Isso ocorreu em recente  edição da revista “Caros Amigos” ao entrevistar o dissidente cubano e  intelectual negro o racialista Carlos Moore. Em texto da jornalista Gabriela  Moncau, ela tece loas a ele, conferindo-lhe o status de colega jornalista,  cientista político e etnólogo. 
 
Não é novidade a citada revista se considerar de  ‘esquerda’ e, ao falar de movimento negro, cair na vala comum da quase  totalidade de tais movimentos no Brasil e no mundo adeptos da nefasta ideologia  e ou crença fundamentalistas da existência de ‘raças’ entre os seres da espécie  humana, que é o racialismo ou fundamentalismo étnico-racial. Assim, a  jornalista se mostra pouco alfabetizada para o exercício profissional. 
 Por exemplo, ela no  enaltecimento ao racialista dissidente cubano, afirmou “ele na juventude se  aproximou dos ideais marxistas e revolucionários, bem como do movimento negro”.  A jornalista afirmou ainda “a militância política e revolucionária dele,  levaram-no a desenvolver amizades com importantes figuras do movimento negro”.  Porém, ao citá-las ela foi imprecisa, faltando-lhe a possível objetividade na  informação jornalística. A seguir, estão entre parênteses as informações que  ela não prestou. Malcolm X (1925-1965 líder negro estadunidense dos direitos  civis), Aimé Cesaire (1913-2008 natural da Martinica, dramaturgo, ensaísta e o  apelidado poeta da reacionária Filosofia da negritude).        
 A jornalista também não  disse que Cheik Anta Diop (é antropólogo e físico senegalês o apelidado Pai do  Pan-africanismo), que Maya Angelou (ou Margarite Johnson é poetisa  estadunidense) e sequer mencionou que Abdias do Nascimento (1914-2011) e Lélia  Gonzalez (1935-1994) são brasileiros e negros. No entanto, prosseguindo no  proselitismo ao racialista dissidente cubano Carlos Moore, ela buscou dar  ênfase a obra mais recente dele, que é o livro biográfico “Fela, esta vida  puta” sobre a vida do compositor-cantor nigeriano e militante político Fela  Kuti (1938-1997). Segundo a jornalista, o lançamento do livro no Brasil é o 3º,  pois, ocorreram duas em 1982, na França e na Inglaterra. 
 
 Quem é  o racialista intelectual negro e dissidente cubano Carlos Moore que há vários  anos reside em Salvador (BA). 
 O cientista político,  etnólogo e jornalista Carlos Moore tem 79 anos de idade, tendo nascido em Cuba  de cujo país tornou-se dissidente há cerca de 40 anos. Sua dissidência em  relação ao burocratizado regime socialista cubano se deve ao fato dele ser um  aburguesado, por isso, antimarxista intelectual negro que acabou se tornando um  sectário adepto do fundamentalismo étnico-racial ou racialismo. Ou seja, ele é  fundamentalista na ideologia e ou crença supostamente histórica da existência  de ‘raças’ entre os seres da espécie humana. Para se ter idéia, há poucos anos  atrás ele veio a Macaé, a convite da faculdade de direito público privado local  professor Miguel Ângelo da Silva Santos, a FeMASS. 
 O citado professor que  dá nome à faculdade se trata de um falecido católico simpatizante do Partido  Comunista Brasileiro (PCB) perseguido e cassado pela ditadura militar-fascista  brasileira (1964-1985). Por isso, em momento algum no curso de pós-graduação  para a capacitação de professores do Ensino Fundamental e Ensino Médio  concernente à Lei 10.639/2001 (História e Cultura Afro-Brasileira) foi  mencionado isso. Evidentemente que para não constranger o ‘ilustre’ dissidente  cubano convidado. Em sua palestra proferida na Faculdade de Filosofia, Ciências  e Letras de Macaé (FAFIMA) ele recitou o seu próprio rosário de fundamentalismo  étnico-racial ou racialismo ao qual deu o nome de fenótipo. 
 Assim, de acordo com ele  a “História não é a história da luta de classes. Mas, sim a história do  fenótipo, ou seja, a história das características humanas determinadas pelo seu  genótipo e condições ambientais”. Em meio ao debate, o racialista intelectual  negro dissidente cubano foi peremptório, sectário. Ao ver o seu fundamentalismo  racialista confrontado com o slogan do brasileiro Movimento Negro Socialista  (MNS) que é a célebre frase “Racismo e capitalismo são os dois lados de uma  mesma moeda” do sindicalista e líder negro sul-africano Stephen-Steve Bantu  Biko (1946-1977) ele escondeu-se nesse caô de independentismo “Eu sou  independente, sobretudo, em relação a movimento negro religiosamente  partidarizado”. 
 *jornalista  – é militante do MNS onde integra a coordenação nacional    
- *Almir da Silva Lima
- Colaboradores do Rebate

 
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  




























