A saída de Fátima Bernardes do JORNAL NACIONAL (apresentava o boletim da mentira diária da GLOBO ao lado do marido William Bonner) não tem nada a ver com a versão oficial. É disputa de poder dentro do setor de jornalismo da rede. Ali Kamel o atual diretor, versão masculina de Miriam Leitão (não acerta uma), está perdendo terreno.

Numa outra ponta a GLOBO está sendo derrotada na audiência matutina. O BOM DIA BRASIL, outro boletim da mentira e a programação da emissora inclusive Ana Maria Braga estão sendo batidos pela RECORDE.

Isso muda alguma coisa no panorama das comunicações no Brasil? Nada. GLOBO e RECORDE disputam o mesmo do mesmo.

A decisão de abrir um espaço para um programa matinal com Fátima Bernardes é também uma tentativa de recobrar a liderança. E tomada numa semana em que o ex todo poderoso da Rede, José Bonifácio - Boni - confessou, publicamente, que a emissora manipulou os noticiários nas eleições de 1989 e particularmente o debate final entre Lula e Collor.

Manipulou noutro instante também. Quando Brizola aparecia em segundo lugar nas pesquisas - seria o rival de Collor no segundo turno - incensou a candidatura do petista com o objetivo claro de afastar o político gaúcho.

Todo o aparato para a saída de Fátima Bernardes movimentou o setor de dramaturgia da Rede, a necessidade de criar um clima de comoção nacional, um derrame de lágrimas e a expectativa do programa que a moça vai apresentar em todas as manhãs.

As notícias continuam as mesmas. Voltadas para o que William Bonner chama de "Homer Simpson", o telespectador idiota, com as "verdades" das elites políticas e econômicas.

O Irã vai continuar sendo "terrorista". As FARCs vão continuar "matando inocentes" e tudo aquilo que contrariar interesses norte-americanos (vale dizer de bancos e grandes corporações) vai ser demonizado seja por Bonner, seja pelo preferido de Hilary Clinton, o outro William, o Waack.

A Coca Cola através de seus inúmeros braços vai poder continuar grilando terras públicas, o MST vai ser sempre o grande vilão e pronto.

Já o envolvimento de José Serra e dos tucanos no todo - não há tucano inocente - em corrupção grossa como no caso da CONTROLAR e da firma subsidiária que operava no Rio Grande do Norte, noticiário breve e sucinto, nada padrão capa de VEJA, já foram pagos, sempre, para esconder fatos e verdades.

Os Marinhos deveriam instituir um prêmio, a direção de jornalismo, para aquele que conseguir acrescentar pelo menos dois telespectadores aos três ou quatro do programa MANHATTAN COLECTION. Escolher o autor do feito e premiar os tais telespectadores.

A vida inteligente ali morreu quando morreu Paulo Francis.

O problema de tudo isso não é a GLOBO estar perdendo audiência para a RECORDE. Isso não muda nada. Uma eventual transformação da RECORDE em emissora líder vai implicar apenas em ataques de fanáticos religiosos a terreiros de Umbanda e Candomblé, possivelmente burca para as mulheres e montanhas de dinheiro, a mais, para Edir Macedo e sua turma.

O marco regulatório das comunicações no Brasil é uma necessidade imperiosa a despeito da reação das famílias que controlam o setor.

Fátima Bernardes é uma peça nessa máquina toda e transformada em Joana D'Arc da informação no caráter espetáculo da sociedade em que vivemos.

Num determinado momento vai para o almoxarifado na caixa de itens imprestáveis ou gastos.

Se a GLOBO cheira a bolor e mentira, a RECORDE espalha odor de fanatismo religioso, de intolerância na sua forma mais primária possível.

E o resto...

Uma vez Tancredo Neves estava saindo de um ato público de campanha e um dos seus assessores disse o seguinte - "o doutor Tancredo vai no primeiro carro e o resto nos outros carros". Tancredo voltou-se para o assessor e disse o seguinte - "resto meu filho? Resto é de comida, de tralhas, de coisas que a gente não precisa e não de gente. Por favor, o Tancredo vai no primeiro carro e os demais companheiros nos carros seguintes".

No caso, além de GLOBO e RECORDE, o resto é resto mesmo. Nada além disso. Falo da mídia privada.

Buá, buá, Fátima Bernardes foi embora.
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