Aécio Neves  perdeu a cabeça quando chamou o PT de “organização criminosa”. Derrotado chama  o povo a reagir contra a candidata vitoriosa. É um contrassenso. O espetáculo  grotesco de terça-feira no Congresso Nacional, quando se votava a redução da  meta de superávit primário, dá a dimensão do PSDB. Esse sim. Máfia para causar  inveja às grandes organizações do crime.
  A foto de uma  senhora de 79 anos contida por um policial do Congresso sugere violência. A  mídia não mostrou antes do fato que a referida senhora dava pontapés, tapas e  cuspia no policial. É uma das baixarias do PSDB.. Ao perceber que o governo  conseguiria aprovar a matéria levou militantes e funcionários para as galerias  com o propósito de tumultuar. Foram convocados em Brasília por um deputado de nome  Azalcir. E entre os que protestavam um grande número de idosos para criar o  clima que criaram e proporcionar a foto que proporcionaram, a imagem que os  telejornais da mídia podre mostrou.
  O jornalista  Jânio de Freitas, um dos grandes do jornalismo brasileiro, em sua coluna da  mesma terça se espanta com o fato de Aécio querer se mostrar o símbolo da  indignação do brasileiro com a corrupção. Aécio, logo ele, o homem do  helicóptero de 450 quilos de cocaína, do aeroporto de Cláudio, do contrabando  de nióbio, dos destemperos constantes em farras no Leblon, Rio de Janeiro, ou  seja, o bandido querendo se mostrar paladino da lei e da ordem. Ao seu lado um  alucinado Aluísio Alves, seu vice, aquele que ofende jornalistas quando a  pergunta não lhe agrada.
  O desatino de  Aécio tem razões além da derrota eleitoral. Sabe que em seu partido é tido como  irresponsável, isso é público e notório e que em 2018 não tem chances, pelo  menos com o quadro que se apresenta, de vir a ser novamente candidato a  presidente. Alckmin e Serra pleiteiam a candidatura e têm o controle das bases  partidárias. A briga vai ser entre os dois. A Aécio, ou uma nova cadeira no  Senado, ou a tentativa arriscada de tentar voltar ao governo de Minas e ficar  sem mandato, restrito aos grandes momentos na Zona Sul, no Rio de Janeiro, seu  verdadeiro território e a real dimensão de “seu Brasil”.
  Como boa parte  dos senadores que temos não tem a menor noção do que seja um Senado. Imagina  que seja cena das festas oníricas do palácio das Mangabeiras, pagas com dinheiro  público, onde a corte russa do czar Nicolau desfilava como nos velhos tempos.
  Quer passar a  sensação que entrou na cabine telefônica e saiu vestido de Superman, mas sem os  poderes do homem de aço. Pelo contrário, uma farsa hilária e irresponsável.
  Todo um  aparelho montado para controlar Minas Gerais vai começar a ser desmontado e o  estado tem a perspectiva de libertar-se dessas amarras de opressão contra  jornalistas, da irresponsabilidade de quem não tem a menor noção do que é  governar um estado com as tradições mineiras.
  Aécio  desatinou e nem percebe que serve a seus adversários dentro de seu próprio  partido. Vai acabar subindo num banquinho e fazendo discursos em cada esquina  do Leblon e de Ipanema. É o clássico palerma, mas o que o cercam não. Usam-no  como espantalho da democracia. 

  




























