O CITIGROUP controla um dos maiores bancos privados do mundo, o CITY BANK durante anos o maior credor da dívida externa brasileira. A ajuda do governo Bush, com aval do presidente eleito Barak Hussein Obama, ao grupo não foi novidade e nem seria crível imaginar que um dos acionistas do Banco Central dos Estados Unidos (FED), que é um banco privado, fosse ficar na mão em meio a uma crise gerada pelo próprio modelo econômico em cima da ganância e da extorsão.

Qualquer colombiano que esteja em prisões nos Estados Unidos por tráfico de drogas, Abadia por exemplo, extraditado do Brasil, é pé de chinelo se comparado com as quadrilhas que formam o complexo industrial, militar e financeiro que suporta os EUA e exporta o modelo para o resto do mundo. Quando um tresloucado como George Bush diz que a crise é mundial e todos precisam participar do processo de ajuda às "instituições em vias de falência", está mais que tentando dividir a conta, está impondo a países e seres humanos privações inomináveis, imagine a África diante de uma fome sem tamanho e mergulhada em conflitos financiados pelos donos do mundo.

O ministro da Fazenda do governo brasileiro, Guido Mantega elogiou a estratégia do governo norte-americano. 20 bilhões de dólares diretamente injetados no CITIGROUP e garantia de 306 bilhões de dólares para ativos de risco.

As grandes casas bancárias nos Estados Unidos estão comprando imóveis tomados a clientes inadimplentes com deságio de 70% em relação ao valor original e o governo já está liberando recursos para ativar o crédito pessoal de um jeito tal que possam vendê-las, novamente, começando tudo de novo e lucrando cada vez mais. Mas pelo valor dito real.

No Brasil Lula injetou 13 bilhões no Banco Votorantin do grande benfeitor da humanidade Antônio Ermírio de Moraes, gerador de "progresso" e de graça, pois tão somente comprou 49% das ações do banco. Significa que o governo é sócio, entrou com o dinheiro, mas Ermírio faz o que acha que deve fazer.

Desmatar o Espírito Santo, por exemplo, matar quilombolas através de pistoleiros contratados. Coisas assim, tipo os latifundiários madeireiros que se rebelaram contra os fiscais do IBAMA. Foram pegos com a boca na botija roubando madeira em terras indígenas, desmatando áreas ilegais e vendendo com notas frias. Espantoso que o general Augusto Heleno, comandante militar da Amazônia não tenha culpado os índios e falado em ameaça a segurança nacional.

Dia 26 o stf (antiga corte de justiça, hoje departamento das empresas de Daniel Dantas) recomeça o julgamento da questão Raposa Reserva do Sol. 

O deputado Rui Falcão revela uma história interessante sobre o "patriotismo" e o "nacionalismo" de nossas elites empreendedoras. O tal empreendedorismo, subproduto da cultura colonizada dessas elites e vendido ao cidadão comum via mídia.

Num artigo com o título "soberania tecnológica às avessas", o deputado relata o "empreendedorismo" do predador Ermírio de Moraes. As empresas brasileiras ALELLIX e CANAVIALIS foram compradas pela MONSANTO, dona do Rio Grande do Sul, do Mato Grosso e partes de vários outros estados brasileiros na matéria transgênicos.

As duas empresas pertenciam à VOTORANTIN NOVOS NEGÓCIOS e foram criadas em 2002. Estavam associadas à pesquisa pública e recebiam "forte subvenção por parte do Estado na forma de investimento a fundo perdido". Isso, por se tratarem de empresas brasileiras voltadas "para a pesquisa de interesse estratégico nacional". Só nos últimos anos, revelação do ministro da Ciência e Tecnologia, foram aprovados créditos de 49,4 milhões de reais para pesquisas nas duas empresas, "dos quais 6,4 milhões já foram desembolsados".

Segundo o ministro Sérgio Resende "são duas empresas que receberam investimento do governo e, justo quando esses investimentos amadureciam, foram vendidas por um preço módico, cerca de 290 milhões de dólares".  As declarações do ministro foram feitas ao jornal ESTADO DE SÃO PAULO (ainda se refere a Brasília como capital do império e acredita que um d. Pedro, terceiro ou quarto, seja o imperador).

Essas empresas eram vistas como ícones "de uma bem sucedida política de Estado que visa incentivar a pesquisa em Ciência e Tecnologia dentro das empresas brasileiras e fomentar o espírito empreendedor entre os cientistas da Academia". Declarações do físico Joelmo Oliveira, diretor de Políticas de Ciência e Tecnologia do Sindicato dos Pesquisadores de São Paulo e colaborador do Grupo de Análises de Políticas de Inovação (GAPI – UNICAMP). O professor foi enfático: "é em momentos como esse que vem á tona a importância das unidades públicas de pesquisa; são elas que de fato garantem a apropriação nacional do conhecimento tecnológico desenvolvido a partir de investimentos públicos".

