Um pouco antes de decretar guerra ao Iraque para “salvar” a humanidade de armas químicas e biológicas que não existiam, mas tomar conta do petróleo iraquiano, o então presidente/terrorista George Bush buscou apoio nas Nações Unidas para justificar a boçalidade.

Um dos pontos complicados que encontrou foi a posição da AGÊNCIA DE ENERGIA NUCLEAR, presidida pelo brasileiro José Maurício Bustani, hoje embaixador do Brasil em Londres e um diplomata exemplar sob todos os aspectos.

A AGÊNCIA havia enviado em várias missões vários inspetores para examinar instalações militares iraquianas e os relatórios ou eram inconclusivos (sobre presença de armas químicas e biológicas), ou simplesmente admitiam a inexistência dessas armas em poder de Saddam Hussein, caso do último deles. Que mencionava, inclusive, que o único momento em que os iraquianos dispuseram desse tipo de arma, o fornecedor fora os EUA que alimentara a guerra Irã versus Iraque para tentar derrubar o regime dos aiatolás (como chamavam à época a revolução islâmica e popular no Irã).

Ao perceber no brasileiro José Maurício Bustani um diplomata à altura de sua missão, incorruptível, o governo dos EUA percebeu também que era mais fácil comprar, porque compráveis e pústulas, Fernando Henrique Cardoso e Luís Felipe Lampreia/Celso Lafer, respectivamente presidente e ministros das Relações Exteriores.

Compraram, são baratos inclusive, até hoje, os três. Convocou-se uma assembléia geral da AGÊNCIA e Bustani foi destituído por “contas irregulares”. O detalhe é que FHC e seus bandidos do Itamaraty largaram Bustani às traças por um dinheirinho vagabundo, já que vendem mãe a preço de banana. Mas, ainda assim, estava difícil destituir o embaixador Bustani. Muitos países não concordavam com o terrorismo de Bush, não queriam a guerra, e para obter maioria na AGÊNCIA, Bush pagou as dívidas de países em débito com a AEN da ONU e comprou-os, como comprou FHC, Lampreia, Lafer, e Obama compra Serra, Aécio, pilantras de pequeno calibre como Eduardo Azeredo, vai por aí afora. Estar quites com a agência era condição básica para poder votar.

Pior, depois disso tudo não conseguiu o presidente/terrorista o aval do Conselho de Segurança para invadir em nome da ONU e como a invasão não tinha outro objetivo que não o petróleo, deixou a máscara cair, convocou o governador geral da colônia da Grã Bretanha e para lá foram.

Ele e seu amarra cachorro Tony Blair.

Obama agora vai mandar mais tropas, mas ao Afeganistão, para “completar o serviço,”
Porco e focinho.

As resoluções que foram adotadas contra o governo do Irã correm nessa linha da hipocrisia dos EUA.  Não se sabe de sanção contra Israel seja por sistematicamente violar direitos humanos dos palestinos, roubar terras, riquezas, prender, torturar, estuprar, matar, além de dispor de um arsenal nuclear.

Dois pesos, duas medidas. Tel Aviv é a principal base terrorista norte-americana no Oriente Médio.

Já na América Latina, parte do mundo, como todas as outras, que se julgam donos, os norte-americanos não viram com bons olhos que o povo do Uruguai escolhesse um ex-guerrilheiro do grupo Tupac Amaru, José Pepe Mujica para presidente e tampouco que Evo Morales seja o favorito para vencer com maioria de votos as eleições na Bolívia, no próximo domingo.

Aí, armaram uma terceira, segundo seus critérios, seus interesses, em Honduras.

Falo de eleições.

Como o povo hondurenho resolvesse em sua esmagadora maioria, 70%, não comparecer às urnas e não convalidar um golpe de estado armado em Washington, trataram de a partir da mídia comprada (GLOBO, FOLHA, VEJA, etc, isso aqui, mas onde chegam), preencher as listas de votação, eleger previamente o candidato “vitorioso” e garantir que a “democracia” triunfe assim que nem no Iraque, no Afeganistão, como antes na Coréia, no Vietnã, nos golpes de estado na América Latina dos muitos ditadores padrão Pinochet, Figueiredo, Médice, Vidella, etc, numa história que vem se repetindo como farsa (tal e qual Marx dizia) na reprodução do capitalismo totalitário com que se impõem os norte-americanos.

Imaginam o mundo assim como uma mapa pregado numa grande parede e todo fincado de bandeiras dos EUA. Aquele negócio de general Custer. Mais ou menos Charlie Chaplin em “o grande ditador” brincando com o globo terrestre.

E perdoem a comparação, mas o odor que exala desse globo quando o jogam para o alto com as “nádegas”, digamos assim para não ofender olhos e ouvidos susceptíveis  de palavras mais fortes, é de destruição, fome, violência, barbárie.

A decisão do governo brasileiro de não reconhecer o novo governo de Honduras, porque ilegítimo, produto de um golpe de estado, é correta e precisa, até porque, Celso Amorim é chanceler e não criado do embaixador norte-americano como o foram Lampreia e Láfer e como são os golpistas em Honduras.

E espera-se que continue sendo, pois o palpite de Marco Aurélio Garcia, dizendo que o Brasil pode rever sua posição, foi tremendamente infeliz, típico de petista de carteirinha, mais ou menos um PSDB ao inverso, no revés do espelho, logo, felizmente, desmentido por Lula.

Uma resolução e três eleições servem como dados para um diagnóstico de uma realidade que é nossa.

Lutamos como povo, como classe trabalhadora, para sobreviver à barbárie capitalista. No caso de Honduras, latifúndio de bananas, aqui, pré-sal, Amazônia, aqüífero Guarani, na Venezuela o petróleo, na Bolívia o gás, na Colômbia a coca (lá conseguiram colocar um narcotraficante na presidência e culpar as FARCs).

Resistir em Honduras é uma luta latino-americana. Mas resistir com o Irã é uma luta de todos nós, por que no fundo, a luta é pela sobrevivência antes da nova era de escravidão explícita (ela se disfarça noutros termos).

Do colonialismo, um novo colonialismo, contemporâneo e boçal, bárbaro como todo colonialismo.

A agora sob a batuta do garçom “El Branquito”, disfarçado de “El Negrito” e servindo cerveja na Cervejaria Casa Branca.
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