fez de rogada, dez anos depois do Plano Durban definiu 2011 como o ano alusivo aos afro-descendentes. Não por mera coincidência, o FSM deste ano foi realizado em Dacar, Senegal.
Desde o massacre de negros em 21/03/1960 na África do Sul durante a Lei Apartheid (1948-1994) a ONU instituiu a data de 21 de Março como Dia Internacional para Eliminação da Discriminação ‘Racial'. Mas, é submissa ao imperialismo dos EUA e de alguns países europeus, estando por trás de genocídios que ocorrem em diferentes países e regiões do continente africano - sem falar na farsante Missão de ‘Paz' para Estabilização do Haiti (MINUSTAH) imposta a partir de 2004. Isto é, a ONU impõe a ocupação militar do país por tropas internacionais, que são comandadas pela brasileira. Nós do Movimento Negro Socialista (MNS) saudamos as revoluções em andamento em alguns países do norte da África e do Oriente Médio.
Em outras palavras, não será o XI Fórum Social Mundial realizado do dia seis ao dia 11 do corrente em Dacar, no Senegal, sob a propaganda vazia "Outra África é possível" nem a visita ao Brasil do presidente estadunidense Barack Obama nos dias 19 e 20 de março próximos (os dois assuntos serão analisados em um próximo texto) sob a égide da falaciosa política multilateral da ONU quando apelidou 2011 como o ano alusivo aos afro-descendentes, que deixaríamos de apresentar as reivindicações de liberdade para o jornalista e militante negro e anti-racista estadunidense Mumia Abul Jamal, fim da ocupação militar do Haiti com o consequente e imediato retorno das tropas a começar pela brasileira que as comandam além da liberdade e pleno direito de votar e ser votado ao ex-presidente Jean Bertrand Aristides. Por fim propugnamos a autodeterminação dos povos haitianos e dos países do continente africano através de um tribunal mundial autônomo para julgar os crimes de lesa humanidade que ali ocorrem.
*jornalista - é militante do MNS no qual integra a coordenação nacional.



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