As duas empresas tinham sede em Campinas, foram criadas por pesquisadores acadêmicos e foram as primeiras a participar dos projetos de genômica no País, todos com recursos públicos. Obtiveram o primeiro sequenciamento genético de um organismo vivo no Brasil, em 1999, "anunciado como o maior feito científico brasileiro dos últimos tempos".  A finalização do mapeamento genético da Xylella fastidiosa, a bactéria causadora da praga conhecida como "amarelinho" que ataca os laranjais paulistas. O projeto custou aos cofres públicos 13 milhões, parte do governo federal, parte da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

Daí surgiu uma empresa formada por professores e pesquisadores brasileiros e um deles, já diretor da VOTORANTIN, do benfeitor Ermírio de Moraes, sugeriu a entrada do grupo no "negócio." Das duas empresas, a CANAVIALIS foi criada para melhorar as variedades da cana-de-açúcar, a partir de "técnicas oriundas do sequenciamento genético da cana", o que não implicava em alterações genéticas.

Pois é. Interessados em tecnologias brasileiras na produção do álcool de cana-de-açúcar em grande escala e em variedades transgênicas da cana que possam ser adaptadas às condições climáticas nos EUA, A MONSANTO, parceira do governo Lula no milagre das exportações que vão secando, entrou em processo de "parceria" com a VOTORANTIN e agora as tecnologias geradas a partir de pesquisadores brasileiros serão compradas pelo Brasil na dependência tecnológica do "empreendedor nacionalista" Ermírio de Moraes, que vendeu o trem todo.

E dizem que Calabar foi traidor. Ermírio é patriota e amigo do general Augusto Heleno.

"o 'maior feito científico brasileiro dos últimos tempos', que provavelmente se tornaria também o mais lucrativo negócio do século XXI, já não é brasileiro." Constatação do físico Joelmo de Oliveira.

O tal investimento estrangeiro que o JORNAL NACIONAL mostra como sinal de "pujança" do Brasil, vendendo a idéia que somos os maiorais.

"A desnacionalização, como ocorreu no caso da Alellyx e da CanaVialis, tende ainda a acarretar, num contexto mais amplo, a transferência para o exterior dos centros de decisão da atividade econômica, do investimento, da alocação de recursos em geral e da P&D em especial  – e, na sua extensão, dos centros de decisão política. Essa transferência afeta a capacidade do Estado de cumprir com suas funções referentes ao desenvolvimento, à defesa e à soberania nacionais e amplia, portanto, o hiato entre o país periférico e os países avançados, numa espiral perversa e recorrente. Há quem acredite que, em princípio, as forças de mercado poderiam também cumprir com essas funções."

Está lá o obvio no artigo de Rui Falcão. E a coragem evidente de denunciar essa apropriação de tecnologias nacionais, vendida por empresários saudados como grandes benfeitores e usuários do dinheiro público, nos trambiques costumeiros e corriqueiros das nossas elites FIESP/DASLU.   

Acredito que eles imaginem que no caso de qualquer problema com respeito à soberania nacional e a integridade do território brasileiro, o general Heleno, ou o general Elito (comandante militar do Sul e que ameaçou invadir o Paraguai), sairão em defesa dos nossos interesses. Só que os "nossos interesses" no caso desses devotados "patriotas", os mesmo que querem cobrar do governo do Equador silêncio diante das mutretas do Norberto Odebrecht, mutretas lá e cá que o presidente Corrêa denuncia defendendo seu país e seu povo, são os interesses dos donos, os de Washington.

Já Lula... Vai brincando de presidente dos pobres, enquanto enche as burras dos bancos. E do filho, nos "negócios" em parceria com as empresas de Daniel Dantas. 

O dinheiro colocado à disposição do CITIGROUP em termos de reais significa algo em torno de 750 bilhões de reais e o governo de Bush, sempre com a concordância de Obama, já anuncia um pacote de mais 500 bilhões para outros "pobres" banqueiros. Isso elevaria a "ajuda" a esses "necessitados" a algo perto de dois trilhões e duzentos bilhões de reais. 

Uma quentinha, comum, dessas de um restaurante popular custa algo em torno de 4 reais. O valor dado ao CITI representa 550 bilhões de quentinhas. Como a população do planeta anda em torno de 7 bilhões de pessoas, vale dizer que durante em quase 40 dias seria possível alimentar todas as pessoas com duas refeições diárias que incluiriam carne, as quentinhas trazem carne, inclusive aí banqueiros, empresários, latifundiários, Ermírio de Moraes, Heleno, Elito, etc, etc. Se for para alimentar só os que têm fome, daria para erradicar a fome no mundo com políticas adequadas e responsáveis para isso.

Mas o CITI é o CITI, um dos principais santos do deus mercado. E Ermírio é gerador de "progresso". E a MONSANTO é uma das sócias do conglomerado BRASIL S/A. Só falta o castelo de Ustra Drácula Brilhante para completar o "ciclo patriótico".

Pensar que nessas horas natalinas um pão de nozes e uma garrafa de cidra faz o Natal do Pastinha na modesta corrupção foto montada do trambiqueiro de esquina, aquele negócio de caixinha de fim de ano. Putz e um torneio de sinuca para abrilhantar o "trabalho" de cada dia. Chega a ser "santo". Santo com cheiro de chiqueiro, mas chega a ser.  
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