Há pouco mais de um século se dizia que “no império britânico o sol nunca se põe”. Era uma alusão às colônias espalhadas por todos cantos do mundo. A Grã Bretanha hoje é a mais servil das colônias norte-americanas e do império nazi/sionista que envolve os EUA e Israel.
O primeiro ministro David Cameron ameaça os veículos de comunicação do país com censura, caso não tenham “sensibilidade social”, no caso da publicação dos documentos secretos liberados por Edgard Snowden, asilado na Rússia e parceiro de Julian Assange, fundador do WIKILEAKS, asilado na embaixada do Equador na Inglaterra.
Cameron deixou claro que está disposto a ir às últimas consequências para impedir a divulgação dos citados documentos. São milhares e revelam operações secretas dos governos dos EUA e de Israel, principalmente o caso da espionagem de governantes e cidadãos, até agora, em todos os países europeus, mas publicamente a Alemanha e França, e o Brasil na América do Sul.
Perto de 60 milhões de telefonemas monitorados pela Agência Nacional de Segurança dos EUA.
A maior parte dos serviços da agência terceirizados desde o governo de George Bush, logo, a inteligência transformada em negócio e servindo a negócios em todo o resto do mundo.
Como Cameron pretende censurar a imprensa britânica não faço idéia. De um modo geral nem a BBC, que é estatal, sofre interferência do governo e muitas vezes já criou problemas para primeiros ministros. Como será a reação da opinião pública é outra história, já que o próprio Cameron foi espionado e comporta-se como office boy de Obama. Não difere de Tony Blair que, muitas vezes, falou por George Bush, a mando de George Bush.
Os documentos de Snowden vão além da espionagem e revelam assassinatos de figuras consideradas hostis ao império nazi/sionista, campos de concentração em outros países além do de Guantánamo, como na Rumênia e segundo os norte-americanos tudo isso é legal, inclusive deter alguém e mantê-lo preso anos a fio para ao fim chegar a conclusão que não tem culpa de nada, Ou matá-lo, numa rua de Berlim (há um inquérito policial sobre um desses assassinatos seletivos).
Desde o xeque mate de Vladimir Putin em Obama no caso da Síria abortando o plano de ataque e a destruição de dois foguetes lançados por Israel contra Damasco pelos russos, passando pelo impasse na votação do orçamento que paralisou o país por vários dias, os EUA começam a perder o controle de situações que julgavam resolvidas e nunca o prestígio do país esteve tão baixo. Como a Grã Bretanha, em pouco tempo será um Leão Desdentado, a despeito do imenso arsenal nuclear, químico e biológico que dispõe.
Se a mídia britânica, notadamente a inglesa, vai aceitar a ameaça do primeiro-ministro, como o fez a norte-americana, desde Bush, é uma incógnita Mas é pouco provável que isso aconteça com determinados veículos, como uma batalha parlamentar numa dimensão dessa, censura, pode levar o governo, já derrotado na questão da Síria, a ser forçado a convocar eleições antes do tempo.
É o mundo do grande irmão, a escalada da violência e do poder econômico. Os leões, no entanto, já não têm, todos os dentes.