“A justiça  italiana é melhor que a brasileira. Se tem provas condena, se não tem solta”. A  declaração foi feita por Henrique Pizzolatto, ex-diretor do Banco do Brasil e  um dos réus na farsa do “mensalão”, que na prática foi uma tentativa de golpe  de estado contra Lula. A extradição de Pizzolatto foi negada.
  Bem diferente  do voto pusilânime da ministra Rosa Weber – “não tenho provas que me permitam  condenar José Dirceu, mas a literatura jurídica me permite”. 
  Todos os  documentos, o processo capa a capa como se diz no meio jurídico foi enviado à  corte da Itália.  Não se encontrou uma única prova de desvio de dinheiro  público.
  A justiça  brasileira, mais uma vez, sai desmoralizada num fato de repercussão mundial. É  hora de rever o processo e repensar essa justiça que temos, a que vaza  informações através do próprio juiz de um processo de que corre em segredo de  justiça, o da corrupção na PETROBRAS, tentando envolver Lula e Dilma. Tudo a  partir de um ex-diretor da empresa nomeado por FHC e demitido por Dilma.
  O clássico  dois pesos e duas medidas. Os processos contra tucanos prescrevem.
  E como fica  Joaquim Barbosa e toda sua histeria ao longo dos momentos que antecederam o  julgamento e no pós julgamento? Ou Gilmar Mendes, sabidamente corrupto? E Rosa  Weber e seu “notável” saber jurídico, devastado por sua reputação nada ilibada?
  A decisão da  corte italiana mandando soltar Henrique Pizzolatto deixa o STF de calças  curtas, rasga a venda da justiça brasileira e vicia a balança de sua imagem. Os  pesos e as medidas são diferentes.
  O ministro  Barroso determinou que José Dirceu cumpra o resto de sua pena em sua casa.  Sopram ares novos no STF, é o que se imagina, ou o que se espera.. 
  Gilmar Mendes,  mesmo com a decisão tomada pela maioria da corte sobre financiamento de  campanhas eleitorais, segue com vista do processo na tentativa de ganhar tempo  e evitar que as fraudes tucanas sejam possíveis. É tucano na genética, tanto  quando venal e corrupto.
  Mistura  peçonhenta. Existem outros, como Fux e Marco Aurélio, que se escondem um na  mediocridade e outro no saber indiscutível. 
  O caso  Pizzolatto cria uma realidade da qual não se pode fugir. A importância de rever  o processo, conduzido por um ministro preconceituoso, histérico e que ganhou um  apartamento em Miami para promover todo o espetáculo midiático que promoveu.  Guiado e conduzido pela mídia. É ex-quase ministro da Justiça de Aécio Neves.  Vai passar mais tempo em Miami.
  A decisão da  corte italiana logo após a reeleição de Dilma serve para expor a justiça  brasileira ao mundo e mostra-la cada vez mais partidária e desmoralizada.  Revela que a mídia determinada as decisões desde juízes, muitos deles, a  ministros de tribunais superiores.
  É outra  reforma indispensável. 

  




























