Hosni Mubarak é uma espécie de Id Amin Dada com toques ocidentais. Tirânico, corrupto, consegue comer com garfo e faca. Faz parte do grupo de governantes árabes aliados dos EUA e de Israel.

O Egito é o maior fornecedor de petróleo a Israel (no governo de Israel não há ninguém que se assemelhe a Id Amin, só a Hitler), mesmo não sendo um grande produtor de petróleo, ou detentor de reservas expressivas.

Esse acordo foi e é o preço pago pela devolução do canal de Suez e do Sinai perdidos em guerras fracassadas contra Israel. Mubarak, nas duas guerras, a dos Seis Dias e a do Yom Kyppur era um dos comandantes da força aérea. Em ambas os aviões egípcios não saíram do chão. Foram abatidos em terra.

Seu arsenal se equivale ao de Israel exceto pela inexistência de armas nucleares. Tel Aviv as tem de sobra. Nos tempos do apartheid na África do Sul chegou a oferecer algumas por empréstimo ao governo branco para eliminar grupos negros.

O governo de Mubarak em acordo com os serviços secretos de Israel perseguiu, prendeu, torturou e assassinou palestinos. A submissão é absoluta.

O aval em todas essas operações sempre foi dos Estados Unidos.

A forma como os norte-americanos estão lidando com a crise no mais importante aliado árabe no Oriente Médio, cheios de dedos, é exatamente pelo temor de uma revolta popular mais ampla e que resulte num governo islâmico.

Um fato assim repercutiria em países vizinhos e aliados como a Jordânia, a Arábia Saudita e o desastre para norte-americanos e israelenses é inimaginável. Toda a alquimia montada por Washington para controlar a região - o petróleo - iria por água abaixo.

Uma situação dessas certamente terminaria em guerra. Cada vez mergulhado em uma crise para a qual não encontra saída, os Estados Unidos agem como criminoso cercado pela polícia e sem chances de sobrevivência. Vale-se de seu arsenal para intimidar, coagir e manter o que chamam de "ordem democrática".

Não consegue fazê-lo em sua própria casa, cada vez mais um conglomerado doentio e brutal.

O ditador anunciou que não vai concorrer à reeleição em setembro. A oposição acha que isso não adianta nada. Quer ganha tempo e buscar formas de assegurar mais um mandato. Mubarak tem 82 anos e governa o Egito há trinta anos, desde a morte de Anwar Sadat.

Desde segunda-feira milhões de cidadãos egípcios estão nas ruas, o país está praticamente parado e exigindo a saída do ditador.

As forças armadas anunciaram que não irão reprimir manifestações pacíficas, mas isso não significa que a uma ordem de Washington o país não possa mergulhar numa guerra civil. Há militares saudosos do nacionalismo de Gamal Abdel Nasser e que aceitam a tutela norte-americana.

É crise para metro como dizem em Minas. Qualquer que seja a solução ela terá que desembocar em eleições livres com a presença de partidos islâmicos, do contrário banhos de sangue serão inevitáveis.

O Egito começa a viver o pesadelo de ter um governo voltado para uma direção e seu povo desejoso de outra.

Por sua importância os protestos começam a atingir a Jordânia (já foi reformulado o gabinete), ameaçam a Arábia Saudita, assustam Israel e neste momento o Irã deixa de ser o "problema" do conglomerado terrorista EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A para emergir como a grande potência da região.

Se não conseguir uma daquelas mágicas montadas em Hollywood Barack Hussein Obama pode dar adeus à reeleição. Se já está difícil ficará impossível.

Deve ter sido por esse motivo que convocou Tony Blair, um dos mais importantes funcionários norte-americanos no Reino Unido (colônia européia do conglomerado) para tentar salvar os dedos entregando os anéis.

Blair é especialista em mágicas. À época da guerra do Iraque, nos momentos que a precederam, disse pomposo em rede de tevê para quase todo o mundo praticamente, que era necessário derrubar Saddam para "evitar que armas químicas e biológicas de destruição em massa sejam usadas contra a humanidade".

Ao que se sabe essas armas são intrínsecas aos norte-americanos e seus aliados israelenses. Fazem parte da natureza nazi/sionista do conglomerado.

Fazem parte da natureza terrorista dos dois países.

Vai ser difícil a Mubarack, sem um banho de sangue, permanecer no poder.

Acabou e o ditador não é útil mais a seus patrões. Deve começar a olhar prospectos de refúgios para tiranos. O que tem em bancos no exterior lhe garante uma aposentadoria e um harém dignos de um sultão.

 

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