Eleições 2008 em Macaé: Só uma Frente Única derrota a oligarquia!

Duas questões tem sido centrais desde as eleições municipais de 1976 para o continuísmo, o populismo e a opressão que a oligarquia local vem impondo à outrora Princesinha do Atlântico e atual Capital do Petróleo. A 1ª é a própria História - mundial e não específica de Macaé - das sociedades de classes sociais. Nelas, embora seja minoria, a burguesia (ricos, elite ou classe dominante daí oligarquia) impõe no dia-a-dia da luta de classes o seu poder financeiro-econômico sobre a maioria que é o proletariado (pobres, povo trabalhador ou classe trabalhadora). A 2ª questão é conseqüência da 1ª e ocorre nas eleições. A oligarquia finge-se “dividida” (na realidade quem se divide é o povo trabalhador) através dos partidos políticos e entidades da sociedade civil que falam em seu nome. 

O maior exemplo disto ocorre com o PT que é o maior partido político de trabalhadores do país e um dos maiores do mundo. No caso local, o PT não é o único partido político, dentre os que falam em nome dos trabalhadores, que faz parte do governo de continuísmo oligárquico, populista e opressor. Outros partidos políticos (PC do B, PSB, PDT, PPS e PV) são até mais tradicionais em praticar a política de interesse da burguesia. Ou seja, iludem ao falar em nome do povo trabalhador ou suas siglas enganam ao usar denominações que supostamente seriam de “esquerda”. Tais partidos políticos em hipótese alguma podem ser considerados representativos do povo trabalhador. Dado o grau de comprometimento deles com a burguesia (oligarquia) local, há muitos anos.

Essa política dos partidos que falam em nome do povo trabalhador, mas praticam a política da burguesia têm dois nomes, todavia querem dizer a mesma coisa. Política de conciliação ou de colaboração de classes (sociais). Tal política não é de agora, nem recente é muito antiga e como já afirmamos: é mundial.

Em termos locais, partido por partido, exemplifiquemos tal política de conciliação ou de colaboração de classes através do perfil de seus presidentes ou vereadores enquanto figuras públicas. 1º o PT: É presidido por um ex-vereador ideologicamente vazio. Ele de 2001 a 2004 se intitulou oposição “inteligente”, chegou a vencer prévias internas como candidato petista a prefeito, mas renunciou para ser candidato à vice-prefeito do atual e fisiológico secretário de governo municipal, ex-vereador e ex-líder do alcaide anterior que é o patriarca da oligarquia local. Com dois vereadores fisiológicos e subserviente maioria no diretório municipal, em Macaé o PT é o exemplo do que é nacionalmente, um ex-partido operário independente e atual partido-operário-burguês.

Já o PC do B é presidido por militante egresso do Movimento dos trabalhadores rurais Sem Terras (MST) do sul do país. Porém, ele e pelo menos outra dirigente são comprometidos com cargos de assessorias no oligárquico, populista e opressor governo municipal. Esta política de “esquerda” afastou a pequena militância do partido. O PSB é controlado por pelo menos duas notórias figuras públicas burguesas. Um é ex-vereador que atualmente preside a privatizada Guarda Municipal (Mactran) transformada em uma “indústria das multas”. O outro é um chamado “emergente” comerciante e ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Macaé (Acim). O PDT é presidido por um dos familiares do atual alcaide e oligarca local.

Por sua vez, o PV é presidido por um médico que comandou a pasta de Saúde durante o atual e o anterior governo da populista e opressiva oligarquia local. Ele embora pose de pré-candidato de “oposição” a prefeito. Tanto o “oposicionismo” de sua pré-candidatura quanto o de seu partido não passam de estratégias para se cacifarem e obterem cargos junto ao alcaide atual ou junto ao ex-alcaide, atual deputado federal tucano e patriarca da oligarquia local que também posa de “oposicionista”. Aliás, esta estratégia também é utilizada no PPS tanto pelo presidente de seu diretório municipal e da mesa diretora do Legislativo Macaense quanto por seu notório e fisiológico filiado que atualmente ocupa a secretaria de governo do oligárquico alcaide; ambos se disfarçam de jovens e modernos.

O significado e também quem pode e deve participar da Frente Única!

Conforme vimos até aqui, o significado de uma Frente Única é unificar a partir do princípio da independência de classe todos e todas (partidos políticos e demais entidades da sociedade civil) que falam em nome do povo trabalhador; conseqüentemente exigindo-lhes que rompam com a burguesia (oligarquia), no caso local. A partir desta unidade com princípio se estabelece (sem a definição prévia de candidaturas) um programa mínimo. Depois disto, então, é que serão definidos os nomes dos candidatos majoritários (prefeito e vice) como também dos candidatos proporcionais (vereadores); isto por se tratar de eleições municipais. O mesmo pode e deve ser constituído nas eleições de governador, presidente, senador e deputados (estaduais e federais).                    

Para se constituir tal Frente Única é imperativo que se defina quem pode e deve dela participar. Em relação aos partidos políticos locais, PC do B, PPS, PSB, PDT e PV apesar de falarem em nome do povo trabalhador, por causa de seus comprometimentos com a burguesia (oligarquia), não podem em hipótese alguma constituí-la. O caso do PT é singular. Acima do vazio ideológico de seu presidente, do fisiologismo de sua bancada de vereadores e da subserviência à burguesia da maioria de seu diretório municipal. Nele há uma militância que, apesar de minoritária, se opõe à burguesia. Inclusive tem uma sindicalista-professora que postula ser candidata à prefeita. Caso esta militância se disponha a constituir tal Frente Única, deve iniciar já os contatos neste sentido.

Os partidos políticos e entidades da sociedade civil que falam em nome do povo trabalhador e por isto podem e devem ser contatados, objetivando a ruptura com a burguesia (oligarquia) local, se constituindo em uma Frente Única são: PSOL, PSTU, PCB, Sindipetro-NF principalmente a oposição sindical, Sindicato dos Bancários, SEPE, SINPRO, SINTHOP (sindicato dos trabalhadores em hotelaria de plataforma), Sindicato dos Metalúrgicos, Associação dos Ferroviários-Aposentados, OAB-Macaé, Aepet-Macaé; dentre outras. Um esclarecimento: Com exceção dos partidos políticos, as demais entidades da sociedade civil que vierem a constituir tal Frente Única, obviamente o farão nos limites de suas exigências estatutárias.

*jornalista – é militante da corrente intra PT (Esquerda Marxista). 

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