Apesar deste ser um assunto  polêmico e até meio indigesto, preciso escrever sobre ele, já que,  constantemente nos deparamos com cenas dramáticas, de indignação e cobranças  diante de mortes repentinas. 
 Se alguém morre assassinado em um  assalto ou numa inflamada discussão, logo muitos põem-se a julgar o ocorrido,  geralmente condenando o assassino e defendendo a vitima ainda que, numa  discussão por exemplo, fique difícil saber quem foi mais culpado. Se um  policial mata um bandido, em alguns casos, é visto como herói porém em outros é  criticado, especialmente se, ao tentar salvar alguém de um seqüestro ou assalto  ou algo assim, acidentalmente acerta um inocente.
Se alguém comete um crime como  estupro ou pedofilia algumas comunidades pensam ter direito a linchar o  criminoso e ai as opiniões se dividem entre os que apóiam o linchamento, os que  ficam penalizados pela situação do agredido e ainda os que acusam a policia de  negligencia diante do linchamento.
 Se uma pessoa sofre um acidente  de transito ou num parque de diversões ou local de lazer (como freqüentemente  acontece) as cobranças ficam entre descobrir (e punir) os culpados, se houve  negligencia, falha humana ou mecânica, excesso de velocidade (em caso de  acidentes de transito) entre outros detalhes e acusações.
 Tudo isso em meio a passeatas,  manifestos, gritos inflamados de “queremos justiça”...
 Obvio que todos temos direito a  extravasar nossos sentimentos de revolta, impotência e indignação diante de  fatalidades e os culpados, quando existem, devem mesmo ser punidos mas, passado  o primeiro momento, analisando a fundo, o que falta à maioria de nós é tomarmos  consciência de que a morte é um acontecimento natural e será vivido por todos  que nascem.
 Não que se deva passar a vida  toda pensando na morte mas deveria ser comum as famílias conversarem sobre isso  com a mesma naturalidade das conversas sobre sexo ou drogas ou qualquer  orientação segura para os filhos e entre casais, enfim, o assunto morte deveria  constar da pauta das reuniões familiares de forma que todos soubessem lidar com  ela quando ela vem, afinal, ela virá para todos um dia.
 A duvida é quando e de que forma  a morte virá para cada um e, quando vier, como será recebida e entendida pelos  mais próximos. 
 A esta altura preciso informar  que não sou apenas uma estudiosa das reações humanas, sou alguém que já perdeu  praticamente toda a família, alguns foram mortos por acidentes outros  assassinados outros por infartos fulminantes, ou seja, praticamente toda a  minha família morreu de forma repentina e sei bem o que sentimos quando estamos  esperando alguém para o jantar ou uma festa ou algo assim e, ao invés da pessoa  chegar, chega um telefonema 
 (ou alguém bate à porta) anunciando o ocorrido. 
 Exatamente por isso aprendi a  lidar com estas fatalidades e neste momento senti a necessidade de escrever  este artigo diante de tantos fatos recentes que são noticiados sobre mortes e  as reações dos envolvidos. Por ser um assunto extenso e complexo, este artigo é  apenas uma introdução. No meu livro “Distúrbios familiares” eu cito os  diversos tipos de morte, como lidar com este momento delicado, como comunicar e  tratar as crianças diante da morte e outros assuntos correlatos como câncer,  drogas e outros fatores que podem levar à morte. 
 No meu site terapêutico  encontram-se artigos com assuntos correlatos. 
 
 Lou de Olivier - Psicopedagoga, Psicoterapeuta, Especialista  em Medicina Comportamental, Precursora da Multiterapia e Criadora do Método  Terapia do Equilíbrio Total/Universal. É membro da Comissão de Saúde  Brasil-Canadá e associada a ABPp e ABRAP - Diretora do CREM - Centro de  Referencia e Estudo em Multiterapia. É também Dramaturga e Escritora (vários  gêneros) - Site terapêutico: www.multiplasterapias.com 
 Site pessoal: www.loudeolivier.com Blog: Noticias/newsletters de Lou de Olivier http://noticiasdalou.wordpress.com/ 

 
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  




























