Guerras e energia marcaram o último século de vida da humanidade. Fizeram-se guerras para se obter acesso a fontes de energia e, para se fazerem guerras, tem sido essencial o emprego de energia.
    A atual ocupação do Iraque, o isolamento do Irã e da Líbia e a invasão do Kuwait pelo Iraque são exemplos bastante recentes de conflitos bélicos motivados pelo acesso a fontes de energia. São também exemplos de conflitos bélicos potenciais as dezenas de instalações militares dos Estados Unidos no Oriente Médio - como antes eram as dos britânicos e franceses - berço de cerca de 75% de todo o petróleo conhecido no planeta.
    Por outro lado, não se fazem guerras sem que se disponha de fontes seguras de energia. Requer energia o transporte e a movimentação de tropas, assim como requer energia o lançamento e o curso de mísseis transportadores de cargas mortíferas de explosivos.
    O bombardeiro norte-americano B-29 - apelidado “Enola Gay em homenagem à mãe do piloto da missão - que lançou o artefato nuclear , apelidado “Little Boy”, sobre populações civis em Hiroshima,  em 6 de agosto de 1945, era movido a querosene, derivado de petróleo.
    Também o míssil balístico de teste, lançado pela Coréia do Norte, no ano passado, sobre o Mar do Japão, foi movido a combustível gerador de energia.
    Fica evidente a estreita relação entre energia e guerra. Energia para fazer a guerra e guerra para destruir com energia
    Dentro deste mesmo tema é notícia atualmente um pretenso recuo da Coréia do Norte em seu programa nuclear, também pretensamente tido como tendo sido concebido para uso pacífico. A palavra “pretenso” é aqui empregada dado que nossas fontes de informação são a grande mídia, cada vez mais ocupada em nos informar apenas sobre aquilo que ao “sistema” interessa ou em nos distrair dos temas essenciais.
    Dizem os jornalões e as mega-redes de TV que, após negociações entre norte-americanos e norte-coreanos, estes, após consulta a seu governo, concordaram em paralisar seu programa nuclear, tido como “pacífico”, sem qualquer contrapartida norte-americana.
    Nem em contos da Carochinha tal enredo seria plausível. Todavia, é isto que nos contam os órgãos de informação lidos por quase 7 bilhões de almas humanas.
    A produção de armas nucleares é apenas mais uma etapa do processo de geração de energia a partir de reatores nucleares. O uso de energia nuclear, mesmo para uso pacífico, traz consigo uma série de inconvenientes, riscos para a saúde humana e para o meio ambiente. Sendo uma etapa adicional, ela é opcional. Todos os países do chamado G-8 dispõem de arsenais nucleares ou tecnologia para fazê-lo. Somados a estes, temos a Índia, o Paquistão e a China. Também a energia gerada a partir do petróleo tem seus inconvenientes para a saúde humana e para o meio ambiente. No entanto, só a energia nuclear foi satanizada e monopolizada pelas grandes potências.
    Em vista desse quadro, países de menor expressão bélica, mas seriamente ameaçados por interesses externos e vizinhos, buscaram armar-se preventivamente, como estão armados os membros do G-8. Num mundo marcado pelas agressões é apenas previsível que o Irã, a Coréia do Norte e outros países da periferia do “sistema” queiram ter poder de dissuasão ante seus potenciais agressores. Esta iniciativa trouxe-lhes, porém, sérios percalços. Forma enquadrados como apoiadores do terrorismo e como integrantes do “Eixo do Mal”. Como resultado, sofrem bloqueio econômico, financeiro e humanitário.
    Esses dados, infelizmente não circulam livremente. Circulam cercados de informações deturpadas, parciais e míopes. Circulam em meio a tantos outros assuntos de menor importância para terem sua importância reduzida.
Pobre de quem pensa que está se informando ao ler jornais. 

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