Hugo Chávez é o presidente reeleito da Venezuela e lhe cabe o direito de tomar posse de seu novo mandato em qualquer data do mês de janeiro. Chaves recupera-se uma cirurgia delicada (um tumor na pélvis, acrescido de complicações pós operatórias, dificuldades no processo respiratório) em Havana.

A Constituição venezuelana, produto de uma Assembléia Nacional Constituinte e referendada pelo povo em votação livre e democrática assim o estabelece.

É, no mínimo, desonesto o comportamento da mídia brasileira e dos países onde é controlada por grupos estrangeiros (é o caso do nosso desde FHC, isso de forma explícita). Fomentam o golpe, estimulam a violência na defesa de seus privilégios.

Existe um paralelo em nosso País do que ocorre na Venezuela. Tancredo Neves, eleito em 1984, se viu impedido de tomar posse na data marcada. Uma cirurgia de última hora que acabou resultando no falecimento do presidente, levou o Congresso, intimidado pelos militares, a empossar José Sarney, o vice, quando a Constituição determinava que o presidente da Câmara deveria ser o presidente até o restabelecimento do eleito e se isso não acontecesse, convocação de eleições no prazo de 30 dias.

Ulisses, para preservar a abertura abriu mão de seu direito e Sarney virou presidente por cinco anos, devastando o País com sua inconseqüência e incapacidade, aliadas à corrupção generalizada.

Não é o caso de Chaves e nem de seu vice.

O que está em jogo na Venezuela é a decisão dos venezuelanos, pelo voto direto, de reeleger seu presidente e dar-lhe a vitória em 20 dos 23 estados do país.

E Chávez foi eleito pelo voto direto, Tancredo pelo voto indireto.

Para a mídia golpista, aqui e lá, dois pesos e duas medidas. Não tem compromisso com a informação e nem com a verdade, mas com os interesses dos que compram os espaços publicitários e sustentam essa forma de alienar os brasileiros, como de fomentar, no caso da venezuelana, a insurreição de direita contra Chávez abrindo as portas para a intervenção estrangeira, bem ao gosto de Washington e já tentada e rechaçada pelo povo em 2002.

A legitimidade do direito de Hugo Chávez está no discurso abaixo.

www.youtube.com/watch?v=rWirqXfrHVI&feature=player_embedded

E na platéia não estão banqueiros, nem donos de redes de tevê, de jornais e rádios, mas trabalhadores, homens e mulheres dispostos a preservar as conquistas obtidas desde o primeiro momento do primeiro governo de Hugo Chávez.

E muito menos latifundiários destruidores de florestas, matas, ou grandes conglomerados empresariais, que Chávez domou e repeliu. O ao contrário do Brasil, seja com FHC (pelo contrário abriu as pernas), com Lula e Dilma que fingem olhar para um lado olham para outro.

Caso do banco espanhol Santander, em estado pré-falimentar e socorrido com dinheiro público. Foram 12 mil demissões em todo o mundo nos últimos dias sendo que só no Brasil 5 mil demissões.

O BNDES paga. Não aos bancários, mas ao Santander de sua majestade o rei caçador de búfalos a cinco mil dólares por cabeça.

É essa a diferença entre Chávez e a “esquerda petista”. Chávez foi ao povo, organizou o povo, Lula foi aos latifundiários, aos evangélicos, aos velhos partidos e aliou-se para não mexer em nada do que FHC fez, mas criar um coronelismo eleitoral populista. E que nem tanto vale assim, pois a mídia quer sua pele. E a mídia interpreta a vontade de banqueiros, grandes empresários e latifundiários.

Cristina Kirschner enfrentou esse poderoso complexo e fez votar a lei de meios na Argentina. Pôs fim ao monopólio da comunicação. É aquele que exige a condenação de criminosos como os Nardoni, ou o goleiro Bruno e silencia quando se trata do filho do diretor da poderosa RBS, afiliada da GLOBO no sul do País e acusado de crime de estupro. Com um cheque de cinco mil reais um dos donos da rede tentou aplacar o drama da moça.

Ou um STF desgarrado da realidade e vivendo um processo de desmoralização, levando o Judiciário à desmoralização, quando politiza situações de um lado e ignora de outros. O mensalão tucano precedeu o petista. Um é conseqüência do outro, porque ambos são conseqüência do modelo.

Chávez é a vontade do povo venezuelano. Está acima da própria figura do presidente, em recuperação em Havana. O que está em jogo em é a revolução bolivariana e esse é o desejo popular.

A mídia não mente?

É sempre bom lembrar o documentário de dois cineastas irlandeses sobre a tentativa de deposição de Chávez em 2002.

É um exemplo da canalhice da mídia de mercado.

www.bestdocs.com.br/2009/10/a-revolucao-nao-sera-televisionada.html

A garantia da posse de Chávez, a importância da revolução bolivariana para toda a América Latina, a despeito da americanização do Brasil, é um direito legítimo dos trabalhadores, até para aprofundar as conquistas e construir o modelo socialista, segundo Eric Hobsbawm, “a alternativa ao caos que se avizinha e a necessidade de mudar o mundo”.

O capitalismo se sustenta tão somente em ogivas nucleares e na boçalidade de seus deuses, alguns próximos da debilidade, caso de Mitt Romney, ou John McCain, ou antes George Bush (o que lê livros de cabeça para baixo).

No terror nazi/sionista contra palestinos.

Chávez, como Evo Morales, Rafael Corrêa, Raul Castro, Cristina Kirschner, Pepe Mujica e outros simbolizam a resistência latino-americana ao processo de haitização desse parte do mundo (do qual o Brasil é cúmplice) no chamado Plano Grande Colômbia.

A lei de meios no Brasil é uma forma de acabar com o monopólio de famílias, as seis que controlam o setor e permitir a verdadeira liberdade de expressão, tanto quanto Chávez é o símbolo da resistência dos trabalhadores num momento que a direita se levanta em seu país, escorada nas mentiras, pouco se importando com a situação do país e dos trabalhadores.

Ou isso, a lei de meios, ou a cangalha com que transformam a mentira em verdade na Lei de Goebells – “tantas vezes se repete a mentira que ela vira verdade”. Foi um dos primeiros gênios da publicidade que aliena e transforma carros em deuses.

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