No Pasarán…

É preciso que estejamos atentos aos discursos enfadonhos daqueles que querem novamente um Brasil entregue a irracionalidade das armas e a opressão de idéias uniformes.

Todos os dias a mídia tradicional ou essa que utilizamos para nos comunicar virtualmente tem apresentado inúmeros apelos aos que planejam, em silêncio, uma quartelada.

Alguns e-mails que comportam slides ou apresentações em Power Point, por exemplo, sugerem, de maneira sublimar a idéia de que a contemporaneidade é falha na sua condição de viver a democracia e pede um retorno ao modo uniforme como viviam nossos pais e avós. Que reste claro, porém, que alguns pais e avós lutaram bravamente contra o fascismo e o nazismo inseridos em governos autoritários.

Um dia desses recebi um slide chamado “Tudo mudou”. O caráter fascista dessa apresentação tinha como pano de fundo um ataque frontal as ideologias de “libertação”, também, de uma maneira sutil colocava a mulher no lugar de submissão total. Sem contar que uma música melancólica tentava a imaginar uma sociedade vazia e sem ímpeto de continuidade dentro da democracia. Em tese, pedia um retorno aos dias de chumbo, ao regime dos gorilas e sanguinários terroristas de Estado que foram muitos generais de cinco estrelas e seus paus-mandado que agiam na clandestinidade dos órgãos de repressão com a adoção da tortura.

Outra veiculação ocorre em inúmeras comunidades do orkut e mesmo da internet. Uma simples busca pelo “Cadê” ou “Google” nos levará para comunidades ou sítios infestados de neonazistas e neofascistas. Geralmente essas pessoas são perturbadas ou abusadas psicológica e fisicamente durante a infância. São convidadas a participar de reuniões onde o convite nacionalista se confunde com a agressão e ódio aos demais viventes. Estimulados a agredir e matar se tornam soldados das ideologias de morte.

Saliento e apoio o intento do amigo Celso Lungaretti, jornalista e escritor, em ocupar uma trincheira que por nós abandonada ou mesmo não alimentada se torna um alvo fácil dos facínoras que agem silenciosamente na internet. Aqueles que apóiam um Brasil livre das amarras estrangeiras devem ocupar o espaço e não permitir que uma democracia que nos custou tantos companheiros mortos e desaparecidos, e mesmo que deixados vivos, ainda hoje sofrem os pesares dos anos de chumbo.

Uma das idéias que devemos combater é essa incrível facilidade que a mídia tradicional tem de nos abastecer com piadas e argumentos nefastos contra nossos irmãos latinos, sejam eles: argentinos, cubanos, bolivianos, venezuelanos. No que tange ao esporte, dentro das linhas dos campos e das quadras, eles são adversários, mas dentro dos limites do continente americano eles são nossos irmãos que devem conosco vivenciar a imagem de uma América livre e soberana.

Nós sabemos que o Brasil passa por um governo fragilizado por denúncias e escândalos. Mas, sabemos que esse governo foi eleito democraticamente e que é o povo, e tão apenas o povo que deve construir uma nação solidária e independente. Faça como em meu município. Lutemos contra o fascismo municipal abastecendo as fileiras dos conselhos municipais, das associações de bairro, das diversas ONG’s, dos núcleos de base, dos grupos de discussão. Fora a esta catarse que constroem para nos amedrontar e aprisionar! Um retorno ao regime das quarteladas não resolverá, mas tão apenas a construção de uma educação libertária de todos os medos e algemas.

Esses monstros de aluguel que ainda vivos copiaram as propagandas e métodos científicos nazistas, no pasarán! E porque na trincheira articulada através da inteligência, da sensatez, da hombridade, da paz, da democracia, do sonho justo e fraterno, da liberdade, do amor como sentimento universal, todos os meus amigos precisam repensar esse mundo através da evolução da alma e da consciência. Grito daqui do meu fronte: “No pasarán estes gorilas”.

Saudações Fraternas,


William Wollinger Brenuvida

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