Há dias atrás, no episódio do apagão, a jornalista Délia Ortiz, da GLOBO (de onde mais?) dirigiu-se ao senador Aluísio Mercadante para ouvir sua opinião sobre o assunto. Perguntou-lhe acerca dos investimentos feitos no setor e antes que o senador respondesse, ela própria respondeu. “O senador Mercadante reconheceu a falta de investimentos no setor”. Houve reação do senador, mas a “verdade” apresentada pela rede foi a da jornalista.
 
A jornalista, anteriormente, havia entrevistado vários senadores e deputados de oposição, todos jogando a responsabilidade do apagão para cima do governo Lula. Ouvir Mercadante cumpria o papel de entrevistar alguém do outro lado, na suposta ética ou dignidade que não existe e que a GLOBO e a grande mídia procuram mostrar. Pior, se valem de jornalistas que aceitam o papel de pistoleiros, digamos assim, dessas máfias.
 
Terminada a contagem de votos das eleições de 2006, o governador reeleito do Paraná, Roberto Requião, em entrevista coletiva, após vencer por diferença mínima o seu opositor, acusou a mídia de tentar de todas as formas criar fatos e transformá-los em realidade para favorecer o candidato adversário. O governador, especificamente, referiu-se aos jornalistas Miriam Leitão e Pedro Bial e ao JORNAL NACIONAL. Falava da caravana da cidadania que correu todo o País tentando reverter o favoritismo de Lula nas eleições disputadas contra Alckimin e influir em disputas estaduais a favor de candidatos comprometidos como os esquemas que a rede representa.
 
Requião chamou Miriam Leitão de “mentirosa”, Pedro Bial de “moleque de recados” e provou que a reportagem sobre o terminal de um porto em seu estado mostrara um estado lastimável (naquele terminal), sugerindo-o do governo estadual e defendendo a privatização do porto. Requião disse que tanto Miriam, como Bial, como o JORNAL NACIONAL, sabiam que o terminal era de uma empresa privada a Carggill… Mas empresa privada paga e essa turma se vende. Requião não paga esse tipo de serviço.
 
Requião não foi desmentido e o JORNAL NACIONAL veio com aquela célebre desculpa de “nós erramos”. Como se o mau e os objetivos não tivessem sido feitos.
 
JORNAL NACIONAL não é uma praga que exista só no Brasil com o objetivo de formar “abóboras”, ou “Homer Simpson”, de alienar a partir da mentira, da farsa, da distorção, tudo deliberado, dentro de um projeto que se estende a todo o conjunto que conhecemos como grande mídia da qual a GLOBO é a maior representante.
 
E nunca é demais lembrar que o grupo cresceu a partir de capital estrangeiro (grupo TIME/LIFE à época) e à sombra da ditadura militar, período sinistro e do qual era o principal porta-voz.
 
Das célebres omissões na campanha das diretas e no processo de impedimento de Collor, robô montado e fabricado pela rede a partir de uma edição do programa dedicada ao “caçador de marajás”. Lançamento nacional do produto.
 
Da cumplicidade com a empresa PROCONSULT que, na totalização de votos das eleições de 1982, ia transferindo os votos brancos e nulos para Moreira Franco, adversário de Leonel Brizola, numa tentativa de impedir a eleição do gaúcho. Foi obrigada a engolir em seco e a rever seus números.
 
Há uma série de mentiras e fatos assim na história da GLOBO. pois esse não é nada mais que o papel que cumpre, o seu objetivo.
 
E JORNAL NACIONAL não é uma praga que exista só no Brasil não. Toda a programação da GLOBO, a exceção das novelas (instrumento em que vende verdades/mentiras também) é a cópia escrita e escarrada da tevê norte-americana, modelo a ser vendido, em última instância, o american way life.
 
Breve, tenho insistido nisso, o JORNAL NACIONAL estará sendo apresentado em inglês para milhões de colonizados. Os que não forem capazes de compreender essa verdade divina do capitalismo neoliberal, paciência, que pastem.
 
O diretor Paul Michael Glaser dirigiu em 1987 o filme The Running Man, título português, O Sobrevivente. O atual governador da Califórnia Arnold Schwarenegger interpretou o personagem central, o herói.
 
O filme mostra os Estados Unidos devastado por uma crise de alimentos, empregos, em 2017 e submetido a um estado policial, ditatorial com toda a atividade cultural sob censura. O governo mantém os norte-americanos alienados e desinformados da realidade, lógico, através de inúmeros programas de televisão, jogos de vídeo game em que criminosos são instados a lutar por suas vidas numa sociedade onde o espetáculo é grotesco, violento e lembra as arenas de gladiadores versus leões.
 
O programa mais popular é exatamente The Running Man, apresentado pelo personagem Damon Killian. Ben Richards, o papel do atual governador da Califórnia, é um policial que se recusa a matar inocentes que protestam por falta de comida e por isso é execrado, punido e afastado, enquanto imagens são editadas mostrando a passeata de desempregados, famintos, como movimento “terrorista” contra a lei e a ordem.
 
