O discurso do presidente Hugo Chávez alertando os venezuelanos para o risco de uma guerra com os Estados Unidos a partir das bases militares norte-americanas na colônia chamada Colômbia se justifica pelo conteúdo dos documentos do Pentágono (Departamento de Defesa dos EUA) que explicam as sete bases militares naquela região do seu território como forma de intimidar o governo bolivariano.

O que primeiro salta aos olhos nesse processo de militarização da Colômbia é a forma como os EUA encaram, continuam a encarar, a América Latina, neste caso especificamente a América do Sul
 
Como quintal de seus interesses e não existe a menor diferença entre o modo de pensar de George Bush e o atual presidente Barack Obama. O que finge ser negro.
 
Há alguns anos atrás a grande luta dos atores e atrizes negros era o de conseguir papéis de personagens negros no cinema, ou nas novelas de televisão, principalmente as da GLOBO. Mais que isso inclusive, a negros costumavam ser reservados os papéis de empregados domésticos, de pobres, de marginais.
 
Sebastião Prata, o Grande Otelo, chegou a denunciar que os grandes produtores de cinema e diretores de tevê preferiam brancos engraxados de graxa preta como se negros fossem, a contratar negros e que ele, mesmo sendo um privilegiado diante do quadro, muitas vezes fora discriminado.
 
Obama é um desses brancos engraxados de graxa preta. Lustrado e polido.
 
A Colômbia é uma região colonizada, ocupada militarmente por norte-americanos, com a cumplicidade de suas elites (elites são apátridas) e sustenta-se no tráfico de drogas a partir do governador geral, Álvaro Uribe, chamado eufemisticamente de presidente.
 
E esse é um detalhe. Na ótica cínica e despudorada do imperialismo norte-americano o tráfico de drogas oficial é o menor problema. O maior é a mania de países como a Venezuela, o Equador, a Bolívia e ao sul o Paraguai, não aceitarem carregar as malas dos senhores, lustrarem seus sapatos e jogar o jogo dos seus interesses.
 
Para Washington e a Cervejaria Casa Branca esta parte do mundo continua sendo uma espécie de latrina.
 
O acordo de Honduras é um exemplo clássico dessa postura terrorista/imperialista dos EUA. Acordaram o que? A situação continua grave, o povo continua exigindo a volta do presidente deposto por militares comandados por norte-americanos (a maior parte das forças armadas latinas são subordinadas a Washington, o nacionalismo desses militares historicamente presta obediência a Washington), os golpistas continuam golpeando Honduras.
 
A “oposição” dos EUA ao golpe é pura farsa. Para inglês ver.
 
É comum em brigas de turmas, de jovens, traçar-se uma linha no chão e fica decidido que “quem for homem tem ultrapassar a linha”. Depois o clássico “quem começou foi ele”.
 
No Iraque o pretexto foram armas químicas e biológicas que nunca foram descobertas, mas permitiu as empresas dos EUA de tomar conta do petróleo iraquiano.
 
No Afeganistão o combate ao terrorismo, mas um bombardeio numa vila afegã matou mais de cento e vinte civis e foi só um erro de cálculo do piloto. Obama pretende mandar mais quarenta mil homens para restaurar a “democracia” no país, ainda mais depois de uma eleição reconhecidamente fraudada. Os próprios EUA preferiram, publicamente, não dar palpites sobre a fraude.
 
São inúmeros os exemplos de guerras começadas com pretextos falsos para justificar conquistas territoriais e de riquezas em outros países. As cruzadas foram assim. Para libertar Jerusalém de infiéis, os cristãos tomaram conta de imensas rotas comerciais, de riquezas de países da região.
 
Hitler invadiu a Áustria invocando razões históricas, assim como Israel faz em relação à Palestina. A boçalidade em sua forma absoluta.
 
