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Esta introdução da música “O Bêbado e a Equilibrista”, de João Bosco e Aldir Blanc, fazia referência ao desabamento do viaduto da Av. Paulo de Frontin, no Rio Comprido/RJ, em 1971. Essa obra estava no mesmo estágio (quase pronta) do viaduto que desabou recentemente em Belo Horizonte. A primeira gerou música, a segunda gerou matérias absurdas associando o acidente com a organização da Copa, numa tentativa de atingir a imagem do governo Dilma.

Viadutos e pontes, como de resto toda obra, não deveriam desabar naturalmente, e sim devido a influências externas, como furacões, terremotos, tsunamis e que tais. Para evitar desabamentos naturais, os projetos consideram uma série de esforços estáticos e mecânicos sobre as estruturas e atribuem coeficientes de segurança suficientes para impedir a fadiga e ruptura dos materiais componentes, num dado período de tempo.

Em geral, não há erro de projeto. Não havia mesmo na época em que eram feitos utilizando-se réguas de cálculo e a “facitinha” manual. Com a tecnologia atual, então, é quase impossível erro de projeto.

Mas sempre pode haver um ou mais erros de execução do projeto. O Brasil é um dos países que mais executa obras como viadutos e pontes com alta qualidade e segurança. Na verdade, são raros os casos de desabamento. 

O último, que me lembro, foi o de três vigas gigante em viaduto do Rodoanel de São Paulo, durante o governo Serra (13/11/2009). Anteriormente, ainda em São Paulo, houve o desmoronamento de obra da estação Pinheiros do Metrô com sete mortes, no início do governo Serra (12/01/2007).

Entretanto, é importante observar como a imprensa tratou os dois acidentes de São Paulo e o de Belo Horizonte.

Os de São Paulo foram tratados sem correlacionar o acidente com a gestão de Serra ou de Alckmin. Responsabilidades somente das empresas e, eventualmente, dos fiscais. 

No caso recente, de Belo Horizonte, os principais jornais estamparam manchetes sensacionalistas como: “Obra inacabada da Copa desaba e mata 1 em BH” (Folha); “Viaduto de obra da Copa desaba e mata 2 em BH”(Globo); e “Viaduto planejado para a Copa cai e mata 2” (Estadão).

Corrigindo;

Não era obra inacabada e sim em fase de conclusão;

Não era obra planejada para funcionar durante a Copa e sim legado de mobilidade urbana, devido à Copa!

Os erros cometidos nas matérias tentam passar uma idéia de que o governo federal, o mais associado às obras relacionadas à Copa pela própria imprensa, não foi competente para concluir as obras com as quais se comprometeu para a realização do evento.

Só depois de esclarecimentos do governo federal e da própria Prefeitura de BH, quanto as diferentes responsabilidades de cada um, a imprensa passou a tratar o assunto da forma correta: cobrar a responsabilidade e as ações reparadoras da prefeitura, cujo prefeito é aliado do candidato tucano Aécio Neves.

(*) José Augusto Valente – especialista em logística e infraestrutura

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