O programa era simples. Os criminosos tinham a oportunidade descer aos porões da cidade, uma parte devastada por um terremoto e lá enfrentar agentes da lei. Se conseguissem vencê-los ganhavam a liberdade e irião viver em paraísos tropicais. Caso contrário morriam. A farsa corria normalmente, os agentes da lei eram transformados em heróis tipo superman, padrão “heróis” do Pedro Bial.
 
Começou o jogo, platéia ensandecida assim que programa do Faustão, do Gugu, vários prêmios, os chavões de “democracia”, combate ao crime (droga rolando solta dos bastidores) e o herói escapa, vence, desmonta toda a farsa.
 
Há um momento em que o apresentador Damon Killian tenta cooptar o policial “criminoso” oferecendo um contrato para ser um dos caçadores de criminosos no programa e diz que tudo aquilo é televisão, audiência. Num dos intervalos comerciais é anunciado um prêmio destinado a crianças e adolescentes que denunciem seus pais por atividades contrárias ao Estado, realçando o valor “patriótico” desse tipo de procedimento.   Semana da denúncia.
 
O exército e a polícia de Honduras continuam prendendo, torturando, matando e estuprando mulheres da resistência ao golpe militar. Um “acordo” com todas as características de farsa, de engodo, mas vendido pela mídia, sugere aos “abóboras” que tudo está resolvido e que eleições serão suficientes para garantir a “democracia”, desde que não existam candidatos que ameacem o modelo.
 
O que é o modelo? Uma base militar dos EUA onde são treinados oficiais de países latino-americanos para operações de golpe contra governos hostis. Foi assim no caso da Nicarágua contra a revolução sandinista e é assim em relação ao processo de formação de militares latino-americanos em toda essa parte do mundo.
 
O modelo é semelhante, modelo de jornal de tevê, de programação, em todo o mundo capitalista.
 
E em Portugal durante a apresentação do JORNAL NACIONAL de lá, um entrevistado revoltou-se com o jeito da apresentadora, seja de colocar em sua boca palavras que não disse, seja no fazer julgamentos sobre suas opiniões e rasgou o verbo.
 
Está em
 
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/11/16/a-crise-mundial-do-jornalismo-espetaculo/
 
Veio a público através de um leitor do blog do jornalista Luís Nassif, um dos jornalistas decentes do País. Desmontou a mentirada diante de uma apresentadora atônita e sem saber o que falar.
 
Percebe-se ali o susto da apresentadora, a sua incapacidade de reagir, pega em mentira, o que é prática em qualquer JORNAL NACIONAL, em qualquer canto que a doença exista, a indignação do entrevistado e lembra Délia Ortiz colocando palavras na boca do senador Mercadante no caso do apagão.
 
Que nem a “falta de ranhuras” no aeroporto de Congonhas, no histerismo bem penteado do mau caráter William Bonner, até que VEJA, cúmplice do “negócio”, estampasse em sua capa que a culpa pela queda do avião da TAM foi do piloto.
 
Se um jornalista padrão Bonner, William Haack, Miriam Leitão, Alexandre Garcia, Pedro Bial, Délia Ortiz, Ana Beltrão e outros disserem para você que o mundo está acabando, pode ter certeza que o mundo está começando e a grana que estão levando para vender a mentira é alta, muito alta.
 
Ganharam, quando jovens, o tal prêmio denuncie alguém da família que esteja “transgredindo” as normas do Estado.
 
Mais ou menos como o povo japonês desejar que as bases dos EUA saiam de seu país e o presidente branco engraxado para parecer negro (no que negro significa luta) negar afirmando que as bases norte-americanas são essenciais para a segurança do Japão.
 
Que Japão meu?
 
Será que essa turma vai investigar a fundo a queda de vigas no Rodoanel de São Paulo e perceber, como já perceberam veículos com maior ou menor independência, que a empresa/empreiteira usou vigas de pior qualidade, mais baratas, sem dar a menor importância para a vida humana, mas jogando toda a diferença na caixinha de campanha de José Jânio Serra?
 
Eu não sei, sinceramente, quem é mais nocivo, se José Jâio Serra e o que ele representa ou se o maluco do governador de Minas, o que mora no Rio, Aécio Neves e brinca o tempo todo de viagem pelas galáxias e espirais do universo. Não sei mesmo. Mas ambos são nocivos.
 
E isso não significa que Lula e o petismo sejam bons, significa apenas que são menos ruim, Lula, o petismo não.
 
E quer dizer que a luta não passa por essa pantomima chamada estado de direito. Direito onde, se o presidente do STF é Gilmar Mendes? Torto do princípio ao fim.
 
O jornalismo da chamada grande mídia está definido pelo entrevistado na tevê portuguesa, no link acima e pelo governador Requião em outubro de 2006, logo após a sua reeleição.
 
E um detalhe, no filme O Sobrevivente, a “verdade” oficial narrava que três “criminosos” conseguiram superar as barreiras, os caçadores e viviam em paraísos tropicais. A verdade verdadeira é outra. Os caçados encontram os três corpos, já decompostos. É tudo ficção. Espetáculo, audiência.
 
E um monte de “abóboras”.
 
Sai o saci, entra o halloween.  
 
É o espetáculo repleto de aleluias.
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