O fracasso das negociações para a implantação da ALCA (ALIANÇA DE LIVRE COMÉRCIO DAS AMÉRICAS), arremate do processo de ocupação e controle da América Latina, levou os EUA a buscar acordos bi-laterais de livre comércio e a hostilizar governos eleitos como os da Venezuela, do Equador, da Bolívia e do Paraguai (América do Sul e Nicarágua, El Salvador, além de Cuba (América Central) e desfechar o golpe contra Zelaya em Honduras na guinada do presidente deposto para tornar seu país independente.
 
As bases militares na colônia colombiana são instrumentos de ameaça, de intimidação e de ação contra povos latinos que não aceitam o tacão nazista de Washington. O tráfico é detalhe que não interessa nisso aí. É só, como no caso das armas químicas e biológicas que não existiam no Iraque, acusar as FARCs e o ELN (guerrilhas, movimentos insurgentes, exércitos populares) e fazer com que as GLOBOS do mundo veiculem a mentira. Existem e são pagas para isso.
 
Esse tipo de ação terrorista, calcada na mentira, é viva no Brasil em relação ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra. É preciso criminalizar o movimento, transformá-la em grupo “terrorista” para manter o controle da agricultura através do latifúndio corrupto e venal capitaneado por gente como a senadora Kátia Abreu.
 
Onde podem comprar governos, funcionários de governos, senadores, deputados, compram. Onde não conseguem surgem com a ameaça militar.
 
As acusações que ligam o governador geral da Colômbia Álvaro Uribe ao narcotráfico não surgiram nem das FARCs e nem da oposição. Surgiram do Departamento de Combate às Drogas, setor do governo dos EUA e no governo Bush. Foram deixadas de lado, pois Uribe é “aliado”.
 
Os documentos e fotos que ligam Uribe ao tráfico não foram veiculados pela mídia latino-americana, mas pela mídia dos EUA. A chamada grande mídia na América Latina é controlada por Washington e Wall Street, principalmente a brasileira. Não noticia esse tipo de fato de maneira alguma, pois como disse William Bonner a um grupo de estudantes e professores de jornalismo “essa notícia contraria nossos amigos americanos”. Referia-se a uma decisão de Chávez.
 
A guerra na América do Sul é uma realidade que está batendo às nossas portas e o Brasil tem papel de suma importância nesse processo de avanço do capitalismo através dos EUA nessa parte do mundo.
 
Ou reagimos, ou viramos o gigante bobo, dominado e controlado por gente de fora, como aconteceu durante o período da ditadura militar. O próprio golpe foi montado por Washington e generais dos EUA.
 
Têm o controle das principais entidades empresariais do país, em todos os setores, de parte das forças armadas e compram a rodo deputados e senadores, a tal bancada ruralista é um exemplo.
 
A Colômbia não é só ameaça a Venezuela, a Bolívia ou ao Equador diretamente e ao Paraguai em ações de golpe contra governos legítimos. A Colômbia como colônia é inaceitável e ameaça a todos os países latino-americanos, principalmente a jóia dessa coroa, o Brasil. Agem aqui através de organizações chamadas partidos políticos (PSDB, DEM, PPS e outros menos votados).
 
Querem o pré-sal, querem a água do Aqüífero Guarani e querem a Amazônia.
 
O discurso do presidente Chávez alertando seu povo para os riscos de uma guerra é apenas a constatação da realidade.
 
Quem atacou território do Equador não foi Chávez, ano passado, foram forças colombianas, amparadas por “conselheiros” norte-americanos e militares equatorianos a soldo de Washington. 
 
Todos, a menos que queiramos abrir mão de nossa liberdade, de nossa soberania, da integridade do território brasileiro devemos nos preparar para essa ofensiva dos EUA que é constante, permanente e é aguda nesse momento.
 
Norte-americanos em si e por si são bárbaros e cruéis. É só olhar o dia a dia do império.
 
Tanto escorre molho da rede Mcdonalds pelos cantos da boca, como sangue de massacres e massacres na insânia de um povo sem limites em sua presunção de superioridade que, na prática, é a exploração sistemática dos impérios em todos os tempos de povos mais fracos econômica e militarmente.
 
Ou entendemos isso, ou o inglês vira a língua oficial desse canto e desse País.
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