Para a secretária de Estado do governo dos EUA ameaça à “estabilidade mundial” é o que ameaça o seu país. Típico conceito de império. A melhor forma de você justificar um ato de violência é ter um pretexto. O “ataque” a um avião da companhia DELTA, que fazia o vôo Amsterdã/Detroit é o pretexto ideal para novas ações dos norte-americanos no Oriente Médio, envio de mais tropas ao Afeganistão (onde estão comendo uma poeira semelhante a que comeram no Vietnã) e toda uma série de “medidas de segurança” que, na prática, criam as condições objetivas para qualquer insanidade tipo armas químicas e biológicas de Saddam Hussein, as tais que nunca existiram.

O cidadão nigeriano que soltou fogos de artifício (informação do FBI logo recolhida para não estragar o pretexto, ataque da Al Qaeda), além de perturbado mentalmente, estava embriagado. A ação foi isolada, não tem nada a ver com a organização de Osama bin Laden.
 
Seria ridículo e chamar a todas as pessoas no mundo de idiotas, deve ser receituário de William Bonner (o Homer Simpson), imaginar que depois de ter destruído as duas torres gêmeas, World Trade Center, numa operação de envergadura militar extraordinária, comandar a resistência no Afeganistão e manter intocados os seus principais líderes, a Al Qaeda fosse tentar derrubar um avião às vésperas das festas de fim de ano para marcar a data. Um eventual ataque aos EUA teria outro peso.
 
O xis da questão é o nó que Barack Obama não está conseguindo desatar na Cervejaria Casa Branca e a necessidade de ações brutais e violentas mundo afora, para, entre outras coisas, mostrar aos cidadãos de seu país, que os EUA são invulneráveis e senhores absolutos do mundo. Manter intacto o modelo escravagista que chamam de livre concorrência, capitalismo, neoliberalismo, todos sinônimos de barbárie.
 
Como sempre, o aval, o apoio das colônias européias, Grã Bretanha, Alemanha e outros menores.
 
O número de mortes em Honduras desde o golpe militar de junho que derrubou o presidente constitucional do país Manoel Zelaya em função de interesses de empresas dos EUA não preocupa a secretária de Estado. Desde o primeiro momento sua posição foi de tentar conciliar as partes mantendo e preservando os golpistas.
 
A farsa de um acordo que não se consumou para a volta de Zelaya ao poder da mesma forma foi deixada de lado, o que já se sabia, era farsa, jogo de cena e isso não incomoda a secretária de Estado.
 
O fato de aviões norte-americanos bombardearem regiões do Afeganistão e matar civis, numa só feita, num erro como dizem, 128 pessoas numa cerimônia de casamento (o piloto supôs ser uma aglomeração de “terroristas”) se resolve com um cínico pedido de desculpas e o argumento que isso acontece em ações como as que são levadas a efeito naquele país para “preservar” a paz, a democracia.
 
A inexistência de armas químicas e biológicas no Iraque e que justificou uma invasão daquele país, milhares de mortos, destruição por todos os lados, garantiu o único objetivo real. O petróleo iraquiano para as empresas norte-americanas e britânicas. Isso também não preocupou a secretária, á época senadora e que votou a favor da invasão.
 
Os exercícios diários de tiro ao alvo a palestinos por terroristas de Israel em Gaza e na Cisjordânia, o muro que consolida roubo de terras e água palestinas por Israel, os estupros de palestinas por soldados e colonos israelenses, nada disso afeta a tranqüilidade da secretária, nem de longe a tal “estabilidade mundial”.
 
A prisão de um pacifista como Jamal Juma por forças terroristas de Israel, condenada em todo o mundo pelo seu caráter hediondo, brutal, estúpido, típico da ação nazi/sionista, dona Hilary nem faz idéia disso, está preocupada com um bêbado e perturbado mentalmente que cismou de soltar fogos de artifício dentro de um avião e ainda que quisesse derrubá-lo, claro colocou em risco,  mas essencialmente vincular o maluco à Al Qaeda, pois é preciso justificar a próxima boçalidade como defesa da “estabilidade mundial”, da paz, da democracia e por baixo dos panos, garantir os negócios.
 
Eu não sinto pena da senhora que na tarde de segunda-feira se aproximou de mim e pediu dois reais. Queria ir para os Estados Unidos, me disse ser a noiva de Obama, que o noivado fora terminado e ele agora quer retomá-lo.
 
Senti a felicidade da loucura nos seus olhos. Guarda até uma semelhança na aparência e no vestir com a notável Ella Fitzgerald. 
 
E por que felicidade da loucura em seus olhos? Ora, vive num mundo onde não existe Hilary Clinton e nem cínicos confessos como Tony Blair (confessou no final do ano a farsa das armas químicas e biológicas). Numa certa medida e até um certo ponto está imune a REDE GLOBO, mesmo falando no JORNAL NACIONAL, no FANTÁSTICO, no FAUSTÃO e mostrando pudor (até os loucos têm) em aparecer no Big Brother.
 
Não há figuras desprezíveis carregando pastinhas imundas e nem olhares de solidão do mundo repleto de vazios e mentiras da ordem instituída. Há o brilho do olhar pleno de quem encontrou o sentido, o amor, na loucura.
 
Trágico, mas real.   
